O que nos diz o “Carreiro das Cobras” - antónio gomes
"A solução preconizada pelo Bloco vai contra a corrente: é pela preservação do espaço"
Em boa hora, o Bloco de Esquerda colocou o “Carreiro das Cobras” na agenda política local. O debate tem sido interessante e várias opções foram sendo conhecidas. É um bom exemplo para percebermos o que é que cada partido político ou visão política pretendem para Torres Novas, que futuro nos está reservado se o timoneiro for o partido A, B ou C.
A solução que está prevista para aquela zona passa pela sua transformação radical - uma rua larga com o respetivo alcatrão, uma rede divisória da rua para os terrenos adjacentes, portanto muita presença de carros com as consequências conhecidas, ruído, poluição visual e poluição do ar, insegurança para peões e ciclistas. Acresce a isto que as árvores centenárias, carvalhos e sobreiros ali existentes, correm sérios riscos de serem abatidas (espero que nunca). Ou seja, o que o PS e o PSD querem para aquele local é mais do mesmo, alcatrão e betão armado.
A solução preconizada pelo Bloco vai contra a corrente: é pela preservação do espaço, mantendo no essencial o existente - o caminho, as árvores e a envolvente, um caminho rural dentro da cidade para a valorizar.
Estas são diferentes visões para o “Carreiro das Cobras”, mas são extensivas a todo o concelho, são elucidativas do que é que os torrejanos e torrejanas podem esperar, dos diferentes partidos e até a sua estratégia para os próximos quinze ou vinte anos.
Veja-se o abandono de décadas do rio Almonda, sujo, poluído, escondido… veja-se o abandono de décadas do centro histórico da cidade, veja-se a ausência total de incentivos aos meios de transporte não poluentes, das ciclovias inexistentes aos obstáculos e armadilhas para as deslocações pedonais, veja-se, ainda, a aposta total na construção nova, cujo resultado são loteamentos a mais e loteamentos abandonados. Alguns dirigentes políticos locais ainda não perceberam (ou não querem perceber) que a população diminuiu e é cada vez mais velha. Estes dois factos só por si deveriam ser suficientes para repensar toda a estratégia seguida até agora. Mas como não se pensa a médio e longo prazo, também não se planeia e o que conta é o imediato, como se o que importasse mesmo fosse a competição a olhar para o umbigo para ganhar o prémio “o meu mandato é melhor do que o teu”. Por isso, destruir os “carreiros das cobras” é que está a dar. Veremos o que nos vai dizer a revisão do PDM.
O desenvolvimento das terras, das cidades já não se mede pela quantidade de alcatrão espalhado (melhor fora que o dito fosse aplicado numa rede viária em condições e em segurança para todo o concelho), mede-se pela importância que se dá à qualidade de vida, às árvores, à água, aos rios, à serra, aos veículos não poluidores, à reconstrução das habitações, ao ambiente, ao planeta, pois só existe este.
O futuro tem seguramente vários caminhos para lá chegar, mas escolhas fazem-se agora.
O que nos diz o “Carreiro das Cobras” - antónio gomes
A solução preconizada pelo Bloco vai contra a corrente: é pela preservação do espaço
Em boa hora, o Bloco de Esquerda colocou o “Carreiro das Cobras” na agenda política local. O debate tem sido interessante e várias opções foram sendo conhecidas. É um bom exemplo para percebermos o que é que cada partido político ou visão política pretendem para Torres Novas, que futuro nos está reservado se o timoneiro for o partido A, B ou C.
A solução que está prevista para aquela zona passa pela sua transformação radical - uma rua larga com o respetivo alcatrão, uma rede divisória da rua para os terrenos adjacentes, portanto muita presença de carros com as consequências conhecidas, ruído, poluição visual e poluição do ar, insegurança para peões e ciclistas. Acresce a isto que as árvores centenárias, carvalhos e sobreiros ali existentes, correm sérios riscos de serem abatidas (espero que nunca). Ou seja, o que o PS e o PSD querem para aquele local é mais do mesmo, alcatrão e betão armado.
A solução preconizada pelo Bloco vai contra a corrente: é pela preservação do espaço, mantendo no essencial o existente - o caminho, as árvores e a envolvente, um caminho rural dentro da cidade para a valorizar.
Estas são diferentes visões para o “Carreiro das Cobras”, mas são extensivas a todo o concelho, são elucidativas do que é que os torrejanos e torrejanas podem esperar, dos diferentes partidos e até a sua estratégia para os próximos quinze ou vinte anos.
Veja-se o abandono de décadas do rio Almonda, sujo, poluído, escondido… veja-se o abandono de décadas do centro histórico da cidade, veja-se a ausência total de incentivos aos meios de transporte não poluentes, das ciclovias inexistentes aos obstáculos e armadilhas para as deslocações pedonais, veja-se, ainda, a aposta total na construção nova, cujo resultado são loteamentos a mais e loteamentos abandonados. Alguns dirigentes políticos locais ainda não perceberam (ou não querem perceber) que a população diminuiu e é cada vez mais velha. Estes dois factos só por si deveriam ser suficientes para repensar toda a estratégia seguida até agora. Mas como não se pensa a médio e longo prazo, também não se planeia e o que conta é o imediato, como se o que importasse mesmo fosse a competição a olhar para o umbigo para ganhar o prémio “o meu mandato é melhor do que o teu”. Por isso, destruir os “carreiros das cobras” é que está a dar. Veremos o que nos vai dizer a revisão do PDM.
O desenvolvimento das terras, das cidades já não se mede pela quantidade de alcatrão espalhado (melhor fora que o dito fosse aplicado numa rede viária em condições e em segurança para todo o concelho), mede-se pela importância que se dá à qualidade de vida, às árvores, à água, aos rios, à serra, aos veículos não poluidores, à reconstrução das habitações, ao ambiente, ao planeta, pois só existe este.
O futuro tem seguramente vários caminhos para lá chegar, mas escolhas fazem-se agora.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |