EDITORIAL - O muro da vergonha da gestão socialista - editorial
Opinião » 2021-09-01
1. Uma das histórias que trazemos hoje em da edição destaque é paradigmática do que tem sido esta gestão socialista, afogada ano após ano, mês após mês, numa sequência imparável de casos que põe a nu a sua desorientação e laxismo, a falta de transparência, a política do esconde-esconde até serem apanhados, o governo para o facebook e para selfie (põem-se fotografias ao pé de três ou quatro carros que foram adquiridos, não estamos a gozar, afixa-se uma placa numa rua que se requalificou, valha-nos o santíssimo, outra placa porque um ministro visitou umas obras numas escola - a sério!-, vai-se a correr tirar fotos junto aos velhinhos que estão a ser vacinados, numa sucessão vertiginosa de imbecilidades infantis em que se alinham, pior que isso tudo, questões graves da governação como o caso da queixa-crime da nova farmácia, as visitas da Judiciária, as contratações de serviços de centenas de milhares de euros num carrossel de empresas, uma sempre a mesma com novo NIF, em associação com mais uma ou duas que rodam nas candidaturas em convites limitados, as obras ilegais à beira da estrada que só se conhecem quando já estão quase prontas, o assalto informático partidário a outra candidatura que deixou tudo na mesma, a vacina das sobras que tudo na mesma deixou, sem consequências, os contratos ruinosos que os torrejanos vão pagar por anos e anos, porque a dívida de muitos milhões continua a crescer e porque não há nada que se faça que não tenha de se recorrer a empréstimo, como o caso desta obra do muro no rio. Apesar da propaganda das contas direitas.
2. Do muro, do mais de meio milhão de euros que vai custar a incompetência socialista, tirarão os leitores as conclusões, tendo em vista os factos e os contornos do caso. E independentemente de os queixosos terem alguma razão ou não, em devido tempo ou agora, o que é notável é como se deixou arrastar uma situação de uma queda de meia dúzia de metros de muro para o rio (independentemente das causas e da origem, note-se), que foi como tudo começou, num cenário em que a autarquia, renegando a sua posição inicial e passando por cima de deliberações em contrário, vai agora fazer os torrejanos pagarem mais de meio milhão de euros pela brincadeira.
3. Já o caso das ciclovias mereceria um estudo aprofundado sobre as motivações e as verdadeiras razões de tão inútil empreitada, que o presidente da câmara já se apressou a explicar em conversa redonda de encher pneus e os megafones do costume a divulgar: no fundo, para já, e mais palavra estrangeira menos palavra estrangeira para baralhar e dar uma de cosmopolitismo bacôco, no fundo esta “instalação artística” é para fazer recordar aos automobilistas que aquelas são vias em que potencialmente poderão passar bicicletas. Espremido, é isto. E a gente a pensar que um cidadão, quando tira a carta, uma coisa básica que tem de aprender é que as vias são sítios em que potencialmente, além dos carros, poderão passar motocicletas, bicicletas ou carroças.
4. A desorientação, que se transforma em indigência no modo como o espaço público foi abandonado durante oito anos, abandonado até à exaustão (põem-se agora uns bancos-calhaus onde ninguém se senta, mais uns caixotes de lixo, um bocado de alcatrão aqui, uma passadeira ali, pinta-se sem vergonha, agora, a um mês das eleições, o muro da praça 5 de Outubro, a fazer pendant com o abusivo outdoor do candidato), a desorientação, dizia-se, atinge também a planificação (a falta dela), colocando cada um a fazer o que lhe dá na gana. Ao apanharem-se com alcatrão, as juntas de freguesia deram agora em pôr em prática uma agenda própria (própria de mais, com aconteceu em tristes casos de um passado recente e que parecem continuar), à revelia de um plano geral de prioridades na requalificação ou repavimentação de vias.
5. Autarcas e alcatrão, já se sabe, é um binómio explosivo, e autarcas e alcatrão em ano de eleições, dá geralmente em desastre. A pavimentação, com asfalto, de um caminho rural entre a Ribeira Ruiva e Lapas, situado em zonas de RAN e REN, e que por isso implicaria licença da CDCR e Direcção-geral da Agricultura, um caminho que integra as rotas dos caminhos de natureza de Torres Novas, é caso para merecer escrutínio e para levar até às últimas consequências, se for caso disso. Se não for assim, e a continuar as coisas com estão, entregues a gente que pensa que pode fazer o que quer porque teve a maioria dos votos (não pode, mas eles ainda não entenderam isso), arriscamo-nos a assistir, serenamente, à destruição daquilo que (ainda) temos e que vale pena proteger da ganância destes inveterados caçadores de votos.
EDITORIAL - O muro da vergonha da gestão socialista - editorial
Opinião » 2021-09-011. Uma das histórias que trazemos hoje em da edição destaque é paradigmática do que tem sido esta gestão socialista, afogada ano após ano, mês após mês, numa sequência imparável de casos que põe a nu a sua desorientação e laxismo, a falta de transparência, a política do esconde-esconde até serem apanhados, o governo para o facebook e para selfie (põem-se fotografias ao pé de três ou quatro carros que foram adquiridos, não estamos a gozar, afixa-se uma placa numa rua que se requalificou, valha-nos o santíssimo, outra placa porque um ministro visitou umas obras numas escola - a sério!-, vai-se a correr tirar fotos junto aos velhinhos que estão a ser vacinados, numa sucessão vertiginosa de imbecilidades infantis em que se alinham, pior que isso tudo, questões graves da governação como o caso da queixa-crime da nova farmácia, as visitas da Judiciária, as contratações de serviços de centenas de milhares de euros num carrossel de empresas, uma sempre a mesma com novo NIF, em associação com mais uma ou duas que rodam nas candidaturas em convites limitados, as obras ilegais à beira da estrada que só se conhecem quando já estão quase prontas, o assalto informático partidário a outra candidatura que deixou tudo na mesma, a vacina das sobras que tudo na mesma deixou, sem consequências, os contratos ruinosos que os torrejanos vão pagar por anos e anos, porque a dívida de muitos milhões continua a crescer e porque não há nada que se faça que não tenha de se recorrer a empréstimo, como o caso desta obra do muro no rio. Apesar da propaganda das contas direitas.
2. Do muro, do mais de meio milhão de euros que vai custar a incompetência socialista, tirarão os leitores as conclusões, tendo em vista os factos e os contornos do caso. E independentemente de os queixosos terem alguma razão ou não, em devido tempo ou agora, o que é notável é como se deixou arrastar uma situação de uma queda de meia dúzia de metros de muro para o rio (independentemente das causas e da origem, note-se), que foi como tudo começou, num cenário em que a autarquia, renegando a sua posição inicial e passando por cima de deliberações em contrário, vai agora fazer os torrejanos pagarem mais de meio milhão de euros pela brincadeira.
3. Já o caso das ciclovias mereceria um estudo aprofundado sobre as motivações e as verdadeiras razões de tão inútil empreitada, que o presidente da câmara já se apressou a explicar em conversa redonda de encher pneus e os megafones do costume a divulgar: no fundo, para já, e mais palavra estrangeira menos palavra estrangeira para baralhar e dar uma de cosmopolitismo bacôco, no fundo esta “instalação artística” é para fazer recordar aos automobilistas que aquelas são vias em que potencialmente poderão passar bicicletas. Espremido, é isto. E a gente a pensar que um cidadão, quando tira a carta, uma coisa básica que tem de aprender é que as vias são sítios em que potencialmente, além dos carros, poderão passar motocicletas, bicicletas ou carroças.
4. A desorientação, que se transforma em indigência no modo como o espaço público foi abandonado durante oito anos, abandonado até à exaustão (põem-se agora uns bancos-calhaus onde ninguém se senta, mais uns caixotes de lixo, um bocado de alcatrão aqui, uma passadeira ali, pinta-se sem vergonha, agora, a um mês das eleições, o muro da praça 5 de Outubro, a fazer pendant com o abusivo outdoor do candidato), a desorientação, dizia-se, atinge também a planificação (a falta dela), colocando cada um a fazer o que lhe dá na gana. Ao apanharem-se com alcatrão, as juntas de freguesia deram agora em pôr em prática uma agenda própria (própria de mais, com aconteceu em tristes casos de um passado recente e que parecem continuar), à revelia de um plano geral de prioridades na requalificação ou repavimentação de vias.
5. Autarcas e alcatrão, já se sabe, é um binómio explosivo, e autarcas e alcatrão em ano de eleições, dá geralmente em desastre. A pavimentação, com asfalto, de um caminho rural entre a Ribeira Ruiva e Lapas, situado em zonas de RAN e REN, e que por isso implicaria licença da CDCR e Direcção-geral da Agricultura, um caminho que integra as rotas dos caminhos de natureza de Torres Novas, é caso para merecer escrutínio e para levar até às últimas consequências, se for caso disso. Se não for assim, e a continuar as coisas com estão, entregues a gente que pensa que pode fazer o que quer porque teve a maioria dos votos (não pode, mas eles ainda não entenderam isso), arriscamo-nos a assistir, serenamente, à destruição daquilo que (ainda) temos e que vale pena proteger da ganância destes inveterados caçadores de votos.
Eleições "livres"... » 2024-03-18 » Hélder Dias |
Este é o meu único mundo! - antónio mário santos » 2024-03-08 » António Mário Santos Comentava João Carlos Lopes , no último Jornal Torrejano, de 16 de Fevereiro, sob o título Este Mundo e o Outro, partindo, quer do pessimismo nostálgico do Jorge Carreira Maia (Este não é o meu mundo), quer da importância da memória, em Maria Augusta Torcato, para resistir «à névoa que provoca o esquecimento e cegueira», quer «na militância política e cívica sempre empenhada», da minha autoria, num país do salve-se quem puder e do deixa andar, sempre à espera dum messias que resolva, por qualquer gesto milagreiro, a sua raiva abafada de nunca ser outra coisa que a imagem crónica de pobreza. |
Plantação intensiva: do corte à escovinha e tudo em fila aos horizontes metalificados - maria augusta torcato » 2024-03-08 » Maria Augusta Torcato Não sei se por causa das minhas origens ou simplesmente da minha natureza, há em mim algo, muito forte, que me liga a árvores, a plantas, a flores, a animais, a espaços verdes ou amarelos e amplos ou exíguos, a serras mais ou menos elevadas, de onde as neblinas se descolam e evolam pelos céus, a pedras, pequenas ou pedregulhos, espalhadas ou juntinhas e a regatos e fontes que jorram espontaneamente. |
A crise das democracias liberais - jorge carreira maia » 2024-03-08 » Jorge Carreira Maia A crise das democracias liberais, que tanto e a tantos atormenta, pode residir num conflito entre a natureza humana e o regime democrático-liberal. Num livro de 2008, Democratic Authority – a philosophical framework, o filósofo David. |
A carne e os ossos - pedro borges ferreira » 2024-03-08 » Pedro Ferreira Existe um paternalismo naqueles que desenvolvem uma compreensão do mundo extensiva que muitas vezes não lhes permite ver os outros, quiçá a si próprios, como realmente são. A opinião pública tem sido marcada por reflexões sobre a falta de memória histórica como justificação do novo mundo intolerante que está para vir, adivinho eu, devido à intenção de voto que se espera no CHEGA. |
O Flautista de Hamelin... » 2024-02-28 » Hélder Dias |
Este mundo e o outro - joão carlos lopes » 2024-02-22 Escreve Jorge Carreira Maia, nesta edição, ter a certeza de que este mundo já não é o seu e que o mundo a que chamou seu acabou. “Não sei bem qual foi a hora em que as coisas mudaram, em que a megera da História me deixou para trás”, vai ele dizendo na suas palavras sempre lúcidas e brilhantes, concluindo que “vivemos já num mundo tenebroso, onde os clowns ainda não estão no poder, mas este já espera por eles, para que a História satisfaça a sua insaciável sede de sangue e miséria”. |
2032: a redenção do Planeta - jorge cordeiro simões » 2024-02-22 » Jorge Cordeiro Simões
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Avivar a memória - antónio gomes » 2024-02-22 » António Gomes Há dias atrás, no âmbito da pré-campanha eleitoral, visitei o lugar onde passei a maior parte da minha vida (47 anos), as oficinas da CP no Entroncamento. Não que tivesse saudades, mas o espaço, o cheiro e acima de tudo a oportunidade de rever alguns companheiros que ainda por lá se encontram, que ainda lá continuam a vender a sua força de trabalho, foi uma boa recompensa. |
Eleições, para que vos quero! - antónio mário santos » 2024-02-22 Quando me aborreço, mudo de canal. Vou seguindo os debates eleitorais televisivos, mas, saturado, opto por um filme no SYFY, onde a Humanidade tenta salvar com seus heróis americanizados da Marvel o planeta Terra, em vez de gramar as notas e as opiniões dos comentadores profissionais e partidocratas que se esfalfam na crítica ou no elogio do seu candidato de estimação. |
» 2024-02-28
» Hélder Dias
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» 2024-03-08
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