O caminho faz-se caminhando - antónio gomes
Foi aprovado pela Assembleia Municipal, já muito próximo do final do ano, o orçamento municipal para o ano 2024.
Teve os votos favoráveis do PS (10 votos), os votos contra de toda a oposição (11votos) e os votos favoráveis dos presidentes de Junta (9 votos e uma abstenção). Ou seja, dos eleitos directamente para a Assembleia Municipal, a maioria votou contra.
Como reconheceu o presidente da Câmara, o único partido que apresentou propostas alternativas escritas e fundamentadas foi o BE. Quero destacar algumas dessas propostas, pelo que significam hoje e pelo que podem vir a significar amanhã. O caminho faz-se caminhando e é preciso persistência, muita persistência.
Gratuitidade do TUT, para cumprimento da decisão unânime da Assembleia Municipal em 2022 que também teve o apoio de três Assembleias de Freguesia, aspiração finalmente concretizada, um bom contributo para diminuir a poluição com gases provenientes dos combustíveis fósseis, com a esperada diminuição de carros a circularem.
Habitação, foi e é uma preocupação nacional que não se compadece com avanços e recuos. É preciso aplicar de imediato (já está atrasado) o previsto na Estratégia Local de habitação e aproveitar todos os cêntimos dos fundos comunitários, apostando na reabilitação dos edifícios para habitação com custos e rendas acessíveis. E o Município pode e deve actuar neste campo, assim exista determinação e coragem política.
Não consigo entender porque é que a construção das novas oficinas da Câmara continua a não ser um prioridade para o PS. Será que Pedro Ferreira quer terminar os seus mandatos de presidente com os trabalhadores – oficinas, jardins, pessoal operário – com condições que envergonham qualquer um e fazem corar qualquer responsável de segurança e higiene no trabalho?Com o Mercado Municipal (outras das insistentes propostas do BE), sobre o qual já aqui escrevi, continua sem merecer investimento no orçamento de 2024. Está numa situação limite, é preciso acudir ao Mercado Municipal ou acontece-lhe como a Feira de Março que, pelos vistos, já se foi.Concluindo, 46 milhões de euros, é muito dinheiro. Estamos naquela fase em que é preciso dizer uma frase batida – têm que ser bem empregues e bem geridos. E aqui entra a cidadania. Sejamos exigentes, não nos contentemos com pouco, ou assim-a-assim ou podia ser melhor mas isto já é bom.
Se aqueles mais afectados pela ausência de obras no Mercado se mexerem um pouco a coisa torna-se menos difícil, se aqueles mais afectados com a falta de habitação forem mais exigentes nos seus direitos, a coisa pode avançar melhor, se aqueles diretamente afectados pela degradação das condições de trabalho nas oficinas da Câmara reivindicarem aquilo a que têm direito, a coisa pode mudar. Vamos à luta.
O caminho faz-se caminhando - antónio gomes
Foi aprovado pela Assembleia Municipal, já muito próximo do final do ano, o orçamento municipal para o ano 2024.
Teve os votos favoráveis do PS (10 votos), os votos contra de toda a oposição (11votos) e os votos favoráveis dos presidentes de Junta (9 votos e uma abstenção). Ou seja, dos eleitos directamente para a Assembleia Municipal, a maioria votou contra.
Como reconheceu o presidente da Câmara, o único partido que apresentou propostas alternativas escritas e fundamentadas foi o BE. Quero destacar algumas dessas propostas, pelo que significam hoje e pelo que podem vir a significar amanhã. O caminho faz-se caminhando e é preciso persistência, muita persistência.
Gratuitidade do TUT, para cumprimento da decisão unânime da Assembleia Municipal em 2022 que também teve o apoio de três Assembleias de Freguesia, aspiração finalmente concretizada, um bom contributo para diminuir a poluição com gases provenientes dos combustíveis fósseis, com a esperada diminuição de carros a circularem.
Habitação, foi e é uma preocupação nacional que não se compadece com avanços e recuos. É preciso aplicar de imediato (já está atrasado) o previsto na Estratégia Local de habitação e aproveitar todos os cêntimos dos fundos comunitários, apostando na reabilitação dos edifícios para habitação com custos e rendas acessíveis. E o Município pode e deve actuar neste campo, assim exista determinação e coragem política.
