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Futebol à beira do abismo

Opinião  »  2008-12-30  »  Élio Batista

O início da actual temporada futebolística da Associação de Futebol de Santarém ficou marcada pela desistência de diversos clubes, entre os quais U. Chamusca, U. Santarém, Abitureiras, entre outros. Os encargos financeiros e a forma exigente como o aparelho fiscal tem actuado sobre as colectividades e clubes, não lhes deu grande margem de manobra, que não o fim.

Ao longo destes últimos quatro meses foram ainda pairando nuvens negras sobre outros clubes, como o Águias de Alpiraça, Assentis, Ferroviários e tantos outros que se debatem com graves problemas de insustentabilidade. E é uma ilusão negar, ou pensar que os restantes clubes, mais ano menos ano, não seguirão o mesmo caminho, se nada mudar. Não é de futurologia que se fala, mas sim de factos concretos, e de uma realidade cada vez mais evidente.

Algumas autarquias e alguns clubes têm nos últimos anos (e não poderia ser de outra forma) investido na melhoria das condições de trabalho de jogadores e treinadores e, naturalmente, que os praticantes de futebol (vulgo jogadores) terão que, em contrapartida, mostrar uma maior disponibilidade e voluntarismo. Hoje há por aí muito campo relvado, bons equipamentos de treino, coletes, pinos, bolas de qualidade, balneários melhorados, carrinhas de transporte em boas condições - e não daquelas que nem sequer travões tinham e me transportaram a mim e a colegas meus, há 15 anos atrás, em longas viagens até ao Cartaxo ou Samora Correia.

Há hoje naturalmente outras condições, até porque as exigências e as responsabilidades são outras, e esse é um reconhecimento que deve ser assumido por todos, desde jogadores, treinadores, dirigentes, pais, sócios e adeptos. Na verdade, esta é uma realidade tão intrincada, que para desatar este nó, é necessário que todos percebam o que está em causa: a continuidade dos campeonatos distritais. Apesar da pouca gente que actualmente atraem, ainda mexem com uma parte significativa do povo.

É preciso perceber que para que as coisas se mantenham, são necessários incentivos e não desincentivos. Como? Começando pela actualização (em baixa) de taxas, as da AFS e outras, como os gratificados, que estrangulam os clubes de forma lenta. E este é talvez o ponto chave deste problema. Ou a associação modera os preços praticados pelas taxas obrigatórias, ou os clubes, para sobreviverem, terão que mudar-se para outros campeonatos como o INATEL, que é sempre uma alternativa desde que seja quebrado o estigma de que este campeonato é ”menor” que o da associação. Basta que meia dúzia de clubes importantes o façam, para que os outros sigam o mesmo caminho!

É, portanto, fundamental que os clubes vejam aliviadas as taxas em vigor, as de inscrição, de jogo, de policiamento, seguros. É também fundamental que os dirigentes recuem com as promessas, muitas vezes chorudas, feitas no início das temporadas. É fundamental que os atletas percebam que não volta a dar e que os clubes não têm receitas para pagar salários nem subsídios. Em resumo, é fundamental a injecção de uma nova mentalidade, mais realista e adaptada às circunstâncias actuais.

É de um problema económico que se está a falar, e a não estabilização das curvas da oferta e da procura resultará inequivocamente numa má equação, que será trágica para o futebol de terra.

 

 

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