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O assalto ou a 8.ª maravilha gastronómica

Opinião  »  2011-09-22  »  Helder Simões

Recentemente o país assistiu deliciado à eleição das sete maravilhas da gastronomia portuguesa. Confesso que foi com enorme espanto que assisti à exclusão do lote dos vencedores daquele que é, de longe, o acepipe mais apreciado em Portugal. Enganam-se os que pensam que me refiro ao fiel amigo bacalhau. Falo, claro está, do mais genuíno dos pratos nacionais: O Assalto. O assalto é uma iguaria ímpar e de versatilidade ilimitada. Se julga existirem muitas receitas de bacalhau, isso é porque, caro leitor, certamente ainda não contabilizou todas as receitas de assaltos! Há-as para todos os gostos. Genericamente são receitas de assalto à Portuguesa, simples mas castiças. Existem as mais tradicionais, como o assalto de arma branca, e a sua versão homóloga, da mesma cor, mas de colarinho, notoriamente mais elitista que a primeira. O assalto à mão armada é famoso, pelo menos desde os tempos do assalto à Zé do Telhado. Ao contrário da coca-cola que primeiro se estranha para só depois se entranhar, o assalto, entranha-se mesmo antes de se estranhar. Nos últimos anos temos assistido ao aparecimento de assaltos de autor. Falo dos assaltos à Valentim, à Isaltino, à Pedro Caldeira, à Dias Loureiro, e, claro está, à Oliveira e Costa. Ainda dentro dos assaltos de autor, o assalto à Vara é famoso e particularmente apreciado por desportistas. Mas como qualquer ingrediente de categoria que se preze, o assalto é também alvo de cozinhados regionais, que não devem ser menosprezados. São os casos do assalto à Felgueiras, do assalto à Cova da Moura, uma espécie de assalto a murro, e do assalto à moda do Metro do Porto. Porém, não posso ignorar que alguns apreciadores de assaltos, nutram preferências por falcatruas estrangeiras. Certamente alguns leitores não hesitarão em contrapor: ”Lá fora sim, é que há assaltos de grande categoria e dimensão, reconhecidos mundialmente, como o assalto à Madoff.” Pois é, mas o assalto à portuguesa tem particularidades únicas: desde logo é um assalto que não dá qualquer chatice ao cozinheiro, e depois, inebria quem o ingere. Especialistas afirmam que o assalto à portuguesa causa uma espécie de Síndrome de Estocolmo abdominal, pois quem o engole, defende sempre o seu autor, mesmo que morra de azia. Mas se é verdade que o assalto se internacionalizou, a esse facto certamente não será alheia a expansão ultramarina portuguesa. Na actualidade surgiram mesmo versões gourmet do assalto, sendo o mais difundido o assalto BPN, muito chique, ideal para jantares de negócios. Porém, caro leitor, se quer uma sugestão, em matéria de assaltos, a 8ª maravilha gastronómica, o filet mignon dos assaltos, é mesmo o assalto à moda da Madeira. Sabe a banana e é ideal para noites de bailinho e fogo-de-artifício. Vai ver que vai gostar!

 

 

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