DERROTAR (DE NOVO) HYNKEL - josé mota pereira
Em 1977 o dia de Natal ficou marcado pelo desaparecimento físico de Charles Chaplin, actor e realizador, que no cinema criou o inesquecível Charlot.
A História regista que alguns anos antes, no final de 1973 (fez agora 50 anos) o Cineclube de Torres Novas realizou uma exposição sobre a vida e a obra do cineasta, merecendo realce o postal que o próprio Charles Chaplin enviou para o torrejano José Ribeiro Sineiro. Dessa exposição fica para a história o registo das imagens da RTP que a estação disponibiliza no seu arquivo on line. 1
Hoje, pouco se fala de Charles Chaplin. Estranhamente (ou talvez por isso), porque filmes como “Tempos Modernos”, “Luzes da Ribalta” ou “O Grande Ditador” são hinos intemporais da humanidade e as questões abordadas estão muito longe, de se confinar aos longínquos anos da vida de Charles Chaplin. Infelizmente na segunda década do século XXI os filmes de Charles Chaplin estão “convenientemente” guardados nas prateleiras esquecidas do fundo dos arquivos. Ainda mal.
Para quem conhece a obra de Chaplin, por pouco que seja, é quase impossível que em reflexo com a atualidade não se transporte para a história de “O Grande Ditador”. O filme conta a história de um pobre barbeiro judeu que após ser preso e perseguido, toma o lugar do paranoico ditador Adenoid Hynkel (uma sátira notável a Hitler) para proferir no final do filme, um manifesto pela paz e pela liberdade. O filme “O Grande Ditador” é de 1940, foi filmado em segredo, quando a Europa e o Mundo viviam sob o manto de uma Guerra Mundial promovida pelo Nazismo e pelo Fascismo.
Lembramos “O Grande Ditador” porque a memória viva é uma das estacas da liberdade. Aqueles que a destroem sabem-no. As ameaças de hoje à paz e à liberdade não são manifestamente exageradas. São tantos os sinais dessa nuvem que está a engrossar, que um dia ela há-de mesmo desfazer-se sobre nós numa grande tempestade.
Se fosse possível fazer em 2023/2024 um remake de “O Grande Ditador”, por certo que Adenoid Hynkel não teria um bigode ridículo nem traria farda militar. O moderno Hynkel vestiria fatos de corte elegante e os discursos empolgantes na rádio seriam substituídos por “lives” no youtube, prometendo aos jovens o regresso da ordem como nos bons velhos tempos que nunca existiram. Percebe-se que, como no filme de Chaplin em 1940, seria difícil distinguir a realidade da ficção.
Os tempos sombrios de agora não estão para experiências e aventuras. A todos se exige compromisso. A desumanidade organizada pode, deve e tem que ser derrotada. Nem que seja sorrindo, aquele sorriso único, que Chaplin nos deu na crítica ao capitalismo e no combate ao fascismo e ao nazismo. As forças da desumanidade não suportam, nunca suportaram, sorrisos.
1 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/exposicao-sobre-charles-chaplin/
DERROTAR (DE NOVO) HYNKEL - josé mota pereira
Em 1977 o dia de Natal ficou marcado pelo desaparecimento físico de Charles Chaplin, actor e realizador, que no cinema criou o inesquecível Charlot.
A História regista que alguns anos antes, no final de 1973 (fez agora 50 anos) o Cineclube de Torres Novas realizou uma exposição sobre a vida e a obra do cineasta, merecendo realce o postal que o próprio Charles Chaplin enviou para o torrejano José Ribeiro Sineiro. Dessa exposição fica para a história o registo das imagens da RTP que a estação disponibiliza no seu arquivo on line. 1
Hoje, pouco se fala de Charles Chaplin. Estranhamente (ou talvez por isso), porque filmes como “Tempos Modernos”, “Luzes da Ribalta” ou “O Grande Ditador” são hinos intemporais da humanidade e as questões abordadas estão muito longe, de se confinar aos longínquos anos da vida de Charles Chaplin. Infelizmente na segunda década do século XXI os filmes de Charles Chaplin estão “convenientemente” guardados nas prateleiras esquecidas do fundo dos arquivos. Ainda mal.
Para quem conhece a obra de Chaplin, por pouco que seja, é quase impossível que em reflexo com a atualidade não se transporte para a história de “O Grande Ditador”. O filme conta a história de um pobre barbeiro judeu que após ser preso e perseguido, toma o lugar do paranoico ditador Adenoid Hynkel (uma sátira notável a Hitler) para proferir no final do filme, um manifesto pela paz e pela liberdade. O filme “O Grande Ditador” é de 1940, foi filmado em segredo, quando a Europa e o Mundo viviam sob o manto de uma Guerra Mundial promovida pelo Nazismo e pelo Fascismo.
Lembramos “O Grande Ditador” porque a memória viva é uma das estacas da liberdade. Aqueles que a destroem sabem-no. As ameaças de hoje à paz e à liberdade não são manifestamente exageradas. São tantos os sinais dessa nuvem que está a engrossar, que um dia ela há-de mesmo desfazer-se sobre nós numa grande tempestade.
Se fosse possível fazer em 2023/2024 um remake de “O Grande Ditador”, por certo que Adenoid Hynkel não teria um bigode ridículo nem traria farda militar. O moderno Hynkel vestiria fatos de corte elegante e os discursos empolgantes na rádio seriam substituídos por “lives” no youtube, prometendo aos jovens o regresso da ordem como nos bons velhos tempos que nunca existiram. Percebe-se que, como no filme de Chaplin em 1940, seria difícil distinguir a realidade da ficção.
Os tempos sombrios de agora não estão para experiências e aventuras. A todos se exige compromisso. A desumanidade organizada pode, deve e tem que ser derrotada. Nem que seja sorrindo, aquele sorriso único, que Chaplin nos deu na crítica ao capitalismo e no combate ao fascismo e ao nazismo. As forças da desumanidade não suportam, nunca suportaram, sorrisos.
1 https://arquivos.rtp.pt/conteudos/exposicao-sobre-charles-chaplin/
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