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A geração à rasca!

Opinião  »  2011-03-17  »  Rosa Amora

Seria um erro histórico deixar passar a manifestação de 12 de Março, promovida por não sei quem, nem quantos, sem fazer um breve comentário aqui no blog que só eu e os amigos lêem, sobretudo para dizer o quanto me alegra que os jovens se mobilizem, participem e pensem em todas as hipóteses de construir um país viável, onde se possa viver de uma forma digna, mas também mais justa e mais equilibrada.

Há tempos atrás tive a oportunidade de ver uma foto da minha turma da 1ª classe e pude comprovar que havia colegas meus descalços, assim como outros calçados com botins de borracha até aos joelhos, isto quando eu e outros colegas vestíamos camisolas de meia manga, porque a foto de turma se tirava normalmente nos últimos dias de aulas, em Junho, portanto. O mais interessante era eu ser filho de uma dona de casa e de um fiel de armazém, o espelho de uma classe baixa para a época, confortável em relação à classe baixa-baixíssima de muitos colegas meus.

Era uma época difícil também, do ponto de vista social, mas também do ponto de vista profissional, onde a par de uma mão-de-obra desqualificada naturalmente empregada com salários de miséria, havia uma classe emergente de técnicos vindos das escolas industriais e comerciais que tinham visíveis dificuldades para conseguir uma integração profissional e condigna retribuição.

Havia colocação e bons salários para quem tinha um curso superior? Claro que sim, eles eram tão poucos...

Hoje assistimos a um facto que seria inimaginável há 37 anos, quando se deu o 25 de Abril, com um nível de alfabetização e frequência de escolas superiores ao nível dos melhores países europeus e deseja-se que ainda melhor, por forma que todos os jovens adquiram conhecimentos técnicos que os tornem melhores e mais competentes no trabalho que executam, para além de uma autonomia e capacidade de determinação que os motivem a um constante desenvolvimento pessoal e profissional, não esperando que o tal emprego lhes caia do céu, mas procurando constantemente as melhores hipóteses, estejam elas onde estiverem. Se os pais e os avós, muitos deles analfabetos se meteram literalmente ao caminho e encontraram o que queriam em França ou na Alemanha, para falar só destes, porque não tentar novos desafios, se têm hoje dentro de si os conhecimentos e a juventude?

Claro que um governo incompetente, sem um projecto de sociedade, sem capacidade para valorizar o conhecimento, sem força para sacudir as amarras dos lobbies encartados que gravitam à mesa do Estado, em vez de ser um factor de dinamização e desenvolvimento das novas gerações, é efectivamente mais um obstáculo à afirmação de quem quer dar o seu melhor por si mesmo e pelo país.

Portugal é um país de velhos! Portugal é um país de indivíduos instalados no poder, em todos os órgãos de poder, tão instalados como Fidel Castro, Kadafi, Hussein, Kim il Sung, Mubarack ou Alberto João Jardim e só não estão mais tempo no poder que eles, porque as leis não os deixam, embora alguns caiam na tentação de deixar os filhos no lugar, quando são obrigados a sair.

E porque é que também os jovens e os menos jovens continuam a aceitar que pessoas com mais de 70 (setenta) anos continuem a ocupar cargos no governo, na magistratura, nas universidades e empresas públicas, quando a lei proíbe a função pública de exercer depois dessa idade?

Porque é que essa gente não faz como os japoneses, pega uma máquina a tiracolo e vai passear em grupo por esse mundo fora?

O futuro de Portugal está nos jovens... empregados, claro!

 

 

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