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Opinião  »  2017-09-20  »  Inês Vidal

"Daqui a quatro anos, quem sabe? "

Dizem que a idade é um posto e que quantos mais anos temos, mais nos negamos aos fretes, aos sapos engolidos, ao que os outros pensam de nós. Das duas uma: ou estou muito velha ou não quero imaginar como serei quando chegar aos 90. Tenho vindo a amadurecer esta intolerância contra terceiros, contra as opiniões, contra as situações que me fazem suspirar e pensar: “eu não tenho vida ou idade para isto”.

O estado da política local há muito que me provoca esta urticária (praticamente desde que a comecei a acompanhar mais de perto), mas associada a esta intolerância típica da idade (ou ao meu mau feitio), esta repulsa tem vindo a crescer. Fui educada (tenha sido por palavras ou por exemplos) a respeitar a actividade política, a perceber a sua importância e dimensão. Talvez por isso, a desilusão tenha sido maior quando comecei a ver, assim mais de perto, como há quem a faça. Não concebo, nem ninguém devia, que haja quem a faça com leviandade, com o mero objectivo da objectiva, do prestígio ou do que isso possa trazer em benefícios pessoais.

Não concebo quem o faça sem empenho ou paixão, sem tempo dedicado, apenas colocando o dedo no ar, enquanto o mandato não termina. Não são todos, obviamente. Há quem vista a camisola e lute por mim e por si, com a convicção de que uma mera palavra na hora certa pode mudar um rumo. Mas falar é fácil. E de fora, mais ainda. Cabe a todos nós, aqueles que não aceitam que a política seja apenas um meio para atingir um fim, mudar este rumo. Dar a cara por uma causa, encarar este dever que nos compete a todos e dar de nós à causa pública.

Contra mim falo. Escudada atrás deste meu cargo, tenho-me mantido longe das lides políticas. Talvez tenha chegado a hora de mudar isso. De fazer aquilo que me compete. Se não me revejo em quem vai aparecendo, é provavelmente a minha hora. Quem diz eu, diz nós. Aqueles que ainda acreditam na política. Para o 1 de Outubro já não vamos a tempo. Limitamo-nos a ir votar e já não é pouco. Daqui a quatro anos, quem sabe? Se o Toni pode ameaçar que vai, porque não poderemos nós?

 

 

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