Vergel
"Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vivesse também em pré-covid"
Lugar arborizado com plantas de horta ou de jardim.
Gosto de árvores, por isso acabei por me formar em engenharia florestal. Gosto muito de árvores, de florestas, de jardins, podem até ter patinhos, e repuxos de água, e peixes vermelhos. Bom, pensando bem, peixes vermelhos é que não. Muito menos agora, que o Sporting não perde um jogo há mais de um mês.
Voltando ao assunto dos jardins. Sou de Alcanena, é lá a minha terra, por lá conheço todos os recantos como em nenhum outro lugar. Por isso é a minha terra. Por lá tenho também a minha residência fiscal, pois pagar impostos na nossa terra sempre custa menos.
Pois bem, por lá em tempos de Covid, anunciam-se investimentos de milhões em espaços verdes, ao mesmo tempo que não se pode avançar com ajudas às famílias porque se deve estudar aturadamente o impacto financeiro dessas ajudas nas contas da autarquia.
Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vive-se também em pré-covid. No entanto, o repto desta quinzena é falarmos de pós-covid, pois vamos a isso.
No pós-covid não faço ideia do que irá acontecer! Já sobre aquilo que gostaria que acontecesse, tenho algumas ideias. Destaco no entanto uma, para não ser maçador. No pós-covid gostaria que, de uma vez por todas, conseguíssemos distinguir o trigo do joio. Aparentemente é um exercício que só conseguimos fazer em tempos difíceis.
Quando forem ao ecoponto, reparem que os ecopontos foram financiados por fundos comunitários, os jardins também foram, tal como as rotundas e até os sanitários públicos, com design claro está. Juro que é tudo verdade.
Sonho com um pós-covid em que os fundos comunitários servem para ajudar a economia a ser muito forte, muito competitiva, muito exportadora. Servem para ajudar as boas empresas a serem as melhores a nível mundial. É para isso e apenas para isso que devem servir esses fundos. Para nos tornarem fortes e competitivos. Eu, na próxima pandemia, quero ter 34 ventiladores por 100.000 habitantes, como tem a Alemanha e não 6, como temos agora.
Não quero parques infantis de design sueco, nem iluminação pública de construção holandesa (se forem à Holanda reparem que eles gastam metade do que nós gastamos em iluminação pública e ainda nos cobram 5 euros de taxa para os cofres da cidade, por cada noite que por lá ficamos), nem sequer quero mobiliário urbano de fabrico espanhol.
Quero uma economia forte, quero empresas fortes, quero um país preparado para todas as pandemias. É isso que eu quero no pós-covid. Ah, e não quero ficar de lágrima no olho cada vez que vejo o Telejornal.
Já chega!
Vergel
Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vivesse também em pré-covid
Lugar arborizado com plantas de horta ou de jardim.
Gosto de árvores, por isso acabei por me formar em engenharia florestal. Gosto muito de árvores, de florestas, de jardins, podem até ter patinhos, e repuxos de água, e peixes vermelhos. Bom, pensando bem, peixes vermelhos é que não. Muito menos agora, que o Sporting não perde um jogo há mais de um mês.
Voltando ao assunto dos jardins. Sou de Alcanena, é lá a minha terra, por lá conheço todos os recantos como em nenhum outro lugar. Por isso é a minha terra. Por lá tenho também a minha residência fiscal, pois pagar impostos na nossa terra sempre custa menos.
Pois bem, por lá em tempos de Covid, anunciam-se investimentos de milhões em espaços verdes, ao mesmo tempo que não se pode avançar com ajudas às famílias porque se deve estudar aturadamente o impacto financeiro dessas ajudas nas contas da autarquia.
Na minha terra já se vivia em pré-democracia, agora vive-se também em pré-covid. No entanto, o repto desta quinzena é falarmos de pós-covid, pois vamos a isso.
