• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Segunda, 29 Abril 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Qui.
 17° / 8°
Períodos nublados com chuva fraca
Qua.
 16° / 8°
Períodos nublados com chuva fraca
Ter.
 19° / 10°
Céu nublado com chuva fraca
Torres Novas
Hoje  19° / 10°
Céu nublado
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Mudanças necessárias

Opinião  »  2018-01-30  »  Nuno Curado

"...começar de uma vez por todas a dizer “não” aos sacos de plástico"

Não sou pessoa de fazer resoluções de ano novo, nem de desejar mudanças como se elas acontecessem por magia. Tenho, no entanto, duas aspirações especiais para este ano: menos plástico nas nossas vidas e melhor mobilidade na nossa cidade. No fundo, são mudanças que precisam de acontecer e para as quais vou tentar fazer a minha parte. Agora vou focar-me no plástico, na próxima edição voltamos à mobilidade.

Qual é o problema do plástico, afinal? Como é que se tornou num dos problemas ambientais mais graves dos dias de hoje? Estamos enterrados em embalagens, invólucros, sacos, saquinhos, copos, garrafas, palhinhas, pratos, talheres, tudo descartável. Produzimos quantidades abissais de produtos em plástico, apenas para os usar uma vez e deitar fora. O plástico é um material incrível: é leve, resistente e impermeável. E hoje em dia com outra grande vantagem: é estupidamente barato (é impressionante que fique mais barato comprar copos, pratos e talheres de plástico para cada festa que fazemos do que comprar um único conjunto de um outro material e lavá-lo a cada vez). Por outro lado, tem um grande problema: é estupidamente difícil de decompor naturalmente. Ao contrário do papel, não se degrada rapidamente. Não se decompõe como a matéria orgânica e também não é inerte como o vidro. Uma vez descartado, não se decompõe, vai-se degradando, lentamente, criando micro-partículas de plástico enquanto isso acontece, e que se tornaram um problema de poluição à escala mundial.

Quase todos os dias sai mais uma notícia sobre o impacto negativo dos resíduos de plástico. 90% do lixo que flutua nos oceanos é plástico. A maioria dos plásticos demoram entre 300 a 1000 anos a degradar-se. Ou seja, todo o plástico alguma vez produzido ainda existe. Todos os anos um milhão de aves marinhas – sim, um milhão – são mortas por ingerirem plástico, ao confundirem-no com comida; tal como cem mil baleias, golfinhos e focas, e inúmeras tartarugas-marinhas. Morrem por encherem os estômagos de plástico, ou por envenenamento através dos seus compostos. E agora, a parte que nos toca ainda mais directamente: descobrimos cada vez mais espécies de peixes que ingerem e que são contaminadas por plástico, incluindo espécies que são pescadas e que todos nós comemos. E há cada vez mais indícios da presença de micro-plásticos em água potável por todo o mundo. Já chega?

Está na altura de mudar isto. São precisas alterações legislativas, comerciais e industriais. Que não são simples, mas são possíveis. Medidas para eliminar a maioria dos usos do plástico descartável, para deixar de produzir tipos de plásticos não recicláveis e para reduzir a quantidade de embalagens, por exemplo. Mas é preciso também mudar as nossas acções. Começar de uma vez por todas a dizer “não” aos sacos de plástico quando fazemos compras e levar os nossos sacos reutilizáveis. Se temos uma loja, pensar se é possível entregar sacos de papel em vez de plástico (as farmácias já há algum tempo que optaram por saquinhos de papel). Dizer não às palhinhas nos bares. Substituir as largadas de balões. Utilizar jarros com água e copos de vidro em reuniões, debates e eventos, em vez de garrafas individuais de plástico. Apostar em copos reutilizáveis e com tara nos festivais e eventos. Na Feira Medieval de Torres Novas isso já ocorre e é uma excelente medida. Porque não alargá-la às Festas do Almonda?

 

 

 Outras notícias - Opinião


O miúdo vai à frente »  2024-04-25  »  Hélder Dias

Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia »  2024-04-24  »  Jorge Carreira Maia

A publicação do livro Identidade e Família – Entre a Consistência da Tradição e os Desafios da Modernidade, apresentado por Passos Coelho, gerou uma inusitada efervescência, o que foi uma vitória para os organizadores desta obra colectiva.
(ler mais...)


Caminho de Abril - maria augusta torcato »  2024-04-22  »  Maria Augusta Torcato

Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável.
(ler mais...)


As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia »  2024-04-10  »  Jorge Carreira Maia

Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores.
(ler mais...)


Eleições "livres"... »  2024-03-18  »  Hélder Dias

Este é o meu único mundo! - antónio mário santos »  2024-03-08  »  António Mário Santos

Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza.
(ler mais...)


Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato »  2024-03-08  »  Maria Augusta Torcato

Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente.
(ler mais...)


A crise das democracias liberais - jorge carreira maia »  2024-03-08  »  Jorge Carreira Maia

A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David.
(ler mais...)


A carne e os ossos - pedro borges ferreira »  2024-03-08  »  Pedro Ferreira

Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA.
(ler mais...)


O Flautista de Hamelin... »  2024-02-28  »  Hélder Dias
 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2024-04-22  »  Maria Augusta Torcato Caminho de Abril - maria augusta torcato
»  2024-04-25  »  Hélder Dias O miúdo vai à frente
»  2024-04-24  »  Jorge Carreira Maia Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia
»  2024-04-10  »  Jorge Carreira Maia As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia