Agricultores - rui anastácio
Opinião » 2020-09-01 » Rui Anastácio"Não sabemos quantos “agricultores da bondade” existirão, serão certamente muitos milhões."
Falámos em Inglês. Não sei de onde vinham, vinham de bicicleta de bem longe, pela sua tez seriam originários do centro da Europa. Uma das bicicletas estava furada, com o pneu destroçado. Ofereci-lhes o meu spray antifuro. Recusaram.
Andariam 4 ou 5 km até à povoação mais próxima e eu teria uma longa estrada florestal pela frente, “o piso estava em muito mau estado”. A sua maior preocupação não era o furo mas sim um pequeno cão vagabundo com quem acabaram de se cruzar. O que iria ser daquele cão, eles teriam que fazer alguma coisa pelo pobre cão. Deixei-os com o cão. A sua preocupação era muito grande e autêntica. Iriam certamente fazer algo pelo cão.
Há pessoas que são colocadas no mundo não para o transformar, mas simplesmente para o melhorar com pequenos gestos de bondade. Não querem mudar o mundo, nem sequer querem mudar nada nas suas vidas. Apenas querem espalhar bondade. Ao longo das suas vidas, espalharão milhares de sementes de bondade e mudarão o mundo de forma discreta. O mundo, sem essas pessoas, seria um lugar muito mais sombrio.
Não sabemos quantos “agricultores da bondade” existirão, serão certamente muitos milhões. Terreno fértil não lhes falta. Não sei se são uma irmandade. Não sei se serão capazes de se reconhecer entre eles. Terão talvez um código. Devem, talvez, espalhar-se uniformemente pelo mundo, pois fazem falta em todo o lado.
Não pretendem controlar o mundo. Provavelmente, não pretendem sequer controlar as suas vidas. Não são gestores, nem chefes, nem presidentes de nada nem de ninguém. Apenas querem espalhar bondade.
Que o vento os ajude.
Agricultores - rui anastácio
Opinião » 2020-09-01 » Rui AnastácioNão sabemos quantos “agricultores da bondade” existirão, serão certamente muitos milhões.
Falámos em Inglês. Não sei de onde vinham, vinham de bicicleta de bem longe, pela sua tez seriam originários do centro da Europa. Uma das bicicletas estava furada, com o pneu destroçado. Ofereci-lhes o meu spray antifuro. Recusaram.
Andariam 4 ou 5 km até à povoação mais próxima e eu teria uma longa estrada florestal pela frente, “o piso estava em muito mau estado”. A sua maior preocupação não era o furo mas sim um pequeno cão vagabundo com quem acabaram de se cruzar. O que iria ser daquele cão, eles teriam que fazer alguma coisa pelo pobre cão. Deixei-os com o cão. A sua preocupação era muito grande e autêntica. Iriam certamente fazer algo pelo cão.
Há pessoas que são colocadas no mundo não para o transformar, mas simplesmente para o melhorar com pequenos gestos de bondade. Não querem mudar o mundo, nem sequer querem mudar nada nas suas vidas. Apenas querem espalhar bondade. Ao longo das suas vidas, espalharão milhares de sementes de bondade e mudarão o mundo de forma discreta. O mundo, sem essas pessoas, seria um lugar muito mais sombrio.
Não sabemos quantos “agricultores da bondade” existirão, serão certamente muitos milhões. Terreno fértil não lhes falta. Não sei se são uma irmandade. Não sei se serão capazes de se reconhecer entre eles. Terão talvez um código. Devem, talvez, espalhar-se uniformemente pelo mundo, pois fazem falta em todo o lado.
Não pretendem controlar o mundo. Provavelmente, não pretendem sequer controlar as suas vidas. Não são gestores, nem chefes, nem presidentes de nada nem de ninguém. Apenas querem espalhar bondade.
Que o vento os ajude.
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia » 2024-04-10 » Jorge Carreira Maia Existe, em Portugal, uma franja pequena do eleitorado que quer, deliberadamente, destruir a democracia, não suporta os regimes liberais, sonha com o retorno ao autoritarismo. Ao votar Chega, fá-lo racionalmente. Contudo, a explosão do eleitorado do partido de André Ventura não se explica por esse tipo de eleitores. |
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
» 2024-04-10
» Jorge Carreira Maia
As eleições e o triunfo do pensamento mágico - jorge carreira maia |