AINDA HÁ CALENDÁRIOS ? - josé mota pereira
Nos últimos dias do ano veio a revelação da descoberta de mais um trilho de pegadas de dinossauros na Serra de Aire. Neste canto do mundo, outras vidas que aqui andaram, foram deixando involuntariamente o seu rasto e na viagem dos tempos chegaram-se a nós e o passado encontra-se com o presente. Também é assim com as tribos de homens que vagueavam pelo gélido vale do Almonda e na gruta junto ao rio se refugiavam dos longos invernos.
O fim do ano vem e é tempo de corrermos para a festa da chegada do novo ano.
Desejamos boas festas, enviamos mensagens, partilhamos fotos no facebook, uma azáfama. Fazemos balanços e prometemos que no ano novo é que vai ser. O futuro, sim o futuro sempre a perseguirmo-nos, ou nós perseguirmos o futuro, uma delas será... e o tempo vai passando, os anos escoam-se e quando damos por isso temos uma vida vivida em grande velocidade.
Enquanto as folhas dos calendários voam (a propósito ainda há calendários?) vamos julgando as coisas que fazemos como importantes, aliás, muito importantes, demasiado importantes e nem damos conta do valor das outras coisas que julgamos não ter importância.
Tudo passa, tudo vai, tudo é efémero, como o micro segundo em que a rolha de espumante salta à meia-noite de um ano para o outro.
Dizia um ilustre professor catedrático na minha universidade que os cemitérios estão cheios de imprescindíveis. Quantos grandes homens que entregaram as suas vidas a grandiosas causas e feitos tremendos repousam anonimamente para a eternidade?
Os cristãos afirmam que da terra viemos e em pó nos transformaremos. É uma lição sábia para valorizamos nas nossas vidas as coisas realmente importantes.
Independentemente de tudo, a grande roda do universo gira sempre na mesma velocidade, na sua trajectória em torno do sol. Uma volta por ano. Desejo sinceramente que na próxima volta ao Sol nos encontremos todos de novo, para saudarmos um novo ano.
Por agora, para este 2025 que vem chegando, desejo-vos apenas paz para as nossas vidas.
Tentemos fazer do Ano Novo um ano pela Paz. E respeitemos todos outros companheiros desta viagem comum: os humanos, os bichos, a terra, a água e o ar. Parece pouco. Mas não esqueçamos que são estas coisas aparentemente pequenas que afinal perduram nos milénios.
Como as pegadas que um dinossauro deixou marcadas na lama, ao passear um dia pela Serra de Aire.
AINDA HÁ CALENDÁRIOS ? - josé mota pereira
Nos últimos dias do ano veio a revelação da descoberta de mais um trilho de pegadas de dinossauros na Serra de Aire. Neste canto do mundo, outras vidas que aqui andaram, foram deixando involuntariamente o seu rasto e na viagem dos tempos chegaram-se a nós e o passado encontra-se com o presente. Também é assim com as tribos de homens que vagueavam pelo gélido vale do Almonda e na gruta junto ao rio se refugiavam dos longos invernos.
O fim do ano vem e é tempo de corrermos para a festa da chegada do novo ano.
Desejamos boas festas, enviamos mensagens, partilhamos fotos no facebook, uma azáfama. Fazemos balanços e prometemos que no ano novo é que vai ser. O futuro, sim o futuro sempre a perseguirmo-nos, ou nós perseguirmos o futuro, uma delas será... e o tempo vai passando, os anos escoam-se e quando damos por isso temos uma vida vivida em grande velocidade.
Enquanto as folhas dos calendários voam (a propósito ainda há calendários?) vamos julgando as coisas que fazemos como importantes, aliás, muito importantes, demasiado importantes e nem damos conta do valor das outras coisas que julgamos não ter importância.
Tudo passa, tudo vai, tudo é efémero, como o micro segundo em que a rolha de espumante salta à meia-noite de um ano para o outro.
Dizia um ilustre professor catedrático na minha universidade que os cemitérios estão cheios de imprescindíveis. Quantos grandes homens que entregaram as suas vidas a grandiosas causas e feitos tremendos repousam anonimamente para a eternidade?
Os cristãos afirmam que da terra viemos e em pó nos transformaremos. É uma lição sábia para valorizamos nas nossas vidas as coisas realmente importantes.
Independentemente de tudo, a grande roda do universo gira sempre na mesma velocidade, na sua trajectória em torno do sol. Uma volta por ano. Desejo sinceramente que na próxima volta ao Sol nos encontremos todos de novo, para saudarmos um novo ano.
Por agora, para este 2025 que vem chegando, desejo-vos apenas paz para as nossas vidas.
Tentemos fazer do Ano Novo um ano pela Paz. E respeitemos todos outros companheiros desta viagem comum: os humanos, os bichos, a terra, a água e o ar. Parece pouco. Mas não esqueçamos que são estas coisas aparentemente pequenas que afinal perduram nos milénios.
Como as pegadas que um dinossauro deixou marcadas na lama, ao passear um dia pela Serra de Aire.
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |
![]() Gisèle Pelicot vive e cresceu em França. Tem 71 anos. Casou-se aos 20 anos de idade com Dominique Pelicot, de 72 anos, hoje reformado. Teve dois filhos. Gisèle não sabia que a pessoa que escolheu para estar ao seu lado ao longo da vida a repudiava ao ponto de não suportar a ideia de não lhe fazer mal, tudo isto em segredo e com a ajuda de outros homens, que, como ele, viviam vidas aparentemente, parcialmente e eticamente comuns. |
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![]() Deveria seguir-se a demolição do prédio que foi construído em cima do rio há mais de cinquenta anos e a libertação de terrenos junto da fábrica velha Estamos em tempo de cheias no nosso Rio Almonda. |
![]() Enquanto penso em como arrancar com este texto, só consigo imaginar o fartote que Joana Marques, humorista, faria com esta notícia. Tivesse eu jeito para piadas e poderia alvitrar já aqui duas ou três larachas, envolvendo papel higiénico e lavagem de honra, que a responsável pelo podcast Extremamente Desagradável faria com este assunto. |
![]() Chegou o ano do eleitorado concelhio, no sistema constitucional democrático em que vivemos, dizer da sua opinião sobre a política autárquica a que a gestão do município o sujeitou. O Partido Socialista governa desde as eleições de 12 de Dezembro de 1993, com duas figuras que se mantiveram na presidência, António Manuel de Oliveira Rodrigues (1994-2013), Pedro Paulo Ramos Ferreira (2013-2025), com o reforço deste último ter sido vice-presidente do primeiro nos seus três mandatos. |
![]() Coloquemos a questão: O que se está a passar no mundo? Factualmente, temos, para além da tragédia do Médio Oriente, a invasão russa da Ucrânia, o sólido crescimento internacional do poder chinês, o fenómeno Donald Trump e a periclitante saúde das democracias europeias. |