Não consigo entender porque é que a construção das novas oficinas da Câmara continua a não ser um prioridade para o PS. Será que Pedro Ferreira quer terminar os seus mandatos de presidente com os trabalhadores – oficinas, jardins, pessoal operário – com condições que envergonham qualquer um e fazem corar qualquer responsável de segurança e higiene no trabalho?Com o Mercado Municipal (outras das insistentes propostas do BE), sobre o qual já aqui escrevi, continua sem merecer investimento no orçamento de 2024. Está numa situação limite, é preciso acudir ao Mercado Municipal ou acontece-lhe como a Feira de Março que, pelos vistos, já se foi.Concluindo, 46 milhões de euros, é muito dinheiro. Estamos naquela fase em que é preciso dizer uma frase batida – têm que ser bem empregues e bem geridos. E aqui entra a cidadania. Sejamos exigentes, não nos contentemos com pouco, ou assim-a-assim ou podia ser melhor mas isto já é bom.
Se aqueles mais afectados pela ausência de obras no Mercado se mexerem um pouco a coisa torna-se menos difícil, se aqueles mais afectados com a falta de habitação forem mais exigentes nos seus direitos, a coisa pode avançar melhor, se aqueles diretamente afectados pela degradação das condições de trabalho nas oficinas da Câmara reivindicarem aquilo a que têm direito, a coisa pode mudar. Vamos à luta.
![]() Gisèle Pelicot vive e cresceu em França. Tem 71 anos. Casou-se aos 20 anos de idade com Dominique Pelicot, de 72 anos, hoje reformado. Teve dois filhos. Gisèle não sabia que a pessoa que escolheu para estar ao seu lado ao longo da vida a repudiava ao ponto de não suportar a ideia de não lhe fazer mal, tudo isto em segredo e com a ajuda de outros homens, que, como ele, viviam vidas aparentemente, parcialmente e eticamente comuns. |
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![]() Deveria seguir-se a demolição do prédio que foi construído em cima do rio há mais de cinquenta anos e a libertação de terrenos junto da fábrica velha Estamos em tempo de cheias no nosso Rio Almonda. |
![]() Enquanto penso em como arrancar com este texto, só consigo imaginar o fartote que Joana Marques, humorista, faria com esta notícia. Tivesse eu jeito para piadas e poderia alvitrar já aqui duas ou três larachas, envolvendo papel higiénico e lavagem de honra, que a responsável pelo podcast Extremamente Desagradável faria com este assunto. |
![]() Chegou o ano do eleitorado concelhio, no sistema constitucional democrático em que vivemos, dizer da sua opinião sobre a política autárquica a que a gestão do município o sujeitou. O Partido Socialista governa desde as eleições de 12 de Dezembro de 1993, com duas figuras que se mantiveram na presidência, António Manuel de Oliveira Rodrigues (1994-2013), Pedro Paulo Ramos Ferreira (2013-2025), com o reforço deste último ter sido vice-presidente do primeiro nos seus três mandatos. |
![]() Coloquemos a questão: O que se está a passar no mundo? Factualmente, temos, para além da tragédia do Médio Oriente, a invasão russa da Ucrânia, o sólido crescimento internacional do poder chinês, o fenómeno Donald Trump e a periclitante saúde das democracias europeias. |
![]() Nos últimos dias do ano veio a revelação da descoberta de mais um trilho de pegadas de dinossauros na Serra de Aire. Neste canto do mundo, outras vidas que aqui andaram, foram deixando involuntariamente o seu rasto e na viagem dos tempos chegaram-se a nós e o passado encontra-se com o presente. |
![]() É um banco, talvez, feliz! Era uma vez um banco. Não. É um banco e um banco, talvez, feliz! E não. Não é um banco dos que nos desassossegam pelo que nos custam e cobram, mas dos que nos permitem sossegar, descansar. |
![]() O milagre – a eventual vitória de Kamala Harris nas eleições norte-americanas – esteve longe, muito longe, de acontecer. Os americanos escolheram em consciência e disseram claramente o que queriam. Não votaram enganados ou iludidos; escolheram o pior porque queriam o pior. |
» 2025-03-13
Gisèle Pelicot é uma mulher comum - joão ribeiro e raquel batista |
» 2025-03-12
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Fantoche... |
» 2025-03-12
» Hélder Dias
Ferreira... renovado |