Des (A) gosto - anabela santos
"Ficam, assim, os abraços e os afectos adiados para 2021."
Por aqui e por ali, fui ouvindo e observando, nestes últimos dias, o testemunho da saudade, da dúvida, do receio, dos adiamentos e dos cancelamentos. Enfim, a necessidade de reprogramar, completamente, os dias e a vida.
- Os meus pais não vêm passar férias a Portugal, estão retidos em Moçambique.
- A minha filha está em Angola. Não a vou ver este ano.
- Prima, este ano, não vou a Portugal. Ainda é tudo muito incerto, ainda tenho algum medo.
Ficam, assim, os abraços e os afectos adiados para 2021.
Nas praias deixamos de ouvir “Pierre, viens ici, senão levas uma palmada”.
Mas não faltam só os emigrantes. A incerteza fechou as pessoas em casa.
E as festas? Tantas que, agora, são nada.
Por Liteiros, Rexaldia, Brogueira, Vale da Serra, Olaia, Lamarosa, Vargos ou Lapas, os festejos foram cancelados. Não houve cheiro a sardinha assada, a música deu lugar ao silêncio, as ruas não foram engalanadas, as igrejas não se encheram de flores, as colchas não espreitaram à janela e os Santos não percorreram as ruas das aldeias que se enchiam de gente num momento de fé.
Um mês de Agosto vazio de gente, festas, procissões, animação e cultura. Faltam as vozes de quem tem saudades do seu país e da sua família. Falta a música que anima e torna único este mês de verão.
Deixa de ser o mês de reencontros e alegria, passa a ser o mês de incertezas e saudade.
Sem qualquer originalidade, é mesmo caso para dizer que desapareceu o “meu querido mês de Agosto” da canção do Dino Meira e, devido a este vírus maldito e poderoso, temos, este ano, Agosto, “o mês do desgosto”.
Des (A) gosto - anabela santos
Ficam, assim, os abraços e os afectos adiados para 2021.
Por aqui e por ali, fui ouvindo e observando, nestes últimos dias, o testemunho da saudade, da dúvida, do receio, dos adiamentos e dos cancelamentos. Enfim, a necessidade de reprogramar, completamente, os dias e a vida.
- Os meus pais não vêm passar férias a Portugal, estão retidos em Moçambique.
- A minha filha está em Angola. Não a vou ver este ano.
- Prima, este ano, não vou a Portugal. Ainda é tudo muito incerto, ainda tenho algum medo.
Ficam, assim, os abraços e os afectos adiados para 2021.
Nas praias deixamos de ouvir “Pierre, viens ici, senão levas uma palmada”.
Mas não faltam só os emigrantes. A incerteza fechou as pessoas em casa.
E as festas? Tantas que, agora, são nada.
Por Liteiros, Rexaldia, Brogueira, Vale da Serra, Olaia, Lamarosa, Vargos ou Lapas, os festejos foram cancelados. Não houve cheiro a sardinha assada, a música deu lugar ao silêncio, as ruas não foram engalanadas, as igrejas não se encheram de flores, as colchas não espreitaram à janela e os Santos não percorreram as ruas das aldeias que se enchiam de gente num momento de fé.
Um mês de Agosto vazio de gente, festas, procissões, animação e cultura. Faltam as vozes de quem tem saudades do seu país e da sua família. Falta a música que anima e torna único este mês de verão.
Deixa de ser o mês de reencontros e alegria, passa a ser o mês de incertezas e saudade.
Sem qualquer originalidade, é mesmo caso para dizer que desapareceu o “meu querido mês de Agosto” da canção do Dino Meira e, devido a este vírus maldito e poderoso, temos, este ano, Agosto, “o mês do desgosto”.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |