Assim não! – caderno primeiro
"Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho"
Poderia abordar na crónica desta semana a questão dos refugiados acolhidos em Alcanena – assunto que, curiosamente, preencheu o espaço político da semana que passou – e a sua a sensacional recepção que envergonhou todos quantos primam pelo bom senso. Mas não. Disso já me pronunciei publicamente nas redes sociais.
Esta semana optei por uma questão mais vasta surgida numa das múltiplas viagens que faço pelo concelho. O que mudou, afinal, em 8 anos onde era prometido o paraíso eterno? É o que abordarei ao longo das edições do Torrejano com os cadernos “Assim não!”.
1. O desenvolvimento económico
Relativamente à transparência garantida, Alcanena, de 2015 para 2016, desceu no ranking do Índice de Transparência Municipal elaborado pela TIAC, de 142º para 187º, estando neste momento em 10º lugar no universo de 13 municípios do Médio Tejo. Era esta a transparência que prometiam para que no website da Câmara Municipal não exista qualquer informação sobre as remunerações e despesas de representação dos 4 membros a tempo inteiro do executivo e dos 3 elementos do seu gabinete?
Outro ranking, elaborado pela “Bloom Consulting”, cujos indicadores medem a qualidade de vida, o turismo e o espaço para fazer negócios, colocou o município, em 2015, em 185º quando há pouco mais de 10 anos nos encontrávamos em 22º no estudo realizado pela UBI.
Falemos, porém, de casos concretos. No que diz respeito ao desenvolvimento económico do concelho, o que foi feito em relação aos prometidos mais de 240 hectares no nó da A1/A23 (inicialmente 36 hectares com a suspensão do PDM junto àquela zona)? Está em curso algum tipo de investimento? Que tipo de incentivos tem e que conversações já entoou o município? Infelizmente, até agora só contemplamos o deserto. Se o concelho continua a ter boa posição relativamente às exportações apenas e só à iniciativa privada se deve. Não existe um projecto de iniciativa de diversificação das actividades económicas nem tão-pouco de instalação das chamadas novas indústrias. Porque não largarmos de vez o não funcional e faz-de-conta Centro de Acolhimento de Iniciativa Empresarial e seguimos o conceito bem-sucedido das Startup, à semelhança de outros municípios?
Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho nos diversos sectores e que ateste as suas particulares potencialidades a médio/longo prazo. Não vai ser mais outro plano estratégico, encomendado a empresas e escritórios, propositadamente apenas para ir buscar fundos comunitários. Isso já foi feito e não deu resultado.
Precisamos de uma alternativa plural, séria e responsável.
Assim não!
Assim não! – caderno primeiro
Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho
Poderia abordar na crónica desta semana a questão dos refugiados acolhidos em Alcanena – assunto que, curiosamente, preencheu o espaço político da semana que passou – e a sua a sensacional recepção que envergonhou todos quantos primam pelo bom senso. Mas não. Disso já me pronunciei publicamente nas redes sociais.
Esta semana optei por uma questão mais vasta surgida numa das múltiplas viagens que faço pelo concelho. O que mudou, afinal, em 8 anos onde era prometido o paraíso eterno? É o que abordarei ao longo das edições do Torrejano com os cadernos “Assim não!”.
1. O desenvolvimento económico
Relativamente à transparência garantida, Alcanena, de 2015 para 2016, desceu no ranking do Índice de Transparência Municipal elaborado pela TIAC, de 142º para 187º, estando neste momento em 10º lugar no universo de 13 municípios do Médio Tejo. Era esta a transparência que prometiam para que no website da Câmara Municipal não exista qualquer informação sobre as remunerações e despesas de representação dos 4 membros a tempo inteiro do executivo e dos 3 elementos do seu gabinete?
Outro ranking, elaborado pela “Bloom Consulting”, cujos indicadores medem a qualidade de vida, o turismo e o espaço para fazer negócios, colocou o município, em 2015, em 185º quando há pouco mais de 10 anos nos encontrávamos em 22º no estudo realizado pela UBI.
Falemos, porém, de casos concretos. No que diz respeito ao desenvolvimento económico do concelho, o que foi feito em relação aos prometidos mais de 240 hectares no nó da A1/A23 (inicialmente 36 hectares com a suspensão do PDM junto àquela zona)? Está em curso algum tipo de investimento? Que tipo de incentivos tem e que conversações já entoou o município? Infelizmente, até agora só contemplamos o deserto. Se o concelho continua a ter boa posição relativamente às exportações apenas e só à iniciativa privada se deve. Não existe um projecto de iniciativa de diversificação das actividades económicas nem tão-pouco de instalação das chamadas novas indústrias. Porque não largarmos de vez o não funcional e faz-de-conta Centro de Acolhimento de Iniciativa Empresarial e seguimos o conceito bem-sucedido das Startup, à semelhança de outros municípios?
Continuo a afirmar que não existe um projecto que sustente o desenvolvimento do concelho nos diversos sectores e que ateste as suas particulares potencialidades a médio/longo prazo. Não vai ser mais outro plano estratégico, encomendado a empresas e escritórios, propositadamente apenas para ir buscar fundos comunitários. Isso já foi feito e não deu resultado.
Precisamos de uma alternativa plural, séria e responsável.
Assim não!
![]() Apresentados os candidatos à presidência da Câmara de Torres Novas, a realizar nos finais de Setembro, ou na primeira quinzena de Outubro, restam pouco mais de três meses (dois de férias), para se conhecer ao que vêm, quem é quem, o que defendem, para o concelho, na sua interligação cidade/freguesias. |
![]() O nosso major-general é uma versão pós-moderna do Pangloss de Voltaire, atestando que, no designado “mundo livre”, estamos no melhor possível, prontos para a vitória e não pode ser de outro modo. |
![]() “Pobre é o discípulo que não excede o seu mestre” Leonardo da Vinci
Mais do que rumor, é já certo que a IA é capaz de usar linguagem ininteligível para os humanos com o objectivo de ser mais eficaz. |
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Em 2012, o psicólogo social Jonathan Haidt publicou a obra A Mente Justa: Porque as Pessoas Boas não se Entendem sobre Política e Religião. Esta obra é fundamental porque nos ajuda a compreender um dos dramas que assolam os países ocidentais, cujas democracias se estruturam, ainda hoje, pela dicotomia esquerda–direita. |
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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