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Fico em (que) casa

Opinião  »  2020-04-05  »  Ana Lúcia Cláudio

"Mas estes tempos são difíceis também para quem vive no seio de uma família (aparentemente) “normal”"

“Quando, no dia 31 de dezembro de 2019, ao comer aquela passa, desejei passar mais tempo com a minha família, não era bem nisto que estava a pensar” - É uma das muitas frases com alguma graça que circula por estes dias nas redes sociais, provando que o terror psicológico da gestão de um vírus e dos seus efeitos colaterais ainda consegue aguçar a criatividade e o sentido de humor.

Na verdade, estes dias que passamos confinados a isolamento, quarentena, encerro, prisão domiciliária ou qualquer outra expressão que pretenda significar que a vida que tínhamos até aqui, com todos os hábitos e rotinas que a caraterizavam, ficou em pausa, não são fáceis para ninguém.

“Fique em casa” é uma ordem e uma espécie de senha que, se noutra altura, podia soar a um conselho agradável, agora semeia o terror nas nossas cabeças. Porque o estar em casa de modo permanente e involuntário é difícil para todos, seja qual for a sua situação pessoal ou familiar.

A começar, desde logo, por aqueles que não têm casa o que levou municípios como Lisboa a adaptarem os seus planos de contingência à realidade dos sem-abrigo. Mas é difícil também para os que vivem sozinhos e que se vêm obrigados a um isolamento agora mais permanente, mas pouco diferente daquele a que muitas vezes a sociedade egoísta em que vivemos já os votava.

Dificuldade acrescida e estado de alerta para quem (con)vive com agressores e agora neste momento de tensão confinado 24h sobre 24h, com o seu carrasco se encontra ainda mais à mercê da sua (má sorte). O receio de que o número de casos de violência doméstica aumente de uma forma exponencial é, assim, grande, uma vez que todo este stresse psicológico que se sente nesta altura é um rastilho para as agressões no seio familiar.

Mas estes tempos são difíceis também para quem vive no seio de uma família (aparentemente) “normal”. Dizem as estatísticas que é em Setembro, depois de um período de férias e de convivência mais intensa, que se verifica o maior número de divórcios. Na agitação do dia-a-dia os casais mal se cruzam e portam-se quase como desconhecidos, mas, quando confrontados com a presença permanente do outro, descobrem que afinal aquele outro não lhe faz sentido. Neste momento, estão enjaulados, o que ainda agrava mais a situação.

Também para os que já se encontram divorciados e que têm filhos em comum esta situação não é fácil. Não obstante o decreto do Governo, que regulamenta o estado de emergência, prever a circulação de pais que estejam em regime de guarda partilhada, por uma questão de saúde pública, a Associação Portuguesa para a Igualdade Parental recomenda que as crianças transitem entre residências o menor número de vezes possível, o que será, naturalmente, quer causa de sobrecarga para um dos progenitores, quer gerador de conflitos, se não imperar o bom senso.

E, por último, difícil para todos os que encerrados sozinhos ou com a sua família nuclear sofrem pela distância dos respetivos progenitores ou outros familiares mais velhos, grupo de altíssimo risco nesta doença, tendo inclusive muitos deles colocado os descendentes com os nervos em franja com a resistência que ofereciam em ficarem a casa, quando à solta anda um vírus que ameaça a sua saúde.

Estamos, pois, perante uma alteração brutal nas nossas vidas que se torna tanto mais assustadora quanto maior é a incerteza de quando é que isto tudo irá passar. Confinados a quatro paredes, tentemos ultrapassar com distinção este verdadeiro teste à nossa paciência e à nossa resistência emocional.

 

 

 

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