Era para ontem… - antónio gomes
" “Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões."
Mais uma cimeira do clima, agora no Egipto, a COP 27, organizada pela ONU.
Tenho dificuldade em perceber como é feita a escolha de determinados locais para a realização de iniciativas que requerem logo à partida um conjunto de condições para que se possa atingir o êxito. Desde logo a democracia, condição essencial para tudo o resto. Ora se uma parte dos participantes não se pode manifestar na rua, que é o único espaço que têm para se poderem fazer ouvir, como é que uma iniciativa destas pode alcançar as metas que se propôs?
Outra realidade é a presença massiva de representantes dos interesses do petróleo. Toda a gente sabe que a luta que se trava é mesmo contra as energias fósseis, é aqui que se encontra o epicentro deste combate. As alterações climáticas são em grande medida fruto de dezenas e dezenas de anos do uso do petróleo e seus derivados e que por isso urge mudar radicalmente as fontes de energia.
Os donos do petróleo, países e empresas, ou são negacionistas ou simplesmente não estão disponíveis para abdicar das suas fontes de fortuna, mesmo que isso leve ao colapso do planeta. As negociações, acordos, protocolos feitos nas COP anteriores deram uma mão cheia de nada. O aquecimento global agravou-se, como é público e notório. Mas a ONU continua a teimar no mesmo caminho, mesmo que o seu secretário-geral não se canse de apelar, mesmo em desespero aos “donos disto tudo”. Eles não querem ouvir, eles querem empatar como se tem visto em todas as COP.
Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens, os estudantes, a cidadania, que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões e conferências, sejam elas de porta aberta ou de porta fechada.
Foi assim em Torres Novas, na luta contra a poluição da Fabrióleo, foi a luta dos activistas e do povo na rua que encerrou aquela fonte de poluição.
E é assim que vai ser para que os TUT passem a gratuitos e dessa forma se possa começar a retirar carros da rua, ou para que as rotundas deixem de ser preenchidas com relva que tanta água consomem, ou para que a autarquia plante árvores em quantidade necessária, ou para limpar e despoluir o rio Almonda.
Era para ontem, mas nem para amanhã os conferencistas da COP 27 conseguem um acordo que proteja o planeta.
Era para ontem… - antónio gomes
“Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões.
Mais uma cimeira do clima, agora no Egipto, a COP 27, organizada pela ONU.
Tenho dificuldade em perceber como é feita a escolha de determinados locais para a realização de iniciativas que requerem logo à partida um conjunto de condições para que se possa atingir o êxito. Desde logo a democracia, condição essencial para tudo o resto. Ora se uma parte dos participantes não se pode manifestar na rua, que é o único espaço que têm para se poderem fazer ouvir, como é que uma iniciativa destas pode alcançar as metas que se propôs?
Outra realidade é a presença massiva de representantes dos interesses do petróleo. Toda a gente sabe que a luta que se trava é mesmo contra as energias fósseis, é aqui que se encontra o epicentro deste combate. As alterações climáticas são em grande medida fruto de dezenas e dezenas de anos do uso do petróleo e seus derivados e que por isso urge mudar radicalmente as fontes de energia.
Os donos do petróleo, países e empresas, ou são negacionistas ou simplesmente não estão disponíveis para abdicar das suas fontes de fortuna, mesmo que isso leve ao colapso do planeta. As negociações, acordos, protocolos feitos nas COP anteriores deram uma mão cheia de nada. O aquecimento global agravou-se, como é público e notório. Mas a ONU continua a teimar no mesmo caminho, mesmo que o seu secretário-geral não se canse de apelar, mesmo em desespero aos “donos disto tudo”. Eles não querem ouvir, eles querem empatar como se tem visto em todas as COP.
Têm feito mais pela defesa do planeta os jovens, os estudantes, a cidadania, que se manifestam nas escolas e nas ruas em Lisboa, mas também em todo o mundo, do que tantas reuniões e conferências, sejam elas de porta aberta ou de porta fechada.
Foi assim em Torres Novas, na luta contra a poluição da Fabrióleo, foi a luta dos activistas e do povo na rua que encerrou aquela fonte de poluição.
E é assim que vai ser para que os TUT passem a gratuitos e dessa forma se possa começar a retirar carros da rua, ou para que as rotundas deixem de ser preenchidas com relva que tanta água consomem, ou para que a autarquia plante árvores em quantidade necessária, ou para limpar e despoluir o rio Almonda.
Era para ontem, mas nem para amanhã os conferencistas da COP 27 conseguem um acordo que proteja o planeta.
![]() Gisèle Pelicot vive e cresceu em França. Tem 71 anos. Casou-se aos 20 anos de idade com Dominique Pelicot, de 72 anos, hoje reformado. Teve dois filhos. Gisèle não sabia que a pessoa que escolheu para estar ao seu lado ao longo da vida a repudiava ao ponto de não suportar a ideia de não lhe fazer mal, tudo isto em segredo e com a ajuda de outros homens, que, como ele, viviam vidas aparentemente, parcialmente e eticamente comuns. |
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![]() Deveria seguir-se a demolição do prédio que foi construído em cima do rio há mais de cinquenta anos e a libertação de terrenos junto da fábrica velha Estamos em tempo de cheias no nosso Rio Almonda. |
![]() Enquanto penso em como arrancar com este texto, só consigo imaginar o fartote que Joana Marques, humorista, faria com esta notícia. Tivesse eu jeito para piadas e poderia alvitrar já aqui duas ou três larachas, envolvendo papel higiénico e lavagem de honra, que a responsável pelo podcast Extremamente Desagradável faria com este assunto. |
![]() Chegou o ano do eleitorado concelhio, no sistema constitucional democrático em que vivemos, dizer da sua opinião sobre a política autárquica a que a gestão do município o sujeitou. O Partido Socialista governa desde as eleições de 12 de Dezembro de 1993, com duas figuras que se mantiveram na presidência, António Manuel de Oliveira Rodrigues (1994-2013), Pedro Paulo Ramos Ferreira (2013-2025), com o reforço deste último ter sido vice-presidente do primeiro nos seus três mandatos. |
![]() Coloquemos a questão: O que se está a passar no mundo? Factualmente, temos, para além da tragédia do Médio Oriente, a invasão russa da Ucrânia, o sólido crescimento internacional do poder chinês, o fenómeno Donald Trump e a periclitante saúde das democracias europeias. |
![]() Nos últimos dias do ano veio a revelação da descoberta de mais um trilho de pegadas de dinossauros na Serra de Aire. Neste canto do mundo, outras vidas que aqui andaram, foram deixando involuntariamente o seu rasto e na viagem dos tempos chegaram-se a nós e o passado encontra-se com o presente. |
![]() É um banco, talvez, feliz! Era uma vez um banco. Não. É um banco e um banco, talvez, feliz! E não. Não é um banco dos que nos desassossegam pelo que nos custam e cobram, mas dos que nos permitem sossegar, descansar. |
![]() O milagre – a eventual vitória de Kamala Harris nas eleições norte-americanas – esteve longe, muito longe, de acontecer. Os americanos escolheram em consciência e disseram claramente o que queriam. Não votaram enganados ou iludidos; escolheram o pior porque queriam o pior. |
» 2025-03-13
Gisèle Pelicot é uma mulher comum - joão ribeiro e raquel batista |
» 2025-03-12
» Hélder Dias
Fantoche... |
» 2025-03-12
» Hélder Dias
Ferreira... renovado |