A oportunidade da sobra - antónio gomes
Apesar da limitação de vacinas nesta fase, o país tem vindo a ser confrontado com variados episódios de vacinação fora do que está priorizado. Há sempre alguém que se julga acima das normas ou que faz as suas próprias normas e ultrapassa assim os que estão na fila, ou então por via de terceiros chegam primeiro à seringa.
As “sobras” têm sido apresentadas como o principal argumento utilizado por quem tem usufruído da vacina indevidamente. Ou seja, sobrou uma dose e teve de ser aplicada a quem estava lá, na hora exata e no sítio certo.
Porque é que na altura de abrir um frasco (com várias doses) não se verifica logo se estão ali, em número suficiente, as pessoas indicadas? Caso falte alguma pessoa, é preciso tomar a iniciativa e chamar a próxima, respeitando os grupos prioritários, de forma a garantir que ninguém passa à frente e muito menos quem não pertence a nenhum grupo prioritário.
Sabendo-se que as vacinas depois de preparadas para administrar têm um período de seis horas para serem usadas, é facilmente percetível que só é descartada alguma se alguém dolosamente assim proceder. Ou seja, nenhuma vacina vai para o lixo a não ser que alguém o faça deliberadamente.
Mas há uma situação particular que me merece atenção: trata-se dos responsáveis políticos que ocupam lugares por via das eleições. Nestes casos, é claro que as normas devem ser respeitadas, mas acima de tudo é a ética que define o carácter de cada um ou cada uma.
O que tem acontecido é que a oportunidade da sobra tem sido sempre a oportunidade perdida para honrar o cargo que se ocupa. Foi este o caso do vereador Carlos Ramos, da Câmara Municipal de Torres Novas.
A oportunidade da sobra - antónio gomes
Apesar da limitação de vacinas nesta fase, o país tem vindo a ser confrontado com variados episódios de vacinação fora do que está priorizado. Há sempre alguém que se julga acima das normas ou que faz as suas próprias normas e ultrapassa assim os que estão na fila, ou então por via de terceiros chegam primeiro à seringa.
As “sobras” têm sido apresentadas como o principal argumento utilizado por quem tem usufruído da vacina indevidamente. Ou seja, sobrou uma dose e teve de ser aplicada a quem estava lá, na hora exata e no sítio certo.
Porque é que na altura de abrir um frasco (com várias doses) não se verifica logo se estão ali, em número suficiente, as pessoas indicadas? Caso falte alguma pessoa, é preciso tomar a iniciativa e chamar a próxima, respeitando os grupos prioritários, de forma a garantir que ninguém passa à frente e muito menos quem não pertence a nenhum grupo prioritário.
Sabendo-se que as vacinas depois de preparadas para administrar têm um período de seis horas para serem usadas, é facilmente percetível que só é descartada alguma se alguém dolosamente assim proceder. Ou seja, nenhuma vacina vai para o lixo a não ser que alguém o faça deliberadamente.
Mas há uma situação particular que me merece atenção: trata-se dos responsáveis políticos que ocupam lugares por via das eleições. Nestes casos, é claro que as normas devem ser respeitadas, mas acima de tudo é a ética que define o carácter de cada um ou cada uma.
O que tem acontecido é que a oportunidade da sobra tem sido sempre a oportunidade perdida para honrar o cargo que se ocupa. Foi este o caso do vereador Carlos Ramos, da Câmara Municipal de Torres Novas.
![]()
Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
» 2025-06-06
» Jorge Carreira Maia
Encontros |
» 2025-07-03
» Jorge Carreira Maia
Direita e Esquerda, uma questão de sabores morais |