Warning: file_get_contents(http://api.facebook.com/restserver.php?method=links.getStats&urls=www.jornaltorrejano.pt%2Fopiniao%2Fnoticia%2F%3Fn-cb9c0e49): failed to open stream: HTTP request failed! HTTP/1.1 400 Bad Request in /htdocs/public/www/inc/inc_pagina_noticia.php on line 148
Jornal Torrejano
 • SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Sexta, 04 Julho 2025    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Seg.
 36° / 17°
Céu limpo
Dom.
 31° / 17°
Céu limpo
Sáb.
 35° / 19°
Céu limpo
Torres Novas
Hoje  37° / 19°
Céu limpo
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Do “Fique em casa – seja um agente de saúde pública” ao “Saia de casa – seja um agente de recuperação da economia”

Opinião  »  2020-04-17  »  Ana Lúcia Cláudio

"E se foi mais ou menos fácil convencer as pessoas a ficarem em casa, vai ser provavelmente mais difícil convencer algumas delas a sair"

A acrescer ao receio de ficar doente, uma das coisas que mais ansiedade causa nestes tempos sombrios de Covid 19 é não sabermos quando é que tudo isto acaba e quando é que poderemos voltar ao normal. Quanto tempo vai demorar até nos aproximarmos, minimamente, dessa normalidade que existia antes.

Depois da crise sanitária é fácil antever-se a crise económica que se vai seguir. “Lay offs” moratórias, subvenções, linhas de crédito e todas as estratégias para fazer face a quem se viu financeiramente afectado pelos efeitos da pandemia, ocupam já os noticiários e as páginas dos jornais. Algumas pessoas, talvez famílias inteiras, vão passar mal com o desemprego e a consequente falta de rendimentos. Muitas pessoas não voltarão, facilmente, à tal vida que tinham antes e enfrentarão grandes dificuldades.

E os outros? Aqueles que por terem trabalhos mais estáveis e que de certa forma permaneceram incólumes a esta crise? Será que esses vão voltar a fazer o que faziam antes? Será que pelo facto de terem sido financeiramente pouco afectados, o impacto emocional não irá condicionar o seu “modus operandi” no regresso à desejada normalidade? Será que uma vez abertas as portas, vamos sair com vontade de comer o mundo ou vamos retrair-nos com receio que o mundo nos coma a nós outra vez?

Neste momento, estamos numa situação em que para taparmos a cabeça, destapamos os pés. Em se, por um lado nos regozijamos pelo planalto que afastou o cenário de tragédia dos picos exponenciais que outros países viveram, isso significa, por outro, que estamos longe de uma percentagem razoável de imunização. Ou seja, a maior parte das pessoas não contraiu o vírus, continuando por isso a ser um alvo potencial da doença.

E se foi mais ou menos fácil convencer as pessoas a ficarem em casa, vai ser provavelmente mais difícil convencer algumas delas a sair, com o receio de que se deite tudo a perder. Porque o vírus vai continuar a andar nas ruas e a ameaçar as nossas vidas.
Um assunto tratado com pinças pelos responsáveis políticos que colocam, permanentemente, as duas coisas nos pratos da balança e tentam encontrar um equilíbrio entre o risco de uma economia parada e o perigo de um novo golpe na saúde pública.

E será que, depois deste período que nos pareceu tão longo, vamos regressar logo às rotinas habituais e aos pequenos luxos do quotidiano? Ou percebemos que até podemos viver bem sem eles? Como aquela história que me contavam em criança sobre um primo afastado que a mãe colocou de castigo no quarto, sem poder sair durante um período de tempo, e quando finalmente achou que ele podia ir à sua vida, o petiz, orgulhoso, respondeu: “Agora não quero. Estou aqui tão bem!” Esta atitude algo caricatural pode caracterizar os dias imediatamente a seguir. Mas, aos poucos, desconfio que vamos recuperar a tal normalidade. Até porque a nossa memória é curta e rapidamente voltaremos aos restaurantes, aos cafés, aos cabeleireiros, aos cinemas e às discotecas, às férias cá dentro e no estrangeiro. E, no fundo, isso revestir-se-á (para quem pode) de um espírito de missão para revitalizarmos a economia e com isso ajudarmos também quem de momento não pode voltar, rapidamente, a poder.
Dentro de dias, o slogan: “Fique em casa – seja um agente de saúde pública”, terá de dar lugar a um novo “Saia de casa – seja um agente de recuperação da economia”.

 

 

 Outras notícias - Opinião


Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais »  2025-07-03  »  Jorge Carreira Maia

 

Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita.
(ler mais...)


Encontros »  2025-06-06  »  Jorge Carreira Maia

Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega.
(ler mais...)


Os fraudulentos - acácio gouveia »  2025-05-17  »  Acácio Gouveia

"Hire a clown, get a circus" *

Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades.
(ler mais...)


Um novo Papa - jorge carreira maia »  2025-05-17 

A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista.
(ler mais...)


Muito mais contrariedades tive... »  2025-05-12  »  Hélder Dias

Z?... »  2025-05-12  »  Hélder Dias

Trump... Papa?? »  2025-05-08  »  Hélder Dias

Menino... »  2025-05-01  »  Hélder Dias

A minha casinha... »  2025-05-01  »  Hélder Dias

Entrevistador... »  2025-03-31  »  Hélder Dias
 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2025-06-06  »  Jorge Carreira Maia Encontros
»  2025-07-03  »  Jorge Carreira Maia Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais