Presumíveis jovens...
Opinião » 2010-07-23 » Rosa Amora
O anormal da situação é que o carro-patrulha da polícia, que poderia passar muito descansadinho, sem barulho e sem atitudes afrontosas, tinha lá dentro dois polícias ”melgas”, desconfiados à brava e aproximou-se para verificar se estava tudo bem, tendo os ”jovens” arrancado sem pedir licença, via do Infante que é uma pressa, porque Ayamonte está já ali ao virar da esquina e esta carrinha de nove lugares se ainda não fez a rodagem, vai provar que 200 à hora é tão fácil como comer uns ”pescaditos” do outro lado da fronteira.
Lá veio a tal perseguição que só costuma acontecer na fronteira dos Estados Unidos com o México, nas ruas de Los Angeles ou na ponte Vasco da Gama às sextas à noite e uma câmera de filmar de algum telemóvel a mostrar como é que é, que a carrinha até fazia faísca e o ”jovem” condutor mostrava como se conduz em Portugal. É bom referir que a perseguição lá continuava, sem qualquer tirinho de aviso ou para as rodas, uma vez que os ”jovens” presumíveis gatunos de bicicletas podiam ser atingidos nas costas e depois lá vinha o ”SOS criança” falar dos direitos dos ”jovens”, com um advogado a aproveitar o caso para mandar umas bocas no telejornal das vinte horas.
Claro que os carros da polícia e os seus elementos correram riscos enormes, de vida e materiais, uma vez que, qualquer descuido e lá ía o carro para a oficina, com a consequente despesa a ser retirada dos vencimentos dos profissionais de polícia, conforme fiquei a saber hoje ao ler o jornal, pelo que já não bastava terem de pagar a roupa que os gatunos lhes rasgam mas também os prejuízos nos carros que lhes estão distribuídos... e agora eu pergunto, alguém me está a ver ao volante de um carro policial a perseguir ”jovens”, presumíveis gatunos de bicicletas?
Pois então no final tudo correu bem, os ”jovens” partiram a carrinha toda, o dono da carrinha está em casa chateado porque não tem dinheiro para a mandar arranjar, a carrinha do INEM tratou imediatamente os ”jovens” e levou-os para o hospital, onde se calhar nem pagaram a taxa moderadora, os polícias depois levaram-nos à presença de um presumível juiz, que concerteza lhes perguntou se tinham sido agredidos e lhes disse para ir em paz e aparecerem no tribunal, se não lhes der muito transtorno, uns dias depois.
A notícia não esclarecia se, por terem sido apanhados em excesso de velocidade, lhes foi passada a respectiva multa, como costuma acontecer com qualquer cidadão com as ”quotas” em dia, mas isso acho que é só para quem se porta normalmente, paga impostos e se deita a horas decentes... presumivelmente.
Presumíveis jovens...
Opinião » 2010-07-23 » Rosa AmoraO anormal da situação é que o carro-patrulha da polícia, que poderia passar muito descansadinho, sem barulho e sem atitudes afrontosas, tinha lá dentro dois polícias ”melgas”, desconfiados à brava e aproximou-se para verificar se estava tudo bem, tendo os ”jovens” arrancado sem pedir licença, via do Infante que é uma pressa, porque Ayamonte está já ali ao virar da esquina e esta carrinha de nove lugares se ainda não fez a rodagem, vai provar que 200 à hora é tão fácil como comer uns ”pescaditos” do outro lado da fronteira.
Lá veio a tal perseguição que só costuma acontecer na fronteira dos Estados Unidos com o México, nas ruas de Los Angeles ou na ponte Vasco da Gama às sextas à noite e uma câmera de filmar de algum telemóvel a mostrar como é que é, que a carrinha até fazia faísca e o ”jovem” condutor mostrava como se conduz em Portugal. É bom referir que a perseguição lá continuava, sem qualquer tirinho de aviso ou para as rodas, uma vez que os ”jovens” presumíveis gatunos de bicicletas podiam ser atingidos nas costas e depois lá vinha o ”SOS criança” falar dos direitos dos ”jovens”, com um advogado a aproveitar o caso para mandar umas bocas no telejornal das vinte horas.
Claro que os carros da polícia e os seus elementos correram riscos enormes, de vida e materiais, uma vez que, qualquer descuido e lá ía o carro para a oficina, com a consequente despesa a ser retirada dos vencimentos dos profissionais de polícia, conforme fiquei a saber hoje ao ler o jornal, pelo que já não bastava terem de pagar a roupa que os gatunos lhes rasgam mas também os prejuízos nos carros que lhes estão distribuídos... e agora eu pergunto, alguém me está a ver ao volante de um carro policial a perseguir ”jovens”, presumíveis gatunos de bicicletas?
Pois então no final tudo correu bem, os ”jovens” partiram a carrinha toda, o dono da carrinha está em casa chateado porque não tem dinheiro para a mandar arranjar, a carrinha do INEM tratou imediatamente os ”jovens” e levou-os para o hospital, onde se calhar nem pagaram a taxa moderadora, os polícias depois levaram-nos à presença de um presumível juiz, que concerteza lhes perguntou se tinham sido agredidos e lhes disse para ir em paz e aparecerem no tribunal, se não lhes der muito transtorno, uns dias depois.
A notícia não esclarecia se, por terem sido apanhados em excesso de velocidade, lhes foi passada a respectiva multa, como costuma acontecer com qualquer cidadão com as ”quotas” em dia, mas isso acho que é só para quem se porta normalmente, paga impostos e se deita a horas decentes... presumivelmente.
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