• SOCIEDADE-  • CULTURA  • DESPORTO  • OPINIÃO
  Terça, 22 Outubro 2024    •      Directora: Inês Vidal; Director-adjunto: João Carlos Lopes    •      Estatuto Editorial    •      História do JT
   Pesquisar...
Sex.
 18° / 12°
Períodos nublados
Qui.
 24° / 13°
Céu nublado
Qua.
 25° / 14°
Céu limpo
Torres Novas
Hoje  25° / 13°
Períodos nublados
       #Alcanena    #Entroncamento    #Golega    #Barquinha    #Constancia 

Agora, também às cegas - antónio gomes

Opinião  »  2024-06-11  »  António Gomes

A Assembleia Municipal de Torres Novas inaugurou um novo método de decisão. Até agora, acontecia de quando em vez, sem debate ou contraditório, apenas decidia porque as maiorias absolutas assim votavam, assumindo-se como travão ao debate e à transparência.

Mas agora ainda foram mais longe, foram apresentados pedidos de autorização prévia de empréstimos bancários no valor de 6 milhões de euros. A Assembleia Municipal foi confrontada com estes números, sem debate, sem explicação e, mais grave, sem qualquer informação acerca dos projectos onde irá ser aplicado este dinheiro.

Decisão às cegas.

Todos os membros da Assembleia Municipal têm o direito a serem informados das propostas que são chamados a votar; além do direito, também têm o dever de votar devidamente informados, é uma regra básica da democracia. No caso em presença, a informação sobre os investimentos, muito incompleta, só apareceu por insistência dos autarcas do BE.

Também a mesa da Assembleia Municipal tem de zelar pelo funcionamento democrático da Assembleia - a falta de informação para decidir não pode ser aceite por ninguém, muito menos pela mesa.

Foi decidido autorizar o executivo camarário a pedir 2,8 milhões de euros para obras no Estádio Municipal. Pode-se concordar com os objectivos propostos, mas não existe memória descritiva que informe e esclareça o que se pretende fazer; falou-se em construir um campo relvado alternativo nas Lapas, mas o presidente informou, na própria sessão, que afinal o dito campo vai ser na Meia Via (?).

Ainda para esta rubrica, no Orçamento para 2024 está previsto um empréstimo de 1,5 milhões, mas agora acrescentaram-lhe mais 1,3 milhões, sem qualquer explicação: trabalhar assim não é muito sério.

Também foi votado 1,8 milhões para a pavimentação em São Pedro, no centro histórico da cidade, uma zona critica que precisa há muito de atenção.

Mas o que é isso de pavimentação? Sem memória descritiva rigorosa e explicativa não é fácil votar em consciência, nem a opinião pública sabe o que se vai passar nem tão pouco a Assembleia Municipal… Ficámos a saber que vão realizar-se obras na rua 1º de Dezembro e sabe-se que está previsto, é intenção, retirar a circulação automóvel de um dos tabuleiros na Ponte do Raro e no outro ter apenas um sentido. Talvez seja uma solução interessante, mas votar sem projectos aprovados, é votar às cegas.

Também a rede viária foi contemplada com 1,4 milhões, mas na informação prestada, à posteriori, apenas se sabe quanto dinheiro vai ser aplicado em cada freguesia, mais uma vez nada de projectos, nada de ruas/estradas a serem intervencionadas, nada de prioridades.

Bem sei que este dinheiro é a base para a campanha eleitoral das próximas eleições autárquicas, mas caramba, exige-se o mínimo de rigor, transparência e respeito pelos órgãos eleitos.

Assim foi inaugurado um novo paradigma para as decisões da Assembleia Municipal, sem informação, sem rigor, às cegas.


 

 

 Outras notícias - Opinião


30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes »  2024-09-30  »  João Carlos Lopes

Dir-se-ia que três décadas passaram num ápice. No entanto, foram cerca de 11 mil dias iguais a outros 11 mil dias dos que passaram e dos que hão-de vir. Temos, felizmente, uma concepção e uma percepção emocional da história, como se o corpo vivo da sociedade tivesse os mesmos humores da biologia humana.
(ler mais...)


Não tenho nada para dizer - carlos tomé »  2024-09-23  »  Carlos Tomé

Quando se pergunta a alguém, que nunca teve os holofotes apontados para si, se quer ser entrevistado para um jornal local ou regional, ele diz logo “Entrevistado? Mas não tenho nada para dizer!”.

 Essa é a resposta que surge mais vezes de gente que nunca teve possibilidade de dar a sua opinião ou de contar um episódio da sua vida, só porque acha que isso não é importante,

 Toda a gente está inundada pelos canhenhos oficiais do que é importante para a nossa vida e depois dessa verdadeira lavagem ao cérebro é mais que óbvio que o que dizem que é importante está lá por cima a cagar sentenças por tudo e por nada.
(ler mais...)


Três décadas a dar notícias - antónio gomes »  2024-09-23  »  António Gomes

Para lembrar o 30.º aniversário do renascimento do “Jornal Torrejano”, terei de começar, obrigatoriamente, lembrando aqui e homenageando com a devida humildade, o Joaquim da Silva Lopes, infelizmente já falecido.
(ler mais...)


Numa floresta de lobos o Jornal Torrejano tem sido o seu Capuchinho Vermelho - antónio mário santos »  2024-09-23  »  António Mário Santos

Uma existência de trinta anos é um certificado de responsabilidade.

Um jornal adulto. Com tarimba, memória, provas dadas. Nasceu como uma urgência local duma informação séria, transparente, num concelho em que a informação era controlada pelo conservadorismo católico e o centrismo municipal subsidiado da Rádio Local.
(ler mais...)


Trente Glorieuses - carlos paiva »  2024-09-23  »  Carlos Paiva

Os gloriosos trinta, a expressão original onde me fui inspirar, tem pouco que ver com longevidade e muito com mudança, desenvolvimento, crescimento, progresso. Refere-se às três décadas pós segunda guerra mundial, em que a Europa galopou para se reconstruir, em mais dimensões que meramente a literal.
(ler mais...)


30 anos contra o silêncio - josé mota pereira »  2024-09-23  »  José Mota Pereira

Nos cerca de 900 anos de história, se dermos como assente que se esta se terá iniciado com as aventuras de D. Afonso Henriques nesta aba da Serra de Aire, os 30 anos de vida do “Jornal Torrejano”, são um tempo muito breve.
(ler mais...)


A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia »  2024-09-23  »  Jorge Carreira Maia

Quando se avalia o crescimento da extrema-direita, raramente se dá atenção à dimensão cultural. Esta é rasurada de imediato pois considera-se que quem apoia o populismo radical é, por natureza, inculto, crente em teorias da conspiração e se, por um acaso improvável, consegue distinguir o verdadeiro do falso, é para escolher o falso e escarnecer o verdadeiro.
(ler mais...)


Falta poesia nos corações (ditos) humanos »  2024-09-19  »  Maria Augusta Torcato

No passado mês de agosto revisitei a peça de teatro de Bertolt Brecht “Mãe coragem”. O espaço em que a mesma foi representada é extraordinário, as ruínas do Convento do Carmo. A peça anterior a que tinha assistido naquele espaço, “As troianas”, também me havia suscitado a reflexão sobre o modo como as situações humanas se vão repetindo ao longo dos tempos.
(ler mais...)


Ministro ou líder do CDS? »  2024-09-17  »  Hélder Dias

Olivença... »  2024-09-17  »  Hélder Dias
 Mais lidas - Opinião (últimos 30 dias)
»  2024-09-30  »  João Carlos Lopes 30 anos: o JT e a política - joão carlos lopes
»  2024-09-23  »  António Mário Santos Numa floresta de lobos o Jornal Torrejano tem sido o seu Capuchinho Vermelho - antónio mário santos
»  2024-09-23  »  António Gomes Três décadas a dar notícias - antónio gomes
»  2024-09-23  »  Carlos Tomé Não tenho nada para dizer - carlos tomé
»  2024-09-23  »  Jorge Carreira Maia A dimensão intelectual da extrema-direita - jorge carreira maia