Pós-presidenciais - antónio gomes
"Quando a pandemia passar, os pobres vão ficar mais pobres, os remediados menos remediados e os favor"
Já muita coisa se disse sobre os resultados eleitorais do passado dia 24 e muita coisa ainda se vai dizer, pois se existe algo incontornável é a alteração do mapa político à direita. Mas não só. Marcelo Rebelo de Sousa recebeu votos da direita, do centro e da esquerda e não deve ignorar este facto no exercício do seu segundo mandato.
Estejamos atentos ao papel dos vários protagonistas deste acto eleitoral na definição futura das políticas e das respostas à crise social e económica que, infelizmente, se vai agravar.
A primeira questão que se coloca é sobre a crise pandémica e a resposta do Serviço Nacional de Saúde e a tardia, fraca e regateada participação do sector privado.
O SNS está à beira da ruptura, não vai sair inteiro desta crise, isto por clara responsabilidade do governo que teima em não querer segurar os profissionais que fogem para o privado e para a emigração. Este governo recusa-se a encetar as medidas estruturantes que o SNS precisa – contratação de profissionais, carreiras dos médicos, enfermeiros, técnicos de diagnostico, opção pela exclusividade destes profissionais no SNS. Existem hoje cerca de menos mil médicos no SNS do que havia no início de 2020. Este governo. mais o presidente reeleito. são os principais responsáveis pela situação a que estamos a chegar.
Outra situação, que se agrava de dia para dia, é o aumento das desigualdades: mais desemprego, menos rendimentos, precariedade laboral, dificuldade de pequenos empresários, principalmente na área do comércio, restauração e turismo, em manterem os negócios abertos.
Quando a pandemia passar, os pobres vão ficar mais pobres, os remediados menos remediados e os favorecidos do sistema ficarão mais favorecidos.
A chamada bazuca europeia ainda vai trazer muitos dissabores: porque não deixam que seja aplicada onde mais precisamos? Para acudir às pessoas, aos sectores da economia mais martirizados pela pandemia. O investimento público não arranca, apesar das promessas reiteradas por governantes.
Ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa agora reeleito, exige-se que saia do seu canto e tome opção por aqueles com quem tanto gosta de tirar selfis.
Não quero terminar sem assumir a minha parte na derrota de Marisa Matias. Apesar do esforço político para trazer ao debate os problemas dos serviços públicos e ser porta-voz dos problemas das pessoas, de tantas pessoas como se viu ao longo da campanha, não foi suficiente.
Pós-presidenciais - antónio gomes
Quando a pandemia passar, os pobres vão ficar mais pobres, os remediados menos remediados e os favor
Já muita coisa se disse sobre os resultados eleitorais do passado dia 24 e muita coisa ainda se vai dizer, pois se existe algo incontornável é a alteração do mapa político à direita. Mas não só. Marcelo Rebelo de Sousa recebeu votos da direita, do centro e da esquerda e não deve ignorar este facto no exercício do seu segundo mandato.
Estejamos atentos ao papel dos vários protagonistas deste acto eleitoral na definição futura das políticas e das respostas à crise social e económica que, infelizmente, se vai agravar.
A primeira questão que se coloca é sobre a crise pandémica e a resposta do Serviço Nacional de Saúde e a tardia, fraca e regateada participação do sector privado.
O SNS está à beira da ruptura, não vai sair inteiro desta crise, isto por clara responsabilidade do governo que teima em não querer segurar os profissionais que fogem para o privado e para a emigração. Este governo recusa-se a encetar as medidas estruturantes que o SNS precisa – contratação de profissionais, carreiras dos médicos, enfermeiros, técnicos de diagnostico, opção pela exclusividade destes profissionais no SNS. Existem hoje cerca de menos mil médicos no SNS do que havia no início de 2020. Este governo. mais o presidente reeleito. são os principais responsáveis pela situação a que estamos a chegar.
Outra situação, que se agrava de dia para dia, é o aumento das desigualdades: mais desemprego, menos rendimentos, precariedade laboral, dificuldade de pequenos empresários, principalmente na área do comércio, restauração e turismo, em manterem os negócios abertos.
Quando a pandemia passar, os pobres vão ficar mais pobres, os remediados menos remediados e os favorecidos do sistema ficarão mais favorecidos.
A chamada bazuca europeia ainda vai trazer muitos dissabores: porque não deixam que seja aplicada onde mais precisamos? Para acudir às pessoas, aos sectores da economia mais martirizados pela pandemia. O investimento público não arranca, apesar das promessas reiteradas por governantes.
Ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa agora reeleito, exige-se que saia do seu canto e tome opção por aqueles com quem tanto gosta de tirar selfis.
Não quero terminar sem assumir a minha parte na derrota de Marisa Matias. Apesar do esforço político para trazer ao debate os problemas dos serviços públicos e ser porta-voz dos problemas das pessoas, de tantas pessoas como se viu ao longo da campanha, não foi suficiente.
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