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Luís Fagulha tem 38 anos, é natural de Torres Novas, médico na Catalunha e testou positivo à Covid-19 em Março de 2020. Ele e muitos dos seus colegas, que não tinham equipamentos de protecção individual capazes. Numas curtas férias na terra natal, arranjou tempo para contar ao JT o que viu nos corredores do hospital de Lérida, onde trabalha, uma das cidades onde arrancou o novo pico de contágios desta primeira fase do vírus que parou o mundo. |
![]() Estão 40 graus. Tenho de ir dar um mergulho senão as minhas células refogam. Onde vamos mergulhar aqui perto? A piscina de Torres Novas não existe. Aquele espaço aprazível de verão onde passei toda a adolescência a mergulhar, a nadar e a conviver foi convertido numa piscina coberta aquecida para a malta aprender a nadar durante as outras estações do ano. |
![]() “Sempre soubemos que não podíamos vencer esta guerra dura de forma isolada. Por isso temos de contar com todos, autarquias, IPSS’s, sociedade civil e empresarial e percebemos que só em rede e com este trabalho de multidisciplinaridade podemos ir ultrapassando estes obstáculos. |
![]() Lisboa e Porto são, naturalmente, as cidades portuguesas mais viradas para o turismo. Por isso mesmo, são também elas as mais penalizadas com os respectivos danos colaterais nas vidas de todos os que aí vivem e trabalham. A poucos metros do local onde escrevo estas linhas, na Estefânia, em Lisboa, numas instalações de um quartel desativado da GNR onde eu em criança me encolhia cada vez que passava em frente ao militar que, de arma em riste, impunha respeito e medo, encolhem-se agora centenas de pessoas, envergonhadas por se terem visto votadas a uma nova condição de pobreza e fome. |
![]() Depois de 3 meses com o cérebro enclausurado, decidi desconfinar e escrever finalmente sobre esta fase isolamento forçado. Aproveitando a loucura geral da libertação da malta que, de súbito, decidiu invadir esplanadas, praias e praças, também eu comecei meter a cabeça de fora. |
![]() Às oportunidades deve corresponder uma gestão capaz, se assim não for perdem-se. |
![]() Comprei um bilhete de avião para ir visitar o meu primo João, que está na Suécia, por alturas do casamento dele, em Abril. Crescemos juntos, apesar da diferença de idades. Queria dar-lhe um abraço, desejar-lhe que fosse feliz - comigo aqui relativamente perto, de preferência - ao mesmo tempo que nos perguntaria como é que era possível estarmos ali, se ainda no outro dia andei com ele ao colo. |
![]() Não é o futuro depois da pandemia, é o futuro simplesmente. |
![]() Portugal tem um PIB inferior ao da Catalunha, 212 mil M de euros para 228 mil M de euros. A Catalunha tem normalmente dois clubes na primeira liga espanhola de futebol. Decorre que Portugal, com um quinto da população de Espanha, um sexto da de Itália e França, um oitavo da alemã e uma economia que acentua ainda mais a distância demográfica, não pode querer ter uma liga de futebol à dimensão, mesmo quantitativa, das desses países. |
![]() A actual situação, em Portugal obriga-nos a olhar para as suas várias dimensões e consequências, fixando-nos nas que se nos afiguram, de momento, mais relevantes e destas o ambiente criado pela crise e combate à pandemia do COVID-19. Pode dizer-se que dentro dos meios existentes, apesar dos constrangimentos, não raras vezes empolados por aqueles que tudo têm feito para o enfraquecer, a acção do SNS tem assumido um papel determinante na confiança dos cidadãos. |
![]() A vida antes, agora e depois desta crise pandémica. Sei o que foi, sei o que é, mas não sei o que vai ser. Não consigo saber. Acredito que qualquer opinião, neste momento, venha a ser uma previsão errada ou uma expectativa frustrada. |
![]() Em plena crise pandémica, os responsáveis políticos e particularmente os que ocupam lugares executivos, têm de dar o exemplo, assumindo as responsabilidades do cargo que ocupam. Não podem ter atitudes como se nada se passasse, como se tudo corresse dentro da normalidade, como se o COVID 19 fosse um invenção de alguns ou como se as medidas de prevenção e de protecção fossem só para os outros. |
![]() Lugar arborizado com plantas de horta ou de jardim. |
![]() A acrescer ao receio de ficar doente, uma das coisas que mais ansiedade causa nestes tempos sombrios de Covid 19 é não sabermos quando é que tudo isto acaba e quando é que poderemos voltar ao normal. Quanto tempo vai demorar até nos aproximarmos, minimamente, dessa normalidade que existia antes. |
![]() Ano após ano, nunca aqui fizemos referência à brutal disparidade da inserção de publicidade institucional paga, pela Câmara Municipal de Torres Novas, nos três jornais do concelho, sempre em favor de um deles. Não tínhamos nada de que nos queixar. |
![]() Devido às Covid-19, este mal que assombra todo o mundo em geral, cerca de dois milhões de alunos, em Portugal, foram retirados da escola e enviados para casa onde, até ao dia de hoje, têm de permanecer, sabendo que “não estão de férias”, como afirma Tiago Brandão Rodrigues, ministro da Educação. |
![]() Os tempo preocupantes que vivemos não são propícios a pensamentos e análises com lucidez e serenidade, mergulhando-nos em múltiplos casos colaterais, em detrimento do essencial. Teorias da conspiração, responsabilizações de países e entidades num clima em que a desorientação e o medo levam a um irracional desabafar de sentimentos, transportando por arrastão, de forma descontextualizada, modos de vida e de sociabilidade. |
![]() A situação que vivemos actualmente, derivada da pandemia da Covid-19, foi o tema principal da reunião que juntou os presidentes das sete câmaras municipais que integram a empresa intermunicipal Águas do Ribatejo (Almeirim, Alpiarça. Benavente, Chamusca, Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas) no passado Sábado, dia 28 de Março. |
![]() Atendendo ao alargamento progressivo da expressão geográfica da pandemia COVID-19 em Portugal, e tendo em conta a Norma 004/2020 – COVID-19 – FASE DE MITIGAÇÃO, emitida pela DGS, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, no cumprimento dos princípios de equidade, qualidade e proximidade dos cuidados de saúde prestados à população, procedeu à reorganização dos recursos humanos e materiais nos cuidados de saúde primários e criou 35 Áreas Dedicadas (ADC) à COVID-19 em toda a região. |
![]() A Henriqueta tem 14 anos, é minha filha e teve a delicadeza de me informar que quem diz extraordinário são os velhos. Claro está, que eu do alto dos meus 49 anos não me considero um velho e vivo sobretudo a pensar no futuro, frequentemente não vivendo o presente e sendo por isso extraordinariamente estúpido. |