• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Segunda, 09 Setembro 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Qui.
 28° / 15°
Períodos nublados
Qua.
 28° / 14°
Períodos nublados
Ter.
 27° / 14°
Períodos nublados
Torres Novas
Hoje  28° / 15°
Céu nublado
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

A HISTÓRIA DAS TERAPIAS NÃO CONVENCIONAIS

Opinião  »  2018-02-15  »  Juvenal Silva

"Nos primórdios, os povos tiveram de encontrar soluções para tratar as doenças e mazelas"

Quando o ser humano surgiu no planeta, os animais já o habitavam e as plantas já existiam há mais de 400 milhões de anos. As plantas conforme hoje as conhecemos, evoluíram a partir de espécies de algas primitivas. O homem moderno, “Homo Sapiens”, ganhou forma e vida há cerca de 50.000 anos e, desde então, começou a fazer uso das plantas no tratamento das doenças, pelo que se poderá deduzir que a primeira medicina terá sido a fitoterapia.

Nos primórdios, os povos tiveram de encontrar soluções para tratar as doenças e mazelas, e a figura mais poderosa do clã ou da tribo assumia a função de líder que orientava e zelava pela saúde do seu povo, sendo conhecido por mágico e feiticeiro.

Utilizava as práticas mágicas, “medicina mágica” para alterar a realidade e manipular as forças da natureza com rituais, danças, rezas, benzeduras, defumadouros, amuletos e plantas alucinógenas para alterar os estados de consciência. A água tinha sempre um lugar de destaque nos rituais, por constituir o símbolo da purificação. A água terá sido o primeiro tratamento da humanidade. A VIDA NASCEU DA ÁGUA “O CALDO PRIMORDIAL”. Quando os animais se feriam ou estavam doentes, procuravam a água e as lamas (argila), como também procuravam e selecionavam plantas para se tratarem e curar. O homem atento e vigilante, vai acumulando conhecimentos, graças à aprendizagem com os animais e, adquire meios de defesa e prevenção, como também de cura. Terá sido quiçá, o início da medicina natural experimentada.

Quando o homem é confrontado com mais dor e cada vez mais doenças, atribuiu tudo isso aos espíritos maléficos e aos feiticeiros, julgando que a doença é um castigo de algum Deus e que os espíritos são a causa da doença. Assim surge a “medicina religiosa”.

O xamã era o sacerdote tradicional e com poderes para contatar com o mundo dos espíritos, com capacidade de fazer profecias e curas, provocando um estado de respeito e submissão das pessoas. É um poder exercido por pessoas carismáticas e, encaradas como intermediários entre o doente e os deuses, com poderes sobrenaturais.
Os primeiros médicos da história são os sacerdotes, que cumpriam rituais apropriados, faziam orações e ofertas a Deus, invocavam os espíritos e as forças dos deuses, necessárias à melhoria e salvação dos doentes.

Hipócrates rompe com o paradigma do sobrenatural e afirma: “nenhuma doença tem causa sobrenatural” e define um código de relação direta entre o profissional de saúde e o ser humano, sem necessidade de intermediários de forças ocultas. Refere-se ao comportamento e respeito entre seres humanos, instituindo o Código Deontológico, que culminaria no Juramento de Hipócritas: “Consagrar a minha vida ao serviço da humanidade e exercer a minha profissão segundo o preceito Primum non Nocere” (Primeiro que tudo, não prejudicar).

Hipócrates estabelece um novo paradigma relativamente à compreensão do ser humano, à doença e à saúde, estabelecendo um cariz científico para a medicina, quando afirma: “Se as doenças têm causas naturais, então essas doenças têm que ser tratadas com métodos e agentes naturais e não com artifícios sobrenaturais.” Com este pensamento e intervenção, a medicina mágico-religiosa dá lugar à medicina científica, baseada na sapiência, pelo estudo e pela prática. Vivia-se na Grécia a era do saber e desenvolveu-se a medicina grega com duas escolas e duas filosofias distintas: Escola de Cós: A escola de Hipócrates baseada na medicina holística e natural, que se viria a designar por Naturopatia - higiene e medicina natural. Escola de Cnidos: em oposição à escola de Hipócrates ensina medicina baseada nas doenças, que viria a ser designada de medicina alopática. (medicina química).

 

 

 Outras notícias - Opinião


Activo tóxico »  2024-09-04  »  Hélder Dias

"Este é o meu novo filho" »  2024-08-03  »  Hélder Dias

Candidato de peso... para afundar um partido »  2024-07-23  »  Hélder Dias

O Orelhas... »  2024-07-16  »  Hélder Dias

Lady Gago »  2024-07-09  »  Hélder Dias

Na aldeia de Zibreira passa o rio Almonda - isilda loureiro »  2024-06-23 

"O rio da minha aldeia", fazendo lembrar o poema de Fernando Pessoa...

Houve tempos em que o local conhecido por Azenha, no termo da aldeia de Zibreira, após descermos uma ladeira ladeada de terrenos agrícolas e hortas, teve um moinho com gente e muita vida.
(ler mais...)


Cogitações por causa do 25 de Novembro e dos avanços da extrema-direita - antónio mário santos »  2024-06-23  »  António Mário Santos

No momento em que do centro direita à direita radical, aproveitando a viragem das últimas eleições legislativas, se organizou uma associação de interesses para diminuir o 25 de Abril, realçando o golpe militar do 25 de Novembro, num crescendo de recuperação selectiva do revanchismo das elites económicas destronadas pela revolução, ultrapassando a concepção social-democrata do próprio PS (Manuel Alegre distingue-o nas suas Memórias Minhas, criticando a viragem para a 3ª via de Blair, continuando a preferir chamar ao seu partido, por inteiro, Partido Socialista), abriu-se um clamoroso protesto nos órgãos de informação nacionais.
(ler mais...)


O futebol e o radicalismo de direita - jorge carreira maia »  2024-06-23  »  Jorge Carreira Maia

 

Decorre o Europeu de futebol, hora em que o fervor nacionalista se exalta. O futebol, na sua dimensão industrial, foi colonizado por perspectivas ideológicas que fomentam, na consciência dos adeptos, uma visão do mundo muito específica.
(ler mais...)


Toma lá... »  2024-06-19  »  Hélder Dias

Lições da História - acácio gouveia »  2024-06-13  »  Acácio Gouveia

“A História não se repete, mas rima por vezes”, Mark Twain

 Vinte e sete meses após o início da guerra na Ucrânia, temos generais e comentadores nos meios de comunicação social portugueses: (I) a justificar a legitimidade da invasão; (II) a profetizar a total e inelutável vitória de Putin; (III) e tentar convencer-nos que este assunto tem pouco ou nada a ver com Portugal e com os demais países europeus.
(ler mais...)

 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2024-09-04  »  Hélder Dias Activo tóxico