Aero… coisa, mas muito séria
"Os responsáveis do município poderiam ao menos ter tido a sensatez de parar um pouquinho para reflectir"
A noticia teve origem na informação prestada em reunião de câmara pelo vice-presidente da mesma: aeroporto internacional, 4 Kms de pista, 160 voos/dia, 200 milhões de investimento, etc..
E foi apresentada com pompa e circunstância, uma grande mais valia para Torres Novas e arredores. Já estamos habituados que assim seja, tudo que meta cimento armado e alcatrão é bom, é até proibido questionar, ponto final. Eis o pensamento estratégico de desenvolvimento local que nos apresentam. Só às estradas municipais é que não chega nem o cheiro do alcatrão, mas adiante.
Se fosse possível fingir, por uns momentos, que a coisa era a sério, já estávamos a imaginar a destruição de um dos locais paisagísticos mais belos que o maciço calcário nos oferece, já estávamos a imaginar a destruição de toda a vida comunitária de uma série de lugares e aldeias dos arredores, o desassossego completo de toda uma população que agora vive na paz que a natureza lhe oferece e também estávamos a imaginar o esfumar-se de toda a potencialidade e riqueza que a serra nos oferece e, já agora, poderíamos facilmente vislumbrar 160 aviões a aterrar e levantar voo cheios de ninguém.
Se fosse possível fingir, por uns momentos apenas, que ali existiria um aeroporto, concluiríamos facilmente que o mundo era ao contrário daquilo que agora é.
Os responsáveis políticos que decidiram acolher tal intenção deveriam de imediato ter recusado tal hipótese, no interesse do município de Torres Novas e no interesse público mais geral. Lamento profundamente que isso não tenha acontecido.
Os responsáveis do município poderiam ao menos ter tido a sensatez de parar um pouquinho para reflectir, para perguntarem se face às leis deste País isso era possível, ou do PDM local, ou até para desconfiar. Seria legítimo, porque outras situações idênticas já aconteceram (Boquilobo Golf, Chiva Som ou o maior festival de fitness do mundo, etc.). Quando a oferta é grande o pobre desconfia, diz o ditado popular.
Mas o caso é mais sério ainda do que parece. Não é que têm vindo a serem feitos aterros, descargas de toneladas de pedras e pedregulhos, já em território torrejano, para que aparentemente a actual pista do aeródromo ali existente possa ser acrescentada, à margem da lei? Será que estamos perante uma artimanha para ir construindo e apanhar as entidades perante factos consumados? É que anunciar uma certa concordância, a uma determinada ideia, em ano de revisão do PDM, pode ter consequências agora impensáveis.
Aero… coisa, mas muito séria
Os responsáveis do município poderiam ao menos ter tido a sensatez de parar um pouquinho para reflectir
A noticia teve origem na informação prestada em reunião de câmara pelo vice-presidente da mesma: aeroporto internacional, 4 Kms de pista, 160 voos/dia, 200 milhões de investimento, etc..
E foi apresentada com pompa e circunstância, uma grande mais valia para Torres Novas e arredores. Já estamos habituados que assim seja, tudo que meta cimento armado e alcatrão é bom, é até proibido questionar, ponto final. Eis o pensamento estratégico de desenvolvimento local que nos apresentam. Só às estradas municipais é que não chega nem o cheiro do alcatrão, mas adiante.
Se fosse possível fingir, por uns momentos, que a coisa era a sério, já estávamos a imaginar a destruição de um dos locais paisagísticos mais belos que o maciço calcário nos oferece, já estávamos a imaginar a destruição de toda a vida comunitária de uma série de lugares e aldeias dos arredores, o desassossego completo de toda uma população que agora vive na paz que a natureza lhe oferece e também estávamos a imaginar o esfumar-se de toda a potencialidade e riqueza que a serra nos oferece e, já agora, poderíamos facilmente vislumbrar 160 aviões a aterrar e levantar voo cheios de ninguém.
Se fosse possível fingir, por uns momentos apenas, que ali existiria um aeroporto, concluiríamos facilmente que o mundo era ao contrário daquilo que agora é.
Os responsáveis políticos que decidiram acolher tal intenção deveriam de imediato ter recusado tal hipótese, no interesse do município de Torres Novas e no interesse público mais geral. Lamento profundamente que isso não tenha acontecido.
Os responsáveis do município poderiam ao menos ter tido a sensatez de parar um pouquinho para reflectir, para perguntarem se face às leis deste País isso era possível, ou do PDM local, ou até para desconfiar. Seria legítimo, porque outras situações idênticas já aconteceram (Boquilobo Golf, Chiva Som ou o maior festival de fitness do mundo, etc.). Quando a oferta é grande o pobre desconfia, diz o ditado popular.
Mas o caso é mais sério ainda do que parece. Não é que têm vindo a serem feitos aterros, descargas de toneladas de pedras e pedregulhos, já em território torrejano, para que aparentemente a actual pista do aeródromo ali existente possa ser acrescentada, à margem da lei? Será que estamos perante uma artimanha para ir construindo e apanhar as entidades perante factos consumados? É que anunciar uma certa concordância, a uma determinada ideia, em ano de revisão do PDM, pode ter consequências agora impensáveis.
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![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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