Fabrióleo
"É bom que se saiba que os efeitos cancerígenos de substâncias ou agentes físicos pode revelar-se em dias ou em décadas."
As notícias sobre processos intentados pela Fabrióleo contra Pedro Triguinho merecem algumas reflexões. Pedro Triguinho, recorde-se, havia acusado a Fabrióleo de ser causadora de cancros na população vítima da poluição produzida por aquela empresa. Ora, sendo esta acusação muito difícil de provar, a empresa processou-o por difamação.
Contudo (este ponto é muito importante), se a acusação do ambientalista é difícil de comprovar, não está de modo algum provado que a poluição provocada pela Fabrióleo não tenha sido ou venha a ser no futuro a causadora de cancros na população atingida. Isto é, esta empresa não tem qualquer prova de que os resíduos sejam isentos de efeitos cancerígenos. Pelo contrário: está provada à saciedade a toxicidade destes resíduos, mesmo que não se traduzam em cancros (e é bem provável que sejam cancerígenos).
É bom que se saiba que os efeitos cancerígenos de substâncias ou agentes físicos pode revelar-se em dias ou em décadas. Portanto, é ridículo que uma empresa, inegavelmente conspurcadora do meio ambiente, venha a terreiro mostrar-se ofendida com a acusação, um tanto ligeira é certo, de ter sido a causadora inequívoca de casos específicos de cancro entre as suas vítimas.
Embora os poderes legislativo e judicial tenham já dado sobejas mostras de protegerem os poluidores deste país, a Fabrióleo tem acumulado insucessos sempre que processa quem ousa denunciar os danos ambientais decorrentes da sua actividade. E não será, certamente, por culpa dos seus advogados. É que o direito de defesa ao bom nome degenerou nestes casos, numa espécie de terrorismo judiciário. O objectivo é intimidar, silenciar. Se por acaso aquela empresa viesse declarar que não é responsável por nenhum caso de cancro entre os habitantes sujeitos aos poluentes que impunemente continua a emitir, será que alguém pensaria em processá-la?
A manutenção da actividade poluidora da Fabrióleo é um exemplo da apatia portuguesa perante os crimes ambientais. A hipocrisia é de tal modo manifesta, que só quem quer enganar ou deixar-se enganar é que acredita na boa fé do poder, quer seja executivo, legislativo ou judicial, no que toca à defesa do meio ambiente. Mas o poder não está só no respaldo às práticas terroristas ambientais de vários agentes económicos. A generalidade dos comentadores políticos dos grandes meios de comunicação social, de forma sub-reptícia, vão intoxicando a opinião pública.
E quanto ao cidadão comum? A consciência ambiental anda pelas ruas da amargura. Basta ver a quantidade de plásticos ou de beatas semeados pelas ruas de Torres Novas para provar quão pouco preocupado está o cidadão comum com a herança que quer deixar às gerações vindouras.
Fabrióleo
É bom que se saiba que os efeitos cancerígenos de substâncias ou agentes físicos pode revelar-se em dias ou em décadas.
As notícias sobre processos intentados pela Fabrióleo contra Pedro Triguinho merecem algumas reflexões. Pedro Triguinho, recorde-se, havia acusado a Fabrióleo de ser causadora de cancros na população vítima da poluição produzida por aquela empresa. Ora, sendo esta acusação muito difícil de provar, a empresa processou-o por difamação.
Contudo (este ponto é muito importante), se a acusação do ambientalista é difícil de comprovar, não está de modo algum provado que a poluição provocada pela Fabrióleo não tenha sido ou venha a ser no futuro a causadora de cancros na população atingida. Isto é, esta empresa não tem qualquer prova de que os resíduos sejam isentos de efeitos cancerígenos. Pelo contrário: está provada à saciedade a toxicidade destes resíduos, mesmo que não se traduzam em cancros (e é bem provável que sejam cancerígenos).
É bom que se saiba que os efeitos cancerígenos de substâncias ou agentes físicos pode revelar-se em dias ou em décadas. Portanto, é ridículo que uma empresa, inegavelmente conspurcadora do meio ambiente, venha a terreiro mostrar-se ofendida com a acusação, um tanto ligeira é certo, de ter sido a causadora inequívoca de casos específicos de cancro entre as suas vítimas.
Embora os poderes legislativo e judicial tenham já dado sobejas mostras de protegerem os poluidores deste país, a Fabrióleo tem acumulado insucessos sempre que processa quem ousa denunciar os danos ambientais decorrentes da sua actividade. E não será, certamente, por culpa dos seus advogados. É que o direito de defesa ao bom nome degenerou nestes casos, numa espécie de terrorismo judiciário. O objectivo é intimidar, silenciar. Se por acaso aquela empresa viesse declarar que não é responsável por nenhum caso de cancro entre os habitantes sujeitos aos poluentes que impunemente continua a emitir, será que alguém pensaria em processá-la?
A manutenção da actividade poluidora da Fabrióleo é um exemplo da apatia portuguesa perante os crimes ambientais. A hipocrisia é de tal modo manifesta, que só quem quer enganar ou deixar-se enganar é que acredita na boa fé do poder, quer seja executivo, legislativo ou judicial, no que toca à defesa do meio ambiente. Mas o poder não está só no respaldo às práticas terroristas ambientais de vários agentes económicos. A generalidade dos comentadores políticos dos grandes meios de comunicação social, de forma sub-reptícia, vão intoxicando a opinião pública.
E quanto ao cidadão comum? A consciência ambiental anda pelas ruas da amargura. Basta ver a quantidade de plásticos ou de beatas semeados pelas ruas de Torres Novas para provar quão pouco preocupado está o cidadão comum com a herança que quer deixar às gerações vindouras.
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