Refugiados: cooperação e sentido de humanidade - mariana varela
"Como nos sentiríamos se fôssemos obrigados a abandonar o lugar onde nascemos e crescemos?"
No passado dia 7 de julho, chegaram a Portugal 25 jovens menores não acompanhados, oriundos de campos de refugiados da Grécia, onde viviam, naturalmente em condições de extrema precariedade. No meio do caos que tem sido a situação pandémica, o problema dos refugiados não deixa de existir, adquirindo mesmo maior relevância e dimensão, uma vez que grande parte dos países fecharam a suas fronteiras como medida de prevenção. Mas, a realidade miserável em que estas pessoas vivem permanece, aumentando, assim, as necessidades de fuga e de acolhimento por parte de países estrangeiros.
Não podemos confundir o refugiado e o imigrante, pois a sua situação legal é bem diferente, tal como aquilo que o leva a sair do seu país de origem, deixando para trás tudo o que construiu, o seu lar, a sua família e amigos, sem garantia de retorno. A insegurança e perigo a que estas pessoas estão condenadas, por força de guerras civis e conflitos antigos, discriminação e perseguição em função da raça, orientação sexual ou nacionalidade, coloca-as num beco sem saída, não tendo outra escolha senão continuar a correr riscos (tais como as viagens para os países de acolhimento, sem quaisquer condições, em que muitos ficam para trás), em prol da dignidade e segurança de que qualquer ser humano carece.
Para além de segurança física e meios de sobrevivência, aqueles que se refugiam procuram bem-estar, saúde e educação, para si e para os seus. No entanto, como se já não bastasse o panorama terrífico a que estão sujeitos, também a resposta a nível global não é a melhor. Os refugiados, ainda que acolhidos por uma grande quantidade de países, concentram-se essencialmente em territórios que enfrentam situações de pobreza, como a África, o sul da Ásia, a Jordânia, o Paquistão, entre outros, assistindo-se a um enorme desequilíbrio na sua distribuição pelo mundo, sobrecarregando comunidades em situações já frágeis e obrigando muitas pessoas a viver em campos de refugiados por longos períodos de tempo.
A crença nas implicações económicas que o acolhimento de refugiados pode ter, a discriminação de que a comunidade muçulmana é alvo, interferem na abertura e receptividade global, no acolhimento atencioso e cuidado, no proporcionar de iguais oportunidades e igual tratamento e na integração destas pessoas. Ainda que as leis internacionais de proteção consagrem direitos fundamentais aos refugiados (como o direito à segurança, que se traduz na proibição de enviar novamente refugiados para o país de origem, caso isso coloque em causa a sua segurança) e que organizações mundiais colaborem para melhorar esta situação, ainda há um longo caminho a percorrer no sentido da melhoria de qualidade de vida dos refugiados e do seu estatuto, bem como da transformação de mentalidades para que se atinja uma consciência global destas problemáticas e uma verdadeira cooperação e sentido de humanidade.
Para isso, nada melhor do que calçar os sapatos dos outros. Como é viver como um refugiado? Quais as consequências, a curto e longo prazo? Como nos sentiríamos se fôssemos obrigados a abandonar o lugar onde nascemos e crescemos, sem qualquer promessa de um dia voltar? Mais do que acolher, é importante acolher bem, oferecer a ajuda psicológica necessária, favorecer a integração, respeitar a sua cultura e entender que estamos perante seres humanos, entre eles crianças indefesas. Até quando iremos ver um mundo dividido e limitado por fronteiras, discriminar o que é diferente e maltratar os nossos semelhantes?
Refugiados: cooperação e sentido de humanidade - mariana varela
Como nos sentiríamos se fôssemos obrigados a abandonar o lugar onde nascemos e crescemos?
No passado dia 7 de julho, chegaram a Portugal 25 jovens menores não acompanhados, oriundos de campos de refugiados da Grécia, onde viviam, naturalmente em condições de extrema precariedade. No meio do caos que tem sido a situação pandémica, o problema dos refugiados não deixa de existir, adquirindo mesmo maior relevância e dimensão, uma vez que grande parte dos países fecharam a suas fronteiras como medida de prevenção. Mas, a realidade miserável em que estas pessoas vivem permanece, aumentando, assim, as necessidades de fuga e de acolhimento por parte de países estrangeiros.
Não podemos confundir o refugiado e o imigrante, pois a sua situação legal é bem diferente, tal como aquilo que o leva a sair do seu país de origem, deixando para trás tudo o que construiu, o seu lar, a sua família e amigos, sem garantia de retorno. A insegurança e perigo a que estas pessoas estão condenadas, por força de guerras civis e conflitos antigos, discriminação e perseguição em função da raça, orientação sexual ou nacionalidade, coloca-as num beco sem saída, não tendo outra escolha senão continuar a correr riscos (tais como as viagens para os países de acolhimento, sem quaisquer condições, em que muitos ficam para trás), em prol da dignidade e segurança de que qualquer ser humano carece.
Para além de segurança física e meios de sobrevivência, aqueles que se refugiam procuram bem-estar, saúde e educação, para si e para os seus. No entanto, como se já não bastasse o panorama terrífico a que estão sujeitos, também a resposta a nível global não é a melhor. Os refugiados, ainda que acolhidos por uma grande quantidade de países, concentram-se essencialmente em territórios que enfrentam situações de pobreza, como a África, o sul da Ásia, a Jordânia, o Paquistão, entre outros, assistindo-se a um enorme desequilíbrio na sua distribuição pelo mundo, sobrecarregando comunidades em situações já frágeis e obrigando muitas pessoas a viver em campos de refugiados por longos períodos de tempo.
A crença nas implicações económicas que o acolhimento de refugiados pode ter, a discriminação de que a comunidade muçulmana é alvo, interferem na abertura e receptividade global, no acolhimento atencioso e cuidado, no proporcionar de iguais oportunidades e igual tratamento e na integração destas pessoas. Ainda que as leis internacionais de proteção consagrem direitos fundamentais aos refugiados (como o direito à segurança, que se traduz na proibição de enviar novamente refugiados para o país de origem, caso isso coloque em causa a sua segurança) e que organizações mundiais colaborem para melhorar esta situação, ainda há um longo caminho a percorrer no sentido da melhoria de qualidade de vida dos refugiados e do seu estatuto, bem como da transformação de mentalidades para que se atinja uma consciência global destas problemáticas e uma verdadeira cooperação e sentido de humanidade.
Para isso, nada melhor do que calçar os sapatos dos outros. Como é viver como um refugiado? Quais as consequências, a curto e longo prazo? Como nos sentiríamos se fôssemos obrigados a abandonar o lugar onde nascemos e crescemos, sem qualquer promessa de um dia voltar? Mais do que acolher, é importante acolher bem, oferecer a ajuda psicológica necessária, favorecer a integração, respeitar a sua cultura e entender que estamos perante seres humanos, entre eles crianças indefesas. Até quando iremos ver um mundo dividido e limitado por fronteiras, discriminar o que é diferente e maltratar os nossos semelhantes?
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