FOTO (QUASE COMO O CINEMA) PARAÍSO - josé mota pereira
"A vida entretanto deu muitas voltas. Até que pela lei natural da vida, o senhor Fernando e a Dona Noémia decidiram em 2020 encerrar esta História"
A notícia surgiu pelo facebook.
Cumprindo o ciclo da vida, noticiou-se o encerramento da Fotocor. Quem é de Torres Novas, sabe do que falo. Em Torres Novas, toda a gente conhece a Fotocor. Porque a Fotocor foi mais que um estabelecimento comercial.
Criada em 1975, no pós-revolução, quando os operários e os trabalhadores viram a sua vida melhorar, a corrida à compra de maquinas fotográficas deu o impulso ao crescimento da loja que a simpatia da Dona Noémia e do senhor Fernando acrescentaram. O advento da fotografia a cor, as fotos tipo passe e ao mesmo tempo o serviço de reportagem associado aos grandes momentos de convívio familiar dos torrejanos, sobretudo casamentos e batizados, fizeram a Fotocor popular e um estabelecimento de referência.
Casamentos e Batizados? E o resto? Os festivais da canção para os bombeiros e para o CRIT, os eventos desportivos, as “canarinhas”, os saraus de ginástica e a patinagem, as corridas de atletismo, o futebol, o estádio, tantos eventos desportivos, os concertos das escolas de música do Coral e das bandas, as manifestações, as festas de Abril e Maio, os bailes, todas as realizações das colectividades, as festas, as festas da cidade e do Almonda, os carnavais, os desfiles das escolas, as exposições, toda uma vida, a vida da nossa terra, a nossa vida colectiva nas “provas” expostas ao longo de mais quarenta anos naquela montra da rua 1.º Dezembro.
“Olha estás na 38”
“A tua prima está na 96”
“Acho que ali ao fundo na 22 é a minha cabeça”
Com o advento do vídeo, nos anos 1980, a criação pioneira do videoclube confirmou o espírito comercial da gerência e reforçou os laços com os torrejanos. Perante a novidade de se poder ver cinema em casa, era obrigatório ir à extensa oferta dos vhs da Fotocor na loja nova da Ponte do Raro. E em consequência, as grandes novidades ao nível do som, do home-video, do dvd e outras tecnologias associadas ao mundo multimedia que floresceu pelos anos 1990.
A vida entretanto deu muitas voltas. Até que pela lei natural da vida, o senhor Fernando e a Dona Noémia decidiram em 2020 encerrar esta História. Uma História que não será esquecida
A História das terras não se faz apenas dos acontecimentos que os livros registam. Também se faz dos espaços em que a comunidade se encontrou nos seus afectos.
É por isso que os torrejanos, que passaram por esta terra neste período de tempo, nunca esquecerão o mítico slogan na Rádio Local (nascida curiosamente no sótão da casa do Sr. Fernando e da D. Noémia):
“Se és feio, sisudo e sem cor
E ficas bem no retrato
Já sei, foste à Fotocor,
É melhor e mais barato"
Um abraço a toda a família Fotocor.
FOTO (QUASE COMO O CINEMA) PARAÍSO - josé mota pereira
A vida entretanto deu muitas voltas. Até que pela lei natural da vida, o senhor Fernando e a Dona Noémia decidiram em 2020 encerrar esta História
A notícia surgiu pelo facebook.
Cumprindo o ciclo da vida, noticiou-se o encerramento da Fotocor. Quem é de Torres Novas, sabe do que falo. Em Torres Novas, toda a gente conhece a Fotocor. Porque a Fotocor foi mais que um estabelecimento comercial.
Criada em 1975, no pós-revolução, quando os operários e os trabalhadores viram a sua vida melhorar, a corrida à compra de maquinas fotográficas deu o impulso ao crescimento da loja que a simpatia da Dona Noémia e do senhor Fernando acrescentaram. O advento da fotografia a cor, as fotos tipo passe e ao mesmo tempo o serviço de reportagem associado aos grandes momentos de convívio familiar dos torrejanos, sobretudo casamentos e batizados, fizeram a Fotocor popular e um estabelecimento de referência.
Casamentos e Batizados? E o resto? Os festivais da canção para os bombeiros e para o CRIT, os eventos desportivos, as “canarinhas”, os saraus de ginástica e a patinagem, as corridas de atletismo, o futebol, o estádio, tantos eventos desportivos, os concertos das escolas de música do Coral e das bandas, as manifestações, as festas de Abril e Maio, os bailes, todas as realizações das colectividades, as festas, as festas da cidade e do Almonda, os carnavais, os desfiles das escolas, as exposições, toda uma vida, a vida da nossa terra, a nossa vida colectiva nas “provas” expostas ao longo de mais quarenta anos naquela montra da rua 1.º Dezembro.
“Olha estás na 38”
“A tua prima está na 96”
“Acho que ali ao fundo na 22 é a minha cabeça”
Com o advento do vídeo, nos anos 1980, a criação pioneira do videoclube confirmou o espírito comercial da gerência e reforçou os laços com os torrejanos. Perante a novidade de se poder ver cinema em casa, era obrigatório ir à extensa oferta dos vhs da Fotocor na loja nova da Ponte do Raro. E em consequência, as grandes novidades ao nível do som, do home-video, do dvd e outras tecnologias associadas ao mundo multimedia que floresceu pelos anos 1990.
A vida entretanto deu muitas voltas. Até que pela lei natural da vida, o senhor Fernando e a Dona Noémia decidiram em 2020 encerrar esta História. Uma História que não será esquecida
A História das terras não se faz apenas dos acontecimentos que os livros registam. Também se faz dos espaços em que a comunidade se encontrou nos seus afectos.
É por isso que os torrejanos, que passaram por esta terra neste período de tempo, nunca esquecerão o mítico slogan na Rádio Local (nascida curiosamente no sótão da casa do Sr. Fernando e da D. Noémia):
“Se és feio, sisudo e sem cor
E ficas bem no retrato
Já sei, foste à Fotocor,
É melhor e mais barato"
Um abraço a toda a família Fotocor.
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![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
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