O conflito em curso na Ucrânia veio dar maior visibilidade à sua capital e sede de governo, Kiev. Como todos os cidadãos, vejo com uma sensação de perda a destruição das estruturas materiais e das vidas, mas igualmente das irreparáveis, no curto prazo, fracturas nas relações humanas. A cidade não me é totalmente desconhecida, mas a impressão que dela rete... (ler mais...)
Abordo, de forma breve, dois livros que já este ano foram apresentados em Torres Novas, assinalando trabalhos que penso indesculpável deixar sem uma referência pública.
1. Começo pelo “COMUNISTAS, uma história do PCP em Torres Novas“, da autoria de João Carlos Lopes. O autor possui já uma bibliografia de publicações que é relevante. O livro que aqui... (ler mais...)
Na segunda metade dos anos 70 do pretérito século, comecei a ir à Madeira com alguma regularidade. Maior rigor será dizer ao Funchal. Estava em construção o conjunto designado por Casino Park Hotel, obra emblemática com os esboços e o traço inicial do arq. brasileiro Óscar Niemeyer. O conjunto integrava o hotel, hoje Pestana Casino Park, um auditório onde veio a reali... (ler mais...)
Num destes dias, ocorreu-me passar os olhos pelo Fogo e as Cinzas, livro de contos do Manuel da Fonseca. Acabei relendo o que me serve para título desta crónica e pretexto para uma incursão por algumas recordações ligadas ao aparelho de rádio que um dia, pelos anos 50, entrou lá em casa. Comecemos, resumidamente, pelos trilhos do conto.
1. Na aldeia de Alcaria havia uma venda para ... (ler mais...)
A rejeição do O.E. e o seu desmedido empolamento, arrastaram na ventania da pressão mediática gente, mesmo de esquerda, que perdeu o bom senso e a serenidade. Importa, pois, voltar a 2015, relembrando factos. Para fazer face ao retrocesso da governação PSD/CDS de ir além da troika na retirada de direitos e rendimentos, formou-se um governo minoritário do PS. Não era de incidê... (ler mais...)
Aos olhares de agora, o título deste texto parece um tanto redundante dado que o capacete é hoje integrante natural do equipamento de um ciclista. No tempo que aqui reporto, por meados dos anos 60, assim não era, mesmo no caso das provas ciclísticas, o que por vezes acarretava trágicas consequências.(1) Este César a que aqui faço chamada apenas será lembrado já por alguns que... (ler mais...)
Em medo vivo, em medo escrevo e falo
Tenho medo do que falo só comigo;
Com medo penso, com medo calo.
António Ferreira (poeta e humanista – séc. XVI) (1)
Passaram dois séculos desde que as Cortes Constituintes saídas da Revolução Liberal de 1820 declararam extinto, em decreto de 31 de Março de 1821, o Tribunal do Santo Ofício ou da Inquisi&cced... (ler mais...)
Em meados da década de 60 do século passado, ainda o centro da então vila de Torres Novas pulsava ao ritmo das fábricas. Percorrendo-a, víamos também trabalhadores de pequenas oficinas e vários mesteres. No largo da Ponte do Raro, principalmente, concentrava-se o formigueiro azul dos fatos de ganga dos operários da Vítor Réquio, Abílio Pereira Reis, oficinas dos Clara... (ler mais...)
Este texto aborda a realização do congresso do PCP, ocorrido no final do mês de Novembro. Não me debruçarei no que nele ocorreu, mas sobre o contexto social em que se realizou, pautado pela contestação antidemocrática desenvolvido por sectores da direita política e ideológica.
Durante os meses preparatórios, em dezenas de reuniões e assembleias, nunca o te... (ler mais...)
Quando este texto for publicado, é provável que o primeiro passo para saber quem é o novo presidente dos EUA tenha sido dado, ou a julgar pelos sinais que se vão manifestando talvez a saga se venha a prolongar. É sabido que nestas eleições estão Donald Trump e Joe Biden, candidatos, respectivamente, pelos partidos Republicano e Democrata. Se não é sensato equipará-los... (ler mais...)
Falemos da festa do Avante!, agora que a poeira assentou e o aranzel antidemocrático cessou, transferindo-se para outros acontecimentos. Não é tanto do evento em si mesmo, mas do contexto em que ele este ano se construiu e realizou. A história da festa começa a escrever-se em 1976 na antiga FIL, à Junqueira. Logo aí, teve que superar o rebentamento de uma bomba que, colocada num posto de energia... (ler mais...)
Por vicissitudes da vida familiar, em Abril de 1953, pouco depois de fazer 5 anos, fui viver para Lisboa com uns tios que moravam numa ruela paredes meias à Calçada de Santana. Ela, Elisa Moreira, nascera no Outeiro Grande (Torres Novas) e indo servir para Lisboa ali conheceu José Bernardo com quem “casou”. Ele, natural de Trancoso, exercia a profissão de guarda-fios, daqueles que subiam aos postes para ... (ler mais...)
Estávamos em Abril, no já longínquo ano de 1972. Tinha terminado, em 31 de Março, os trinta e nove meses de serviço militar e regressara à profissão de desenhador na Metalúrgica Nery. Nessa altura, passei a integrar a organização local de Torres Novas do PCP, juntamente com outros dois camaradas: o Rui Pereira e o Carlos Sousa Pereira.
Como estávamos em vé... (ler mais...)
Em política, os homens foram sempre e serão sempre ingenuamente enganados pelos outros e por si próprios, enquanto não aprenderem a discernir, por detrás das frases, das declarações e das promessas morais, religiosas, políticas e sociais, os interesses destas ou daquelas classes.
V. I. Ulianov
A saída da governação do país, em 2015, lanço... (ler mais...)
De quantos Abris se faz uma vida que já vai longa? Cada um contará os seus, aqueles que não se medem pelo calendário, mas são marcos de destaque e lembrança. É o caso do 25 de Abril, data fronteira entre o antes e o depois; um antes que se vai escoando com a memória dos que o viveram e vão desaparecendo, e um depois que o não pode olvidar. Reporto alguns que vivi, de modo su... (ler mais...)
A actual situação, em Portugal obriga-nos a olhar para as suas várias dimensões e consequências, fixando-nos nas que se nos afiguram, de momento, mais relevantes e destas o ambiente criado pela crise e combate à pandemia do COVID-19.
Pode dizer-se que dentro dos meios existentes, apesar dos constrangimentos, não raras vezes empolados por aqueles que tudo têm feito para o enfraquecer... (ler mais...)
Os tempo preocupantes que vivemos não são propícios a pensamentos e análises com lucidez e serenidade, mergulhando-nos em múltiplos casos colaterais, em detrimento do essencial. Teorias da conspiração, responsabilizações de países e entidades num clima em que a desorientação e o medo levam a um irracional desabafar de sentimentos, transportando por arrast&atild... (ler mais...)
O título deste texto é uma adaptação, a partir de uma obra de ficção, do escritor galego Gonzalo Torrente Ballester, A Saga e Fuga de J.B. Como veremos, seria difícil encontrar um título que melhor correspondesse aos factos aqui reportados, sendo que são já poucos os viventes que de tal guardam memória.
Quem foi Francisco Duarte Mendes, chamado de “Chico... (ler mais...)
«Muitas referências se fizeram já acerca do papel do CineClube na vida torrejana. Eu, que vivi algum desse tempo, aqui deixo, em registo de memória pessoal, alguns apontamentos. Dada a perspectiva cultural que ali se abria num país tão obscuro e falho de liberdades, em 1965, pelos meus 16 anos fiz-me sócio. Naqueles anos, as actividades eram asseguradas pelo Joaquim Canais Rocha, que organizava e ... (ler mais...)
A celebração de um concerto musical pelo Ano Novo é um ritual que, iniciado em Viena (1939), se estende hoje por muitas salas e cidades. O espectáculo da Filarmónica Vienense, na sala do Musikverein, com transmissão televisiva para milhões de pessoas, riqueza ambiente, bailados e uma lento vaguear pela sala, nos seus dourados, candelabros e frisas, exibe-se também na assistência, re... (ler mais...)
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