Barbárie ou bem comum
Opinião » 2020-04-05 » João Carlos Lopes"Mais que um modelo económico, este capitalismo selvagem impôs às sociedades humanas uma não vida"
O perigoso anarquista e cripto-comunista Papa Francisco já tinha dito e vem dizendo, desde 2013, que “esta economia mata”. Mais recentemente, na saudação ao Ano Novo e falando de paz, desmascarou a hipocrisia dos países e governantes que enchem a boca de paz e todos os anos aumentam escandalosamente as despesas com armamento e com os seus exércitos.
Outro esquerdista infiltrado no Vaticano, o agora cardeal José Tolentino de Mendonça, escrevia há dias que o número de epidemias cresceu e crescerá se mantivermos os nossos modelos de desenvolvimento que devastam o planeta, e que teremos de mudar os nossos estilos de vida assentes nos mercados massificados de tudo, que destroem o que é humano e o que é essencial na nossa vida.
Isto tem que ver com a pandemia? Claro, isto anda tudo ligado. A pandemia revela de modo estupidamente claro que este capitalismo selvagem impôs um modelo económico que desarmou totalmente o mundo e os povos da terra, esbulhando os seus recursos e destruindo as bases mais importantes, que eram marcas civilizacionais, do Estado Social laboriosamente construído no pós-guerra. Imagine-se o que seria se, como exigia a praga neo-liberal, aceitássemos destruir os nossos serviços nacionais de saúde. Veja-se o que infelizmente se vai passar onde a saúde está entregue à lógica do mercado.
Mais que um modelo económico, este capitalismo selvagem impôs às sociedades humanas uma não vida, que isola todos aqueles que ainda não e já não se incluem na vertiginosa máquina produtiva e os torna, a-sociais e invisíveis: nos complexos concentracionários em que se transformou a escola, que rouba infância e juventude a crianças e jovens encurralados metade do dia, e os gulags-lares de terceira idade para ondem são atirados, numa lógica industrial de resíduos pestíferos, os agora chamados “idosos”. Isto para “libertar” o tempo daqueles a quem, entretanto, explora os corpos e almas. Para que esses, recicláveis aos 40 anos (e o Estado que trate deles), alimentem a alucinação colectiva em que a sua própria vida se tornou.
O momento é decisivo e só há dois caminhos: o da barbárie ou o de um mundo novo em que o bem comum seja o farol de todas as políticas e o fim último dos modelos económicos e sociais das sociedades humanas.
Barbárie ou bem comum
Opinião » 2020-04-05 » João Carlos LopesMais que um modelo económico, este capitalismo selvagem impôs às sociedades humanas uma não vida
O perigoso anarquista e cripto-comunista Papa Francisco já tinha dito e vem dizendo, desde 2013, que “esta economia mata”. Mais recentemente, na saudação ao Ano Novo e falando de paz, desmascarou a hipocrisia dos países e governantes que enchem a boca de paz e todos os anos aumentam escandalosamente as despesas com armamento e com os seus exércitos.
Outro esquerdista infiltrado no Vaticano, o agora cardeal José Tolentino de Mendonça, escrevia há dias que o número de epidemias cresceu e crescerá se mantivermos os nossos modelos de desenvolvimento que devastam o planeta, e que teremos de mudar os nossos estilos de vida assentes nos mercados massificados de tudo, que destroem o que é humano e o que é essencial na nossa vida.
Isto tem que ver com a pandemia? Claro, isto anda tudo ligado. A pandemia revela de modo estupidamente claro que este capitalismo selvagem impôs um modelo económico que desarmou totalmente o mundo e os povos da terra, esbulhando os seus recursos e destruindo as bases mais importantes, que eram marcas civilizacionais, do Estado Social laboriosamente construído no pós-guerra. Imagine-se o que seria se, como exigia a praga neo-liberal, aceitássemos destruir os nossos serviços nacionais de saúde. Veja-se o que infelizmente se vai passar onde a saúde está entregue à lógica do mercado.
Mais que um modelo económico, este capitalismo selvagem impôs às sociedades humanas uma não vida, que isola todos aqueles que ainda não e já não se incluem na vertiginosa máquina produtiva e os torna, a-sociais e invisíveis: nos complexos concentracionários em que se transformou a escola, que rouba infância e juventude a crianças e jovens encurralados metade do dia, e os gulags-lares de terceira idade para ondem são atirados, numa lógica industrial de resíduos pestíferos, os agora chamados “idosos”. Isto para “libertar” o tempo daqueles a quem, entretanto, explora os corpos e almas. Para que esses, recicláveis aos 40 anos (e o Estado que trate deles), alimentem a alucinação colectiva em que a sua própria vida se tornou.
O momento é decisivo e só há dois caminhos: o da barbárie ou o de um mundo novo em que o bem comum seja o farol de todas as políticas e o fim último dos modelos económicos e sociais das sociedades humanas.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |