Corações escondidos
Opinião » 2008-09-11 » Eduarda Gameiro
Hoje, na Palestina, observamos sintomas que certamente intrigariam Harvey: contracção de dedos, pressão sobre gatilhos, batimentos rítmicos de rajada de metralhadora e sangue a circular pelas ruas, em trajectos específicos.
Olhando o médio oriente, abrimos uma janela directa para contemplar o caos materializado na terra. A guerra é ensinada como um padrão cultural, uma tradição que existe porque sempre foi assim. E, sem o perceber, todo o inocente que sacrifica a sua pureza ao morrer por Deus esconde, nos seus gritos, os sussurros obscuros dos negócios das armas e do petróleo… Dos lucros de uma guerra.
No ocidente, cada morte alimenta o Deus Dólar e os seus sectários, que vão consumindo o mundo, escondidos atrás da santificação das guerras. A religião é como a pele que recobre o corpo. Representa um entrave ao conhecimento das causas que movem as doenças da humanidade. Mantêm-nos à superfície, a rezar pelas almas perdidas, e esconde-nos os interesses e os negócios obscuros que fazem com que as balas continuem a ser disparadas.
E, por cá, seguimos a nossa vida sem saber de nada. Falamos dos conflitos do médio oriente como se fosse uma doença que não compreendemos mas abominamos. Sentimos a presença de um coração doente, sujo, a bombear dólares do meio da palestina para o ocidente, mas que está bem escondido entre camadas daquelas preces exaltadas e daqueles gritos fervorosos que ecoam entre cada explosão ou rajada de metralhadora. Quantos mais inocentes vão ter de morrer ”em nome de Deus” até chegar um Harvey que mostre ao mundo esse coração enfermo? E quanto tempo mais será preciso para percebermos que o nosso coração está tão sujo como o deles?
piereluigi@gmail.com
Corações escondidos
Opinião » 2008-09-11 » Eduarda GameiroHoje, na Palestina, observamos sintomas que certamente intrigariam Harvey: contracção de dedos, pressão sobre gatilhos, batimentos rítmicos de rajada de metralhadora e sangue a circular pelas ruas, em trajectos específicos.
Olhando o médio oriente, abrimos uma janela directa para contemplar o caos materializado na terra. A guerra é ensinada como um padrão cultural, uma tradição que existe porque sempre foi assim. E, sem o perceber, todo o inocente que sacrifica a sua pureza ao morrer por Deus esconde, nos seus gritos, os sussurros obscuros dos negócios das armas e do petróleo… Dos lucros de uma guerra.
No ocidente, cada morte alimenta o Deus Dólar e os seus sectários, que vão consumindo o mundo, escondidos atrás da santificação das guerras. A religião é como a pele que recobre o corpo. Representa um entrave ao conhecimento das causas que movem as doenças da humanidade. Mantêm-nos à superfície, a rezar pelas almas perdidas, e esconde-nos os interesses e os negócios obscuros que fazem com que as balas continuem a ser disparadas.
E, por cá, seguimos a nossa vida sem saber de nada. Falamos dos conflitos do médio oriente como se fosse uma doença que não compreendemos mas abominamos. Sentimos a presença de um coração doente, sujo, a bombear dólares do meio da palestina para o ocidente, mas que está bem escondido entre camadas daquelas preces exaltadas e daqueles gritos fervorosos que ecoam entre cada explosão ou rajada de metralhadora. Quantos mais inocentes vão ter de morrer ”em nome de Deus” até chegar um Harvey que mostre ao mundo esse coração enfermo? E quanto tempo mais será preciso para percebermos que o nosso coração está tão sujo como o deles?
piereluigi@gmail.com
Insana Casa… » 2024-05-06 » Hélder Dias |
25 de Abril e 25 de Novembro - jorge carreira maia » 2024-05-05 » Jorge Carreira Maia Por que razão a França só comemora o 14 de Julho, o início da Revolução Francesa, e não o 27 ou 28 de Julho? O que aconteceu a 27 ou 28 de Julho de tão importante? A 27 de Julho de 1794, Maximilien Robespierre foi preso e a 28, sem julgamento, foi executado. |
O miúdo vai à frente » 2024-04-25 » Hélder Dias |
Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia » 2024-04-24 » Jorge Carreira Maia A publicação do livro Identidade e Família – Entre a Consistência da Tradição e os Desafios da Modernidade, apresentado por Passos Coelho, gerou uma inusitada efervescência, o que foi uma vitória para os organizadores desta obra colectiva. |
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
» 2024-04-25
» Hélder Dias
O miúdo vai à frente |
» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
Caminho de Abril - maria augusta torcato |
» 2024-04-24
» Jorge Carreira Maia
Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia |
» 2024-05-06
» Hélder Dias
Insana Casa… |
» 2024-05-05
» Jorge Carreira Maia
25 de Abril e 25 de Novembro - jorge carreira maia |