Concelho de Alcanena: repensar ou manter a sua configuração? (II)
No meu último artigo do Jornal Torrejano, em Dezembro do ano que passou, prometi continuar a minha opinião sobre a questão da reforma administrativa que o governo PSD/CDS-PP levou a cabo no ano 2013. Para além de referir a incongruência do lugar do Carvalheiro pertencer à antiga freguesia da Louriceira, levantava então a lebre de uma possível expansão do concelho para alguns lugares do concelho de Porto de Mós e Santarém, especialmente do primeiro, com o lugar do Vale Florido, por me ter constado haver insatisfação por parte de alguns dos seus moradores com a sede do concelho.
Também defendi, pois, que era necessário pensar a reorganização administrativa do concelho com as freguesias que nele já existem, isto é, pensar as duas uniões existentes: a União das Freguesias de Alcanena e Vila Moreira e a União das Freguesias do Malhou, Louriceira e Espinheiro. No que toca à última, em especial, parece-nos que teve mais repercussões na população, em Espinheiro, onde o descontentamento com Alcanena começou a ser frequente. Espinheiro: Alcanena, em geral, não teve a culpa da perda da vossa freguesia. Nós, alcanenenses, continuamos a defender a vossa freguesia porque faz todo o sentido. Foi a Câmara Municipal de Alcanena que, em 1923, submeteu à Câmara dos Deputados um projecto para a criação de uma freguesia civil no Espinheiro, que então recebia fortes oposições da parte de Santarém que nunca quis a vossa autonomia. A culpa, sim, foi dos sucessivos politiqueiros de bancada da nossa Nação e de uma Assembleia Municipal em que a partidarite aguda foi mais forte do que um pensamento bem delineado de uma boa reforma.
Com isto, pretendo contribuir, caso seja a vontade das populações – são elas que decidem, acima de tudo –, para uma futura comissão de trabalho que, na nossa opinião, deverá polarizar todas as vontades autonómicas das comunidades para que se dinamize um conjunto de acções que possam levar, junto do poder central, as pretensões desejadas. Estas, como é evidente, deverão contar com o apoio decisivo dos autarcas das freguesias... Estamos perto das próximas eleições autárquicas e isso será decisivo na forma como decorrerá o processo. Até 1914, muitos diziam ser impossível o que aconteceu com Alcanena. Hoje, mais de 100 depois, ainda cá estamos. É o sufrágio e a vontade cívica que vai decidir.
Concelho de Alcanena: repensar ou manter a sua configuração? (II)
No meu último artigo do Jornal Torrejano, em Dezembro do ano que passou, prometi continuar a minha opinião sobre a questão da reforma administrativa que o governo PSD/CDS-PP levou a cabo no ano 2013. Para além de referir a incongruência do lugar do Carvalheiro pertencer à antiga freguesia da Louriceira, levantava então a lebre de uma possível expansão do concelho para alguns lugares do concelho de Porto de Mós e Santarém, especialmente do primeiro, com o lugar do Vale Florido, por me ter constado haver insatisfação por parte de alguns dos seus moradores com a sede do concelho.
Também defendi, pois, que era necessário pensar a reorganização administrativa do concelho com as freguesias que nele já existem, isto é, pensar as duas uniões existentes: a União das Freguesias de Alcanena e Vila Moreira e a União das Freguesias do Malhou, Louriceira e Espinheiro. No que toca à última, em especial, parece-nos que teve mais repercussões na população, em Espinheiro, onde o descontentamento com Alcanena começou a ser frequente. Espinheiro: Alcanena, em geral, não teve a culpa da perda da vossa freguesia. Nós, alcanenenses, continuamos a defender a vossa freguesia porque faz todo o sentido. Foi a Câmara Municipal de Alcanena que, em 1923, submeteu à Câmara dos Deputados um projecto para a criação de uma freguesia civil no Espinheiro, que então recebia fortes oposições da parte de Santarém que nunca quis a vossa autonomia. A culpa, sim, foi dos sucessivos politiqueiros de bancada da nossa Nação e de uma Assembleia Municipal em que a partidarite aguda foi mais forte do que um pensamento bem delineado de uma boa reforma.
Com isto, pretendo contribuir, caso seja a vontade das populações – são elas que decidem, acima de tudo –, para uma futura comissão de trabalho que, na nossa opinião, deverá polarizar todas as vontades autonómicas das comunidades para que se dinamize um conjunto de acções que possam levar, junto do poder central, as pretensões desejadas. Estas, como é evidente, deverão contar com o apoio decisivo dos autarcas das freguesias... Estamos perto das próximas eleições autárquicas e isso será decisivo na forma como decorrerá o processo. Até 1914, muitos diziam ser impossível o que aconteceu com Alcanena. Hoje, mais de 100 depois, ainda cá estamos. É o sufrágio e a vontade cívica que vai decidir.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |