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Opinião  »  2010-06-17  »  Rosa Amora

Comemorou-se, no domingo, o ”Dia de Portugal” e, se não houver qualquer problema de maior, irá acontecer no próximo ano, porque temos o hábito enraizado de comemorar tudo e mais alguma coisa, já dizia o Carlos Paião, ”viva o Sto. António, viva o S. João, viva o 10 de Junho e a Restauração! viva até S. Bento, se nos arranjar muitos feriados para festejar!”, tudo isso apesar da crise, dos cortes orçamentais, da redução de postos, sejam eles militares, de trabalho, de gasolina ou até mesmo de postos de polícia, contrariando o aumento de autênticos postes de betão que são todos os membros de governo e afins que, parece que pegam de estaca e nunca mais saem de cena.

Tive o grato prazer de preencher um pouco do excelente dia feriado com o discurso do dinossauro excelentíssimo desta ”selva”, o senhor presidente da República, com o qual me deliciei numa boa capacidade de leitura de texto, um rosto fechado como exige o protocolo e um assessor fardado que sempre me faz lembrar o ”emplastro” dos jogos do Porto. E a substância? Uma delícia, não sei bem, mas acho que já estava na altura do pastel de nata que costumo acompanhar com o café... gostei mesmo, a minha alma portuguesa, a vontade imensa de sofrer, a tristeza que me invadiu, a saudade, tudo isso me fez recordar os últimos 2000 anos, desde que o Viriato andou à porrada com os romanos junto à Covilhã, onde por ironia do destino chegaram os ”navegadores” do século XXI, não de naus, mas de carros topo de gama, a mamar qualquer coisa como 800 euros por dia de ajudas de custo, isto para defender as cores de Portugal.

E não é que o senhor presidente falou de repartições? Aí é que eu fiquei de ouvido no discurso, porque quando me falam de repartições fico logo com pele de galinha, talvez porque a primeira repartição que me vem à memória é a repartição de finanças, que me olha com desconfiança quando tenho de fazer algum pagamento ou pedir algum documento, mas a tal repartição era outra e o senhor Silva dizia alto e bom som que era preciso uma melhor repartição de sacrifícios, acrescentando eu repartição de responsabilidades ou mesmo repartição de rendimentos.

Pois é, temos de começar por algum lado e porque não uma melhor repartição de reformas, pensões e aposentações? É que no ”Correio da Manhã” desta semana podia ler-se que o senhor Silva recebia três reformas, para além de se abotoar todos os meses com o vencimento de Presidente da República.

Se querem saber, se fosse comigo, depois de ler esta notícia no jornal, quem fazia o discurso do 10 de Junho era a empregada de limpeza do palácio de Belém... essa sabe bem o que é uma repartição de 500 euros mensais.

Se não fosse o medo de ver isto tudo a ir por água abaixo, também gritava ”viva Portugal!”.

 

 

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