Assim não! – caderno primeiro
Opinião » 2017-02-16 » Gabriel Feitor"Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho"
Poderia abordar na crónica desta semana a questão dos refugiados acolhidos em Alcanena – assunto que, curiosamente, preencheu o espaço político da semana que passou – e a sua a sensacional recepção que envergonhou todos quantos primam pelo bom senso. Mas não. Disso já me pronunciei publicamente nas redes sociais.
Esta semana optei por uma questão mais vasta surgida numa das múltiplas viagens que faço pelo concelho. O que mudou, afinal, em 8 anos onde era prometido o paraíso eterno? É o que abordarei ao longo das edições do Torrejano com os cadernos “Assim não!”.
1. O desenvolvimento económico
Relativamente à transparência garantida, Alcanena, de 2015 para 2016, desceu no ranking do Índice de Transparência Municipal elaborado pela TIAC, de 142º para 187º, estando neste momento em 10º lugar no universo de 13 municípios do Médio Tejo. Era esta a transparência que prometiam para que no website da Câmara Municipal não exista qualquer informação sobre as remunerações e despesas de representação dos 4 membros a tempo inteiro do executivo e dos 3 elementos do seu gabinete?
Outro ranking, elaborado pela “Bloom Consulting”, cujos indicadores medem a qualidade de vida, o turismo e o espaço para fazer negócios, colocou o município, em 2015, em 185º quando há pouco mais de 10 anos nos encontrávamos em 22º no estudo realizado pela UBI.
Falemos, porém, de casos concretos. No que diz respeito ao desenvolvimento económico do concelho, o que foi feito em relação aos prometidos mais de 240 hectares no nó da A1/A23 (inicialmente 36 hectares com a suspensão do PDM junto àquela zona)? Está em curso algum tipo de investimento? Que tipo de incentivos tem e que conversações já entoou o município? Infelizmente, até agora só contemplamos o deserto. Se o concelho continua a ter boa posição relativamente às exportações apenas e só à iniciativa privada se deve. Não existe um projecto de iniciativa de diversificação das actividades económicas nem tão-pouco de instalação das chamadas novas indústrias. Porque não largarmos de vez o não funcional e faz-de-conta Centro de Acolhimento de Iniciativa Empresarial e seguimos o conceito bem-sucedido das Startup, à semelhança de outros municípios?
Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho nos diversos sectores e que ateste as suas particulares potencialidades a médio/longo prazo. Não vai ser mais outro plano estratégico, encomendado a empresas e escritórios, propositadamente apenas para ir buscar fundos comunitários. Isso já foi feito e não deu resultado.
Precisamos de uma alternativa plural, séria e responsável.
Assim não!
Assim não! – caderno primeiro
Opinião » 2017-02-16 » Gabriel FeitorContinuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho
Poderia abordar na crónica desta semana a questão dos refugiados acolhidos em Alcanena – assunto que, curiosamente, preencheu o espaço político da semana que passou – e a sua a sensacional recepção que envergonhou todos quantos primam pelo bom senso. Mas não. Disso já me pronunciei publicamente nas redes sociais.
Esta semana optei por uma questão mais vasta surgida numa das múltiplas viagens que faço pelo concelho. O que mudou, afinal, em 8 anos onde era prometido o paraíso eterno? É o que abordarei ao longo das edições do Torrejano com os cadernos “Assim não!”.
1. O desenvolvimento económico
Relativamente à transparência garantida, Alcanena, de 2015 para 2016, desceu no ranking do Índice de Transparência Municipal elaborado pela TIAC, de 142º para 187º, estando neste momento em 10º lugar no universo de 13 municípios do Médio Tejo. Era esta a transparência que prometiam para que no website da Câmara Municipal não exista qualquer informação sobre as remunerações e despesas de representação dos 4 membros a tempo inteiro do executivo e dos 3 elementos do seu gabinete?
Outro ranking, elaborado pela “Bloom Consulting”, cujos indicadores medem a qualidade de vida, o turismo e o espaço para fazer negócios, colocou o município, em 2015, em 185º quando há pouco mais de 10 anos nos encontrávamos em 22º no estudo realizado pela UBI.
Falemos, porém, de casos concretos. No que diz respeito ao desenvolvimento económico do concelho, o que foi feito em relação aos prometidos mais de 240 hectares no nó da A1/A23 (inicialmente 36 hectares com a suspensão do PDM junto àquela zona)? Está em curso algum tipo de investimento? Que tipo de incentivos tem e que conversações já entoou o município? Infelizmente, até agora só contemplamos o deserto. Se o concelho continua a ter boa posição relativamente às exportações apenas e só à iniciativa privada se deve. Não existe um projecto de iniciativa de diversificação das actividades económicas nem tão-pouco de instalação das chamadas novas indústrias. Porque não largarmos de vez o não funcional e faz-de-conta Centro de Acolhimento de Iniciativa Empresarial e seguimos o conceito bem-sucedido das Startup, à semelhança de outros municípios?
Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho nos diversos sectores e que ateste as suas particulares potencialidades a médio/longo prazo. Não vai ser mais outro plano estratégico, encomendado a empresas e escritórios, propositadamente apenas para ir buscar fundos comunitários. Isso já foi feito e não deu resultado.
Precisamos de uma alternativa plural, séria e responsável.
Assim não!
Caminho de Abril - maria augusta torcato » 2024-04-22 » Maria Augusta Torcato Olho para o meu caminho e fico contente. Acho mesmo que fiz o caminho de Abril. O caminho que Abril representa. No entanto, a realidade atual e os desafios diários levam-me a desejar muito que este caminho não seja esquecido, não por querer que ele se repita, mas para não nos darmos conta, quase sem tempo de manteiga nos dentes, que estamos, outra vez, lá muito atrás e há que fazer de novo o caminho com tudo o que isso implica e que hoje seria incompreensível e inaceitável. |
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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» 2024-04-22
» Maria Augusta Torcato
Caminho de Abril - maria augusta torcato |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia |