A HISTÓRIA DAS TERAPIAS NÃO CONVENCIONAIS
Opinião » 2018-02-15 » Juvenal Silva"Nos primórdios, os povos tiveram de encontrar soluções para tratar as doenças e mazelas"
Quando o ser humano surgiu no planeta, os animais já o habitavam e as plantas já existiam há mais de 400 milhões de anos. As plantas conforme hoje as conhecemos, evoluíram a partir de espécies de algas primitivas. O homem moderno, “Homo Sapiens”, ganhou forma e vida há cerca de 50.000 anos e, desde então, começou a fazer uso das plantas no tratamento das doenças, pelo que se poderá deduzir que a primeira medicina terá sido a fitoterapia.
Nos primórdios, os povos tiveram de encontrar soluções para tratar as doenças e mazelas, e a figura mais poderosa do clã ou da tribo assumia a função de líder que orientava e zelava pela saúde do seu povo, sendo conhecido por mágico e feiticeiro.
Utilizava as práticas mágicas, “medicina mágica” para alterar a realidade e manipular as forças da natureza com rituais, danças, rezas, benzeduras, defumadouros, amuletos e plantas alucinógenas para alterar os estados de consciência. A água tinha sempre um lugar de destaque nos rituais, por constituir o símbolo da purificação. A água terá sido o primeiro tratamento da humanidade. A VIDA NASCEU DA ÁGUA “O CALDO PRIMORDIAL”. Quando os animais se feriam ou estavam doentes, procuravam a água e as lamas (argila), como também procuravam e selecionavam plantas para se tratarem e curar. O homem atento e vigilante, vai acumulando conhecimentos, graças à aprendizagem com os animais e, adquire meios de defesa e prevenção, como também de cura. Terá sido quiçá, o início da medicina natural experimentada.
Quando o homem é confrontado com mais dor e cada vez mais doenças, atribuiu tudo isso aos espíritos maléficos e aos feiticeiros, julgando que a doença é um castigo de algum Deus e que os espíritos são a causa da doença. Assim surge a “medicina religiosa”.
O xamã era o sacerdote tradicional e com poderes para contatar com o mundo dos espíritos, com capacidade de fazer profecias e curas, provocando um estado de respeito e submissão das pessoas. É um poder exercido por pessoas carismáticas e, encaradas como intermediários entre o doente e os deuses, com poderes sobrenaturais.
Os primeiros médicos da história são os sacerdotes, que cumpriam rituais apropriados, faziam orações e ofertas a Deus, invocavam os espíritos e as forças dos deuses, necessárias à melhoria e salvação dos doentes.
Hipócrates rompe com o paradigma do sobrenatural e afirma: “nenhuma doença tem causa sobrenatural” e define um código de relação direta entre o profissional de saúde e o ser humano, sem necessidade de intermediários de forças ocultas. Refere-se ao comportamento e respeito entre seres humanos, instituindo o Código Deontológico, que culminaria no Juramento de Hipócritas: “Consagrar a minha vida ao serviço da humanidade e exercer a minha profissão segundo o preceito Primum non Nocere” (Primeiro que tudo, não prejudicar).
Hipócrates estabelece um novo paradigma relativamente à compreensão do ser humano, à doença e à saúde, estabelecendo um cariz científico para a medicina, quando afirma: “Se as doenças têm causas naturais, então essas doenças têm que ser tratadas com métodos e agentes naturais e não com artifícios sobrenaturais.” Com este pensamento e intervenção, a medicina mágico-religiosa dá lugar à medicina científica, baseada na sapiência, pelo estudo e pela prática. Vivia-se na Grécia a era do saber e desenvolveu-se a medicina grega com duas escolas e duas filosofias distintas: Escola de Cós: A escola de Hipócrates baseada na medicina holística e natural, que se viria a designar por Naturopatia - higiene e medicina natural. Escola de Cnidos: em oposição à escola de Hipócrates ensina medicina baseada nas doenças, que viria a ser designada de medicina alopática. (medicina química).
A HISTÓRIA DAS TERAPIAS NÃO CONVENCIONAIS
Opinião » 2018-02-15 » Juvenal SilvaNos primórdios, os povos tiveram de encontrar soluções para tratar as doenças e mazelas
Quando o ser humano surgiu no planeta, os animais já o habitavam e as plantas já existiam há mais de 400 milhões de anos. As plantas conforme hoje as conhecemos, evoluíram a partir de espécies de algas primitivas. O homem moderno, “Homo Sapiens”, ganhou forma e vida há cerca de 50.000 anos e, desde então, começou a fazer uso das plantas no tratamento das doenças, pelo que se poderá deduzir que a primeira medicina terá sido a fitoterapia.
Nos primórdios, os povos tiveram de encontrar soluções para tratar as doenças e mazelas, e a figura mais poderosa do clã ou da tribo assumia a função de líder que orientava e zelava pela saúde do seu povo, sendo conhecido por mágico e feiticeiro.
Utilizava as práticas mágicas, “medicina mágica” para alterar a realidade e manipular as forças da natureza com rituais, danças, rezas, benzeduras, defumadouros, amuletos e plantas alucinógenas para alterar os estados de consciência. A água tinha sempre um lugar de destaque nos rituais, por constituir o símbolo da purificação. A água terá sido o primeiro tratamento da humanidade. A VIDA NASCEU DA ÁGUA “O CALDO PRIMORDIAL”. Quando os animais se feriam ou estavam doentes, procuravam a água e as lamas (argila), como também procuravam e selecionavam plantas para se tratarem e curar. O homem atento e vigilante, vai acumulando conhecimentos, graças à aprendizagem com os animais e, adquire meios de defesa e prevenção, como também de cura. Terá sido quiçá, o início da medicina natural experimentada.
Quando o homem é confrontado com mais dor e cada vez mais doenças, atribuiu tudo isso aos espíritos maléficos e aos feiticeiros, julgando que a doença é um castigo de algum Deus e que os espíritos são a causa da doença. Assim surge a “medicina religiosa”.
O xamã era o sacerdote tradicional e com poderes para contatar com o mundo dos espíritos, com capacidade de fazer profecias e curas, provocando um estado de respeito e submissão das pessoas. É um poder exercido por pessoas carismáticas e, encaradas como intermediários entre o doente e os deuses, com poderes sobrenaturais.
Os primeiros médicos da história são os sacerdotes, que cumpriam rituais apropriados, faziam orações e ofertas a Deus, invocavam os espíritos e as forças dos deuses, necessárias à melhoria e salvação dos doentes.
Hipócrates rompe com o paradigma do sobrenatural e afirma: “nenhuma doença tem causa sobrenatural” e define um código de relação direta entre o profissional de saúde e o ser humano, sem necessidade de intermediários de forças ocultas. Refere-se ao comportamento e respeito entre seres humanos, instituindo o Código Deontológico, que culminaria no Juramento de Hipócritas: “Consagrar a minha vida ao serviço da humanidade e exercer a minha profissão segundo o preceito Primum non Nocere” (Primeiro que tudo, não prejudicar).
Hipócrates estabelece um novo paradigma relativamente à compreensão do ser humano, à doença e à saúde, estabelecendo um cariz científico para a medicina, quando afirma: “Se as doenças têm causas naturais, então essas doenças têm que ser tratadas com métodos e agentes naturais e não com artifícios sobrenaturais.” Com este pensamento e intervenção, a medicina mágico-religiosa dá lugar à medicina científica, baseada na sapiência, pelo estudo e pela prática. Vivia-se na Grécia a era do saber e desenvolveu-se a medicina grega com duas escolas e duas filosofias distintas: Escola de Cós: A escola de Hipócrates baseada na medicina holística e natural, que se viria a designar por Naturopatia - higiene e medicina natural. Escola de Cnidos: em oposição à escola de Hipócrates ensina medicina baseada nas doenças, que viria a ser designada de medicina alopática. (medicina química).
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
|
Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
O Flautista de Hamelin... |
» 2024-03-08
» Maria Augusta Torcato
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato |
» 2024-03-18
» Hélder Dias
Eleições "livres"... |
» 2024-03-08
» Jorge Carreira Maia
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia |
» 2024-03-08
» Pedro Ferreira
A carne e os ossos - pedro borges ferreira |