Maganões
Por via de dúvidas, começo este escrito com a afirmação de que sou social-democrata, mesmo de papel passado, se não estou em erro desde há 35 anos. Sou-o por convicção, nunca tirei disso qualquer benefício (antes pelo contrário), mas essa condição nunca me impediu, não impede, nem impedirá de criticar os actos e as decisões, (bem como as personagens envolvidas nas mesmas) que forem contra os princípios base do que eu entendo ser e dever continuar a ser a social-democracia.
Fui um (creio que entre muitos milhares) dos militantes que nas últimas autárquicas, viram com satisfação a vitória de Rui Moreira no Porto e as derrotas dos ”dinossauros” escolhidos pelos altos dirigentes, para irem a votos no Porto, Lisboa e Loures.
Estes ”entes jurássicos” merecem-me um respeito proporcional à qualidade e cuidado que colocaram na gestão dos dinheiros dos meus/nossos impostos, enquanto responsáveis pela gestão dos municípios, onde até ao limite legal, cumpriram os seus mandatos. Com isso já se terão sacrificado muito pela coisa pública. Como são gente de bem, chegou o tempo para gozarem um merecido descanso, voltando à vida de cidadãos comuns, dedicando-se por exemplo a ajudar a tratar dos netinhos, caso os tenham.
Esta gente que se prontifica a ”driblar” a lei, já bem elaborada com ”alçapão” para esse efeito, deve supor que na área política dos seus partidos, não existe mais ninguém com capacidade para ocupar tais cargos. Muito mau será se isso for verdade.
O jogo democrático parece estar por demais viciado também nestas situações. A opinião dos eleitores não é tida em conta. Depois dos erros por eles cometidos, os mandadores ainda vão ameaçando com a expulsão de bons sociais-democratas, pelo facto simples de no Porto, eles terem tido a coragem de bem cumprir o seu dever democrático de cidadania, dando a cara pela candidatura que em seu entender, melhor se enquadrava na defesa dos interesses da sua cidade.
Esta gente que se agarra ao poder e nele se vicia, tende a afastar gente de valia, dando preferência a ”yes men” que lhes não façam sombra nem tenham a franqueza e a honestidade para lhes falar verdade. Estes coitados, precisam de se manterem na ”crista da onda e vão dizendo que sim a tudo. Só se cria espaço para gente e ideias novas após as derrotas, saindo então pela porta dos fundos, em vez de saírem pela porta grande como podia ter acontecido, se atempadamente o fizessem pelo seu pé.
Eles sabem que é assim, mas qual quê! Encandeados pelos holofotes do poder, parecem ter perdido a visão e razão. Acabam por condenar o partido a travessias de agrestes desertos muito prolongadas. É um filme que já passou em muito lado e continua pelos vistos a fazer grande sucesso fora das áreas controladas pelo PC. Aqui na autarquia de Torres Novas, a penosa travessia do deserto já vai com 20 anos de duração. Tudo aponta para que venhamos a ter e com o êxito estrondoso, a exibição da mesma fita do Jardim Jurássico da Madeira.
É assim que estamos! Estes nossos líderes são em geral maganões hipócritas: veja-se como tão bem falam belos e inflamados discursos de elogio a Mandela, de quem contudo na prática não são capazes de tomar, mesmo que seja só um bocadinho muito pequenino, do exemplo e da lição que ele legou ao mundo.
Maganões
Por via de dúvidas, começo este escrito com a afirmação de que sou social-democrata, mesmo de papel passado, se não estou em erro desde há 35 anos. Sou-o por convicção, nunca tirei disso qualquer benefício (antes pelo contrário), mas essa condição nunca me impediu, não impede, nem impedirá de criticar os actos e as decisões, (bem como as personagens envolvidas nas mesmas) que forem contra os princípios base do que eu entendo ser e dever continuar a ser a social-democracia.
Fui um (creio que entre muitos milhares) dos militantes que nas últimas autárquicas, viram com satisfação a vitória de Rui Moreira no Porto e as derrotas dos ”dinossauros” escolhidos pelos altos dirigentes, para irem a votos no Porto, Lisboa e Loures.
Estes ”entes jurássicos” merecem-me um respeito proporcional à qualidade e cuidado que colocaram na gestão dos dinheiros dos meus/nossos impostos, enquanto responsáveis pela gestão dos municípios, onde até ao limite legal, cumpriram os seus mandatos. Com isso já se terão sacrificado muito pela coisa pública. Como são gente de bem, chegou o tempo para gozarem um merecido descanso, voltando à vida de cidadãos comuns, dedicando-se por exemplo a ajudar a tratar dos netinhos, caso os tenham.
Esta gente que se prontifica a ”driblar” a lei, já bem elaborada com ”alçapão” para esse efeito, deve supor que na área política dos seus partidos, não existe mais ninguém com capacidade para ocupar tais cargos. Muito mau será se isso for verdade.
O jogo democrático parece estar por demais viciado também nestas situações. A opinião dos eleitores não é tida em conta. Depois dos erros por eles cometidos, os mandadores ainda vão ameaçando com a expulsão de bons sociais-democratas, pelo facto simples de no Porto, eles terem tido a coragem de bem cumprir o seu dever democrático de cidadania, dando a cara pela candidatura que em seu entender, melhor se enquadrava na defesa dos interesses da sua cidade.
Esta gente que se agarra ao poder e nele se vicia, tende a afastar gente de valia, dando preferência a ”yes men” que lhes não façam sombra nem tenham a franqueza e a honestidade para lhes falar verdade. Estes coitados, precisam de se manterem na ”crista da onda e vão dizendo que sim a tudo. Só se cria espaço para gente e ideias novas após as derrotas, saindo então pela porta dos fundos, em vez de saírem pela porta grande como podia ter acontecido, se atempadamente o fizessem pelo seu pé.
Eles sabem que é assim, mas qual quê! Encandeados pelos holofotes do poder, parecem ter perdido a visão e razão. Acabam por condenar o partido a travessias de agrestes desertos muito prolongadas. É um filme que já passou em muito lado e continua pelos vistos a fazer grande sucesso fora das áreas controladas pelo PC. Aqui na autarquia de Torres Novas, a penosa travessia do deserto já vai com 20 anos de duração. Tudo aponta para que venhamos a ter e com o êxito estrondoso, a exibição da mesma fita do Jardim Jurássico da Madeira.
É assim que estamos! Estes nossos líderes são em geral maganões hipócritas: veja-se como tão bem falam belos e inflamados discursos de elogio a Mandela, de quem contudo na prática não são capazes de tomar, mesmo que seja só um bocadinho muito pequenino, do exemplo e da lição que ele legou ao mundo.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |