Os rankings e escolas públicas e privadas - jorge carreira maia
Já com o calor de Julho saíram os rankings dos exames nacionais do ano anterior. Sempre que são publicados, geram uma árdua batalha entre os defensores da sua não publicação, argumentando que não se pode comparar o incomparável, como os que defendem que se deve tornar manifesto quais as escolas que tem mérito e aquelas que não o têm e, numa perspectiva liberal, argumentar sobre a superioridade do ensino privado sobre o ensino público.
A divulgação dos rankings é importante, pois é um indicador seguro da desigualdade social, dá-nos uma visão objectiva sobre quem tem mais oportunidades e quem tem menos, deixa-nos perceber quão longe a igualdade de oportunidades, a que todos os portugueses deveriam ter acesso, ainda é uma miragem. Existem múltiplos factores para explicar estas disparidades. Factores sociais, económicos, culturais. Factores ligados à organização e cultura das escolas.
O que raramente se tem em conta, como um factor diferenciador dos resultados entre o ensino público e o ensino privado, é o papel do Estado – através do Ministério da Educação – na promoção destas desigualdades. Se olharmos para algumas entrevistas a responsáveis dos colégios privados, perceberemos de imediato que estão concentrados numa única coisa: obter os melhores resultados possíveis nos exames nacionais. É para isso que estão organizados e é para isso que preparam desde muito cedo os seus alunos, eliminando tudo o que se torna obstáculo a esse objectivo.
À escola pública – e de forma mais acentuada desde que António Costa se tornou primeiro-ministro – são-lhe atribuídas tantas funções que a preparação dos seus alunos para exames é apenas mais uma e – no que parece ser o discurso ministerial – não das mais importantes. Com as actuais políticas educativas, acentuou-se o afastamento da escola pública em relação ao objectivo principal que anima os colégios privados: preparar os alunos para obterem grandes resultados nos exames nacionais e, desse modo, acederem aos cursos que lhes interessam.
Aquilo que seria importante estudar era o impacto das ideologias governativas no afastamento dos resultados entre escolas públicas e privadas. O Ministério da Educação acha que a escolarização da população está muito para além dos resultados obtidos em exame. Contudo, estes resultados são cruciais para o destino dos alunos. O que fará um pai que tenha disponibilidade económica e viva num lugar onde existam colégios privados que enxameiam os primeiros lugares dos rankings? Vai colocar o filho na escola pública? Todos sabem o que faria a maior parte dos pais.
Os rankings e escolas públicas e privadas - jorge carreira maia
Já com o calor de Julho saíram os rankings dos exames nacionais do ano anterior. Sempre que são publicados, geram uma árdua batalha entre os defensores da sua não publicação, argumentando que não se pode comparar o incomparável, como os que defendem que se deve tornar manifesto quais as escolas que tem mérito e aquelas que não o têm e, numa perspectiva liberal, argumentar sobre a superioridade do ensino privado sobre o ensino público.
A divulgação dos rankings é importante, pois é um indicador seguro da desigualdade social, dá-nos uma visão objectiva sobre quem tem mais oportunidades e quem tem menos, deixa-nos perceber quão longe a igualdade de oportunidades, a que todos os portugueses deveriam ter acesso, ainda é uma miragem. Existem múltiplos factores para explicar estas disparidades. Factores sociais, económicos, culturais. Factores ligados à organização e cultura das escolas.
O que raramente se tem em conta, como um factor diferenciador dos resultados entre o ensino público e o ensino privado, é o papel do Estado – através do Ministério da Educação – na promoção destas desigualdades. Se olharmos para algumas entrevistas a responsáveis dos colégios privados, perceberemos de imediato que estão concentrados numa única coisa: obter os melhores resultados possíveis nos exames nacionais. É para isso que estão organizados e é para isso que preparam desde muito cedo os seus alunos, eliminando tudo o que se torna obstáculo a esse objectivo.
À escola pública – e de forma mais acentuada desde que António Costa se tornou primeiro-ministro – são-lhe atribuídas tantas funções que a preparação dos seus alunos para exames é apenas mais uma e – no que parece ser o discurso ministerial – não das mais importantes. Com as actuais políticas educativas, acentuou-se o afastamento da escola pública em relação ao objectivo principal que anima os colégios privados: preparar os alunos para obterem grandes resultados nos exames nacionais e, desse modo, acederem aos cursos que lhes interessam.
Aquilo que seria importante estudar era o impacto das ideologias governativas no afastamento dos resultados entre escolas públicas e privadas. O Ministério da Educação acha que a escolarização da população está muito para além dos resultados obtidos em exame. Contudo, estes resultados são cruciais para o destino dos alunos. O que fará um pai que tenha disponibilidade económica e viva num lugar onde existam colégios privados que enxameiam os primeiros lugares dos rankings? Vai colocar o filho na escola pública? Todos sabem o que faria a maior parte dos pais.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |