Estupefactos, estupefactos e estupefactos - antónio gomes
Estupefacto 1
As chaminés do “Alves das Lãs” vieram abaixo no passado dia 19. As fotos e os vídeos correram as redes sociais, a população indignou-se, os responsáveis políticos indignaram-se, o presidente da câmara quase rasgou as vestes e com razão.
Mexeram com a memória colectiva deste povo, uma parte do património da época industrial foi destruído. De forma pensada e planeada, o crime contra aquele património aconteceu, basta ver os vídeos do acto.
Já tinha desaparecido a chaminé da Fiação e Tecidos e encontra-se em risco de desaparecimento a chaminé lateral aos “Lourenços”, se ninguém lhe acudir.
O dono da obra, proprietário do Intermarché, ignorou a Câmara Municipal, instituição responsável pelo licenciamento e pela fiscalização, única autoridade com poderes para alterar fosse o que fosse no projecto aprovado para aquele espaço, que incluía a manutenção das chaminés, como é óbvio.
Estupefacto 2
A indignação da Câmara Municipal materializou-se com a ameaça de embargo à obra, na quarta-feira dia 23, os papéis estavam prontos a assinar, o vereador do urbanismo afirmou que tratou de tudo e enviou para o presidente, o presidente passou uma boa parte da tarde a afirmar que o embargo ia acontecer na manhã seguinte porque só faltava assinar e o documento estava em cima da sua mesa. Nesse mesmo dia, à noite, na reunião da Assembleia Municipal, o presidente afirmou que “já estava assinado, a obra está embargada”, disse.
Como foi visível, no dia seguinte e no outro as obras continuaram, parece que havia um lapso, faltava uma assinatura do presidente e agora ele estava nos Açores. Mais tarde, a imprensa informou-nos que finalmente, na sexta-feira à tarde, o embargo tinha sido entregue, uma semana após o crime ter acontecido. Seja como for o homem lá adiantou a obra como pôde, numa semana faz-se muita coisa.
Estupefacto 3
A reposição (não é a mesma coisa), a reconstrução das duas chaminés é o mínimo que se deve exigir, cumpra-se o projecto aceite e aprovado por ambas as partes.
Mas outra preocupação já se levanta: pela boca do responsável político do urbanismo ficámos a saber que estão disponíveis para analisar outra solução para além da reconstrução das duas chaminés, mas que outra solução, pergunto?
Foi permitido construir em parte de leito de cheia, foi reduzida em 50% as taxas urbanísticas (94 mil euros), foi destruído o património construído e salvaguardado em projecto e agora estamos disponíveis para analisar outra solução que não a prevista no projeto aprovado?
E cá vamos alegremente estupefactos.
Estupefactos, estupefactos e estupefactos - antónio gomes
Estupefacto 1
As chaminés do “Alves das Lãs” vieram abaixo no passado dia 19. As fotos e os vídeos correram as redes sociais, a população indignou-se, os responsáveis políticos indignaram-se, o presidente da câmara quase rasgou as vestes e com razão.
Mexeram com a memória colectiva deste povo, uma parte do património da época industrial foi destruído. De forma pensada e planeada, o crime contra aquele património aconteceu, basta ver os vídeos do acto.
Já tinha desaparecido a chaminé da Fiação e Tecidos e encontra-se em risco de desaparecimento a chaminé lateral aos “Lourenços”, se ninguém lhe acudir.
O dono da obra, proprietário do Intermarché, ignorou a Câmara Municipal, instituição responsável pelo licenciamento e pela fiscalização, única autoridade com poderes para alterar fosse o que fosse no projecto aprovado para aquele espaço, que incluía a manutenção das chaminés, como é óbvio.
Estupefacto 2
A indignação da Câmara Municipal materializou-se com a ameaça de embargo à obra, na quarta-feira dia 23, os papéis estavam prontos a assinar, o vereador do urbanismo afirmou que tratou de tudo e enviou para o presidente, o presidente passou uma boa parte da tarde a afirmar que o embargo ia acontecer na manhã seguinte porque só faltava assinar e o documento estava em cima da sua mesa. Nesse mesmo dia, à noite, na reunião da Assembleia Municipal, o presidente afirmou que “já estava assinado, a obra está embargada”, disse.
Como foi visível, no dia seguinte e no outro as obras continuaram, parece que havia um lapso, faltava uma assinatura do presidente e agora ele estava nos Açores. Mais tarde, a imprensa informou-nos que finalmente, na sexta-feira à tarde, o embargo tinha sido entregue, uma semana após o crime ter acontecido. Seja como for o homem lá adiantou a obra como pôde, numa semana faz-se muita coisa.
Estupefacto 3
A reposição (não é a mesma coisa), a reconstrução das duas chaminés é o mínimo que se deve exigir, cumpra-se o projecto aceite e aprovado por ambas as partes.
Mas outra preocupação já se levanta: pela boca do responsável político do urbanismo ficámos a saber que estão disponíveis para analisar outra solução para além da reconstrução das duas chaminés, mas que outra solução, pergunto?
Foi permitido construir em parte de leito de cheia, foi reduzida em 50% as taxas urbanísticas (94 mil euros), foi destruído o património construído e salvaguardado em projecto e agora estamos disponíveis para analisar outra solução que não a prevista no projeto aprovado?
E cá vamos alegremente estupefactos.
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