Regresso à escola… sim ou não? - anabela santos
"Uma coisa é certa: se esta situação de pandemia continuar e prevê-se que sim, não vai ficar tudo bem,"
Sim, pela aprendizagem, pela rotina, pelos hábitos de trabalho, pela socialização e afectos que não se devem perder. A decisão de fazer regressar os alunos à escola é, com alguma dúvida, a melhor escolha. É impensável continuar com o ensino à distância. Pode vir a ser a única solução (esperemos que não), mas todos sabemos que o que correu bem no último período do passado ano lectivo, foi um “correr bem” aparente. Não é necessário repetir o que foi escrito e reescrito. No entanto, parabéns ao ministério, directores, professores, auxiliares, alunos, pais, enfim, a todos os que estiveram envolvidos no processo de educação. Com muita resiliência e dentro do possível, o objectivo foi alcançado.
Agora vem o futuro, o início de um novo ano lectivo que continua a ter condições adversas.
– Vai começar tudo bem? – Não.
– Vai ficar tudo bem? – Não.
Pela falta de informação por parte do ministério, o que até considero natural pois deve estar “com os cabelos em pé” com tantas preocupações, indecisões e um medo terrível pela responsabilidade que tem pelas opções que irão ser tomadas, vivem, neste momento, pais, alunos e a própria escola, a ansiedade e a incerteza.
No entanto, uma coisa é certa: se esta situação de pandemia continuar e prevê-se que sim, não vai ficar tudo bem, começando desde logo com as condições que cada escola apresenta para receber dezenas ou centenas de miúdos. Se, em tempos normais, já temos a noção de que o espaço das escolas, havendo algumas excepções obviamente, é “curto” para manter os alunos e professores confortáveis e com boas condições de trabalho, como será agora quando toda a população escolar se vê obrigada a cumprir as regras de higiene e segurança indicadas pela DGS ?
Cumprimento das normas de entrada e saída dos alunos nas escolas, circuitos de circulação dentro das escolas, turmas com cerca de vinte ou vinte cinco alunos, horário de funcionamento, refeitório, casas de banho, bar, intervalos, máscaras, higienização do espaço, higienização de alunos, professores e auxiliares, distanciamento social, desigualdades sociais, crianças e professores de risco, poucos recursos humanos e pouco dinheiro… como será?
De uma forma um pouco egoísta digo: ainda bem que não sou eu a ter o poder de decisão. No entanto, tenho a minha opinião e espero estar enganada, mas não vai ser fácil.
Sabemos que não existem soluções ideais. Tudo irá depender de escola para escola. Apesar de já muito ter sido dito, aguardamos informações concretas no início de Setembro e acredito que tudo está a ser feito para garantir a segurança de todos e combater as desigualdades entre os alunos, mas também sei que o regresso terá muitas reservas e talvez não fique tudo bem.
Quero a nossa escola de volta!
Regresso à escola… sim ou não? - anabela santos
Uma coisa é certa: se esta situação de pandemia continuar e prevê-se que sim, não vai ficar tudo bem,
Sim, pela aprendizagem, pela rotina, pelos hábitos de trabalho, pela socialização e afectos que não se devem perder. A decisão de fazer regressar os alunos à escola é, com alguma dúvida, a melhor escolha. É impensável continuar com o ensino à distância. Pode vir a ser a única solução (esperemos que não), mas todos sabemos que o que correu bem no último período do passado ano lectivo, foi um “correr bem” aparente. Não é necessário repetir o que foi escrito e reescrito. No entanto, parabéns ao ministério, directores, professores, auxiliares, alunos, pais, enfim, a todos os que estiveram envolvidos no processo de educação. Com muita resiliência e dentro do possível, o objectivo foi alcançado.
Agora vem o futuro, o início de um novo ano lectivo que continua a ter condições adversas.
– Vai começar tudo bem? – Não.
– Vai ficar tudo bem? – Não.
Pela falta de informação por parte do ministério, o que até considero natural pois deve estar “com os cabelos em pé” com tantas preocupações, indecisões e um medo terrível pela responsabilidade que tem pelas opções que irão ser tomadas, vivem, neste momento, pais, alunos e a própria escola, a ansiedade e a incerteza.
No entanto, uma coisa é certa: se esta situação de pandemia continuar e prevê-se que sim, não vai ficar tudo bem, começando desde logo com as condições que cada escola apresenta para receber dezenas ou centenas de miúdos. Se, em tempos normais, já temos a noção de que o espaço das escolas, havendo algumas excepções obviamente, é “curto” para manter os alunos e professores confortáveis e com boas condições de trabalho, como será agora quando toda a população escolar se vê obrigada a cumprir as regras de higiene e segurança indicadas pela DGS ?
Cumprimento das normas de entrada e saída dos alunos nas escolas, circuitos de circulação dentro das escolas, turmas com cerca de vinte ou vinte cinco alunos, horário de funcionamento, refeitório, casas de banho, bar, intervalos, máscaras, higienização do espaço, higienização de alunos, professores e auxiliares, distanciamento social, desigualdades sociais, crianças e professores de risco, poucos recursos humanos e pouco dinheiro… como será?
De uma forma um pouco egoísta digo: ainda bem que não sou eu a ter o poder de decisão. No entanto, tenho a minha opinião e espero estar enganada, mas não vai ser fácil.
Sabemos que não existem soluções ideais. Tudo irá depender de escola para escola. Apesar de já muito ter sido dito, aguardamos informações concretas no início de Setembro e acredito que tudo está a ser feito para garantir a segurança de todos e combater as desigualdades entre os alunos, mas também sei que o regresso terá muitas reservas e talvez não fique tudo bem.
Quero a nossa escola de volta!
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() |
![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |