Era para ontem… - antónio gomes
Opinião » 2022-11-24 » António Gomes" “Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões."
Mais uma cimeira do clima, agora no Egipto, a COP 27, organizada pela ONU.
Tenho dificuldade em perceber como é feita a escolha de determinados locais para a realização de iniciativas que requerem logo à partida um conjunto de condições para que se possa atingir o êxito. Desde logo a democracia, condição essencial para tudo o resto. Ora se uma parte dos participantes não se pode manifestar na rua, que é o único espaço que têm para se poderem fazer ouvir, como é que uma iniciativa destas pode alcançar as metas que se propôs?
Outra realidade é a presença massiva de representantes dos interesses do petróleo. Toda a gente sabe que a luta que se trava é mesmo contra as energias fósseis, é aqui que se encontra o epicentro deste combate. As alterações climáticas são em grande medida fruto de dezenas e dezenas de anos do uso do petróleo e seus derivados e que por isso urge mudar radicalmente as fontes de energia.
Os donos do petróleo, países e empresas, ou são negacionistas ou simplesmente não estão disponíveis para abdicar das suas fontes de fortuna, mesmo que isso leve ao colapso do planeta. As negociações, acordos, protocolos feitos nas COP anteriores deram uma mão cheia de nada. O aquecimento global agravou-se, como é público e notório. Mas a ONU continua a teimar no mesmo caminho, mesmo que o seu secretário-geral não se canse de apelar, mesmo em desespero aos “donos disto tudo”. Eles não querem ouvir, eles querem empatar como se tem visto em todas as COP.
Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens, os estudantes, a cidadania, que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões e conferências, sejam elas de porta aberta ou de porta fechada.
Foi assim em Torres Novas, na luta contra a poluição da Fabrióleo, foi a luta dos activistas e do povo na rua que encerrou aquela fonte de poluição.
E é assim que vai ser para que os TUT passem a gratuitos e dessa forma se possa começar a retirar carros da rua, ou para que as rotundas deixem de ser preenchidas com relva que tanta água consomem, ou para que a autarquia plante árvores em quantidade necessária, ou para limpar e despoluir o rio Almonda.
Era para ontem, mas nem para amanhã os conferencistas da COP 27 conseguem um acordo que proteja o planeta.
Era para ontem… - antónio gomes
Opinião » 2022-11-24 » António Gomes“Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões.
Mais uma cimeira do clima, agora no Egipto, a COP 27, organizada pela ONU.
Tenho dificuldade em perceber como é feita a escolha de determinados locais para a realização de iniciativas que requerem logo à partida um conjunto de condições para que se possa atingir o êxito. Desde logo a democracia, condição essencial para tudo o resto. Ora se uma parte dos participantes não se pode manifestar na rua, que é o único espaço que têm para se poderem fazer ouvir, como é que uma iniciativa destas pode alcançar as metas que se propôs?
Outra realidade é a presença massiva de representantes dos interesses do petróleo. Toda a gente sabe que a luta que se trava é mesmo contra as energias fósseis, é aqui que se encontra o epicentro deste combate. As alterações climáticas são em grande medida fruto de dezenas e dezenas de anos do uso do petróleo e seus derivados e que por isso urge mudar radicalmente as fontes de energia.
Os donos do petróleo, países e empresas, ou são negacionistas ou simplesmente não estão disponíveis para abdicar das suas fontes de fortuna, mesmo que isso leve ao colapso do planeta. As negociações, acordos, protocolos feitos nas COP anteriores deram uma mão cheia de nada. O aquecimento global agravou-se, como é público e notório. Mas a ONU continua a teimar no mesmo caminho, mesmo que o seu secretário-geral não se canse de apelar, mesmo em desespero aos “donos disto tudo”. Eles não querem ouvir, eles querem empatar como se tem visto em todas as COP.
Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens, os estudantes, a cidadania, que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões e conferências, sejam elas de porta aberta ou de porta fechada.
Foi assim em Torres Novas, na luta contra a poluição da Fabrióleo, foi a luta dos activistas e do povo na rua que encerrou aquela fonte de poluição.
E é assim que vai ser para que os TUT passem a gratuitos e dessa forma se possa começar a retirar carros da rua, ou para que as rotundas deixem de ser preenchidas com relva que tanta água consomem, ou para que a autarquia plante árvores em quantidade necessária, ou para limpar e despoluir o rio Almonda.
Era para ontem, mas nem para amanhã os conferencistas da COP 27 conseguem um acordo que proteja o planeta.
Insana Casa… » 2024-05-06 » Hélder Dias |
25 de Abril e 25 de Novembro - jorge carreira maia » 2024-05-05 » Jorge Carreira Maia Por que razão a França só comemora o 14 de Julho, o início da Revolução Francesa, e não o 27 ou 28 de Julho? O que aconteceu a 27 ou 28 de Julho de tão importante? A 27 de Julho de 1794, Maximilien Robespierre foi preso e a 28, sem julgamento, foi executado. |
O miúdo vai à frente » 2024-04-25 » Hélder Dias |
Família tradicional e luta do bem contra o mal - jorge carreira maia » 2024-04-24 » Jorge Carreira Maia A publicação do livro Identidade e Família – Entre a Consistência da Tradição e os Desafios da Modernidade, apresentado por Passos Coelho, gerou uma inusitada efervescência, o que foi uma vitória para os organizadores desta obra colectiva. |
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
» 2024-04-25
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» 2024-04-10
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