No Público online de 28 de Maio, há uma entrevista interessante a Mohan Mohan, antigo gestor da Procter & Gamble, uma multinacional detentora de inúmeros marcas bem conhecidas dos consumidores portugueses. A entrevista tem um curioso título: Se os gestores fossem movidos por valores, não teríamos a crise que enfrentamos hoje. O título é interessante porque reconhece explicitamente que... (ler mais...)
Portugal, desde 1976, vive num regime semipresidencial. Em linhas gerais, estamos perante um regime em que tanto o Presidente da República, de modo directo, como o governo, de modo indirecto, dependem do sufrágio popular. Consta que a opção por este tipo de regime se deveu a dois medos, o do parlamentarismo, encarnado na primeira república, e o do presidencialismo, como porta aberta para uma no... (ler mais...)
O que se está a passar na área da governação é um sintoma de um mal que atinge os fundamentos da vida política. A oposição à direita está na expectativa de novas eleições, o Presidente da República ameaça com o uso dos poderes para dissolver o parlamento, o presidente do Partido Socialista, ao falar da necessidade de uma remodelação ... (ler mais...)
Uma notícia curiosa, mas, em aparência, sem relevo. No Público (online) de 11 de Abril, um texto apresentava o seguinte título: Na Croácia, homens ajoelham-se para rezar pela “restauração da autoridade masculina”. No lead da notícia, acrescentava-se: No primeiro sábado de cada mês, um grupo de homens católicos ajoelham-se (em locais púb... (ler mais...)
Em Populismo - A revolta contra a democracia liberal (2018), Goodwin & Eatwell argumentam que os votos nos nacionais-populistas não são de protesto contra o sistema, mas uma adesão comprometida com a visão política desses partidos. No cerne dessa adesão estariam “quatro D”. Desconfiança dos cidadãos, devido ao elitismo da democracia li... (ler mais...)
Um encarregado de educação queixou-se da nudez a que os alunos, de 11 e 12 anos, de uma escola pública da Florida (EUA), tinham sido sujeitos, numa aula sobre a arte do Renascimento. Foram expostos a pornografia, argumentou (ver aqui). Tratava-se ... (ler mais...)
Descobre-se, ao olhar a comunicação social, que o país é composto praticamente por proprietários de casas devolutas e por donos de casas utilizadas para alojamento local. O alarido perante a iniciativa governamental relativa à habitação diz muito da comunicação social, mas muito pouco sobre o país. Isto não significa que as propostas do governo não sejam... (ler mais...)
A requalificação do Jardim da Praça do Império, de Lisboa, e, especificamente, os brasões das províncias ultramarinas em pedra abrem nova frente de conflito entre direita e esquerda. Não é indiferente dizer província ultramarina ou colónia. Esta linguagem dividia aqueles que apoiavam o regime e os que estavam na oposição, embora entre estes pudesse haver adepto... (ler mais...)
A vida política nas democracias liberais é marcada pelo movimento pendular entre direita e esquerda. Quando uma colapsa, a outra torna-se forte, até que a situação se inverta. O que se está a assistir em Portugal é a uma derrocada das esquerdas e a um fortalecimento das direitas. É destas que se espera a futura governação do país. O problema que se coloca, poré... (ler mais...)
O mal-estar entre os docentes remonta a 2005, ao consulado de Sócrates e Lurdes Rodrigues, onde o governo de então perpetrou um conjunto de ataques à classe e à própria profissão. Vejamos os motivos do descontentamento actual.
Municipalização do ensino. Os professores temem ficar submetidos às burocracias camarárias, que passariam a superintender a educaç&atil... (ler mais...)
Vivemos numa sociedade em que não apenas o Estado se exime de qualquer orientação confessional, como parte substancial da população, mesmo a que se diz crente, tem uma relação débil com a religião. Contudo, o Natal não deixa de ser uma festividade a que a grande maioria das pessoas dá significativa atenção. Visto como festa da família, como moment... (ler mais...)
1. Contestação de regimes autoritários. Apesar do fascínio que as soluções autoritárias têm sobre parte dos eleitorados europeus, tem-se assistido, nas últimas semanas, a forte contestação de duas das maiores tiranias existentes no globo. A política de COVID zero adoptada pelo regime chinês estará a quebrar o apoio popular que este tem recebido. A C... (ler mais...)
Durante muito tempo, a clivagem direita – esquerda estruturou a vida política. Orientava as opções do Estado e os votos dos eleitores. Essa clivagem que começou, em França, como uma querela entre os defensores do Absolutismo e os dos interesses de uma burguesia ascendente desejosa de fazer valer politicamente os seus interesses, foi tomando novos sentidos. O mais significativo era o que opunha as classe... (ler mais...)
Não é implausível que daqui a cinco anos, após as presidenciais francesas, todos os países latinos da Europa do Sul sejam governados – pelo menos em coligação – por forças de extrema-direita. Um primeiro passo está dado em Itália. É verdade que, neste país, a presença da extrema-direita no governo não é uma novidade. O primeiro ... (ler mais...)
António Costa voltou decididamente ao consenso liberal que gere a União Europeia, do qual em aparência se tinha afastado nos primeiros seis anos de governação. O problema da actualização dos vencimentos da função pública e das reformas e o da recusa de taxar os lucros extraordinários das grandes empresas provam que está completamente comprometido com a vis&atild... (ler mais...)
Segundo Ângelo Alves, da comissão política do PCP, a causa da guerra da Ucrânia seria o declínio do capitalismo. Este, na sua crise final, teria provocado o confronto. Não é a mirabolante e fantasiosa explicação do conflito que assola a Europa que me interessa, mas as ideias de declínio e de crise. A ideia de declínio do Ocidente, de cuja civilização faz p... (ler mais...)
Um vídeo onde se vê a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, numa festa particular, com um comportamento exuberante incendiou as redes sociais. Defensores e detractores esgrimiram sentimentos mais do que argumentos. A visada defendeu-se dizendo “Dancei, cantei, festejei. Coisas perfeitamente legais”. Apesar do cargo político que ocupa, quer ter uma vida normal: “Tenho uma vida familiar, uma vida profis... (ler mais...)
Já com o calor de Julho saíram os rankings dos exames nacionais do ano anterior. Sempre que são publicados, geram uma árdua batalha entre os defensores da sua não publicação, argumentando que não se pode comparar o incomparável, como os que defendem que se deve tornar manifesto quais as escolas que tem mérito e aquelas que não o têm e, numa perspectiva liberal, ... (ler mais...)
1. A solidão de Macron. A coligação de apoio a Macron ganhou as eleições legislativas francesas, mas o governo ficou sem maioria no parlamento. O pior é que este reflecte a polarização política existente em França, onde as forças radicais e populistas, à esquerda e à direita, têm uma enorme influência, e o centro-direita ... (ler mais...)
Está calor. Em vez de falar de política, como habitualmente, o melhor é derivar e falar de literatura. Não é que o assunto interesse mais aos portugueses do que a política. Não interessa, mas ajuda a suportar o calor e a inflação. Um salto ao século XIX pode ser uma viagem interessante. O romance moderno português terá começado nesse tempo. O problema &ea... (ler mais...)
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