No pós-covid não faço ideia do que irá acontecer! Já sobre aquilo que gostaria que acontecesse, tenho algumas ideias. Destaco no entanto uma, para não ser maçador. No pós-covid gostaria que, de uma vez por todas, conseguíssemos distinguir o trigo do joio. Aparentemente é um exercício que só conseguimos fazer em tempos difíceis.
Quando forem ao ecoponto, reparem que os ecopontos foram financiados por fundos comunitários, os jardins também foram, tal como as rotundas e até os sanitários públicos, com design claro está. Juro que é tudo verdade.
Sonho com um pós-covid em que os fundos comunitários servem para ajudar a economia a ser muito forte, muito competitiva, muito exportadora. Servem para ajudar as boas empresas a serem as melhores a nível mundial. É para isso e apenas para isso que devem servir esses fundos. Para nos tornarem fortes e competitivos. Eu, na próxima pandemia, quero ter 34 ventiladores por 100.000 habitantes, como tem a Alemanha e não 6, como temos agora.
Não quero parques infantis de design sueco, nem iluminação pública de construção holandesa (se forem à Holanda reparem que eles gastam metade do que nós gastamos em iluminação pública e ainda nos cobram 5 euros de taxa para os cofres da cidade, por cada noite que por lá ficamos), nem sequer quero mobiliário urbano de fabrico espanhol.
Quero uma economia forte, quero empresas fortes, quero um país preparado para todas as pandemias. É isso que eu quero no pós-covid. Ah, e não quero ficar de lágrima no olho cada vez que vejo o Telejornal.
Já chega!
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![]() Num momento em que o sentimento generalizado sobre os chineses é de alguma desconfiança, preparo-me aqui para contrapor e dar uma oportunidade aos tipos. Eu sei que nos foram mandando com a peste bubónica, a gripe asiática, a gripe das aves, o corona vírus. |
![]() É muito bom viver em Torres Novas mas também se sente o peso de estar longe do que de verdadeiramente moderno se passa no mundo, enfim, nada de #Me Too, Je suis Charlie Hebdo, vetustas estátuas transformadas em anúncios da Benetton. |
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Recuemos no tempo. Entremos numa máquina do tempo e cliquemos no botão que nos leve até ao ano de 2001. Recordemos vagamente que em 2001: - Caíram as Torres Gémeas em Nova Yorque em 11 setembro. |
![]() Quando a internet surgiu e, posteriormente, com a emergência dos blogues e redes sociais pensou-se que a esfera pública tinha encontrado uma fonte de renovação. Mais pessoas poderiam trocar opiniões sobre os problemas que afectam a vida comum, sem estarem controladas pelos diversos poderes, contribuindo para uma crescente participação, racionalmente educada, nos assuntos públicos. |
![]() É e sempre foi uma questão de equilíbrio. Tudo. E todos o sabemos. O difícil é chegar lá, encontrá-lo, ter a racionalidade e o bom senso suficientes para o ter e para o ser. E para saber que o equilíbrio de hoje não é obrigatoriamente o de amanhã, muito menos o que era ontem. |
![]() Comemorou-se a 21 de Março o dia da floresta. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) resolveu assinalar a data disponibilizando 50.000 árvores gratuitamente à população. Quem as quisesse plantar, teria de se identificar, inscrever, levantar a árvore (até um máximo de dez árvores por pessoa) e, num prazo de 48 horas, declarar o local onde plantou documentando com fotos. |
![]() Hoje, como acontece diariamente, no caminho de casa até à escola, lá se deu o habitual encontro matinal entre mim e o Ananias, o meu amigo ardina. Trocámos algumas palavras, comprei o jornal e seguimos por caminhos opostos que nos levam à nossa missão do dia, o trabalho. |
![]() Durante décadas, todos os torrejanos ajudaram no que puderam o CRIT, uma obra social que granjeou a estima de todos os cidadãos e empresários, e foram muitos, que sempre disseram sim a todas e quaisquer formas de ajuda em prol da aventura iniciada em 1975. |