Certamente estou errado- antónio gomes
"“Às vezes o centro ainda serve para alguma coisa, outros interesses que não os das pessoas que teimam em não o abandonar, como o caso do encerramento do parque de estacionamento por 15 dias."
Recentemente, assistimos à colocação da 1.ª pedra daquilo que virá a ser um novo restaurante de comida ao “pacote” numa zona da cidade onde já se encontram outros dois do mesmo género. Quero aqui declarar que a comida ali servida não faz o meu estilo, mas também declaro que não tenho nada com isso, cada um é como cada qual, os gostos não se discutem e pelos vistos clientes não faltam. Por mais campanhas sobre alimentação e saúde que se façam, a coisa não muda. Não é por acaso que estes estabelecimentos estão situados junto a uma escola. Fica mesmo a calhar.
Sabemos que o lançamento da 1.ª pedra teve honras de primeira figura do burgo e o apadrinhamento da festa teve também o acompanhamento de outras figuras da edilidade torrejana, não sei se ficaram logo convidados para a inauguração do dito para provar as “asinhas de frango”. Até aqui tudo bem, tudo de acordo com a normalidade a que já nos habituámos.
Mas dou comigo a pensar no centro histórico da cidade, aquele pedaço de território outrora centro da actividade e da vida torrejana e que há várias décadas está abandonado e ostracizado pelo poder político local, em ruínas, sem gente e sem alma.
A pergunta já é velha, mas a resposta nunca a obtivemos: porque é que as apostas do poder político de há décadas para cá foram todas sendo feitas na periferia da cidade, agora na zona da av. Andrade Corvo, antes tinha sido junto ao Bairro do Nicho s e também na zona das Ferrarias, ou em sítios mais ou menos dispersos, conforme o interesse das várias cadeias de hipermercados.
O tal centro viu-se assim despejado e maltratado de qualquer investimento público que ajudasse as pessoas, a actividade comercial, a resistir e a ganhar novos alentos.
Mas, ironia das ironias, às vezes o centro ainda serve para alguma coisa, outros interesses que não os das pessoas que teimam em não o abandonar, como o caso do encerramento do parque de estacionamento por 15 dias. É paradigmático! Encontrar lugar para estacionar é uma necessidade para quem trabalha e frequenta o centro histórico da cidade.
Isto sou eu a dizer mal, certamente estou errado, a julgar pelos resultados eleitorais conhecidos.
Certamente estou errado- antónio gomes
“Às vezes o centro ainda serve para alguma coisa, outros interesses que não os das pessoas que teimam em não o abandonar, como o caso do encerramento do parque de estacionamento por 15 dias.
Recentemente, assistimos à colocação da 1.ª pedra daquilo que virá a ser um novo restaurante de comida ao “pacote” numa zona da cidade onde já se encontram outros dois do mesmo género. Quero aqui declarar que a comida ali servida não faz o meu estilo, mas também declaro que não tenho nada com isso, cada um é como cada qual, os gostos não se discutem e pelos vistos clientes não faltam. Por mais campanhas sobre alimentação e saúde que se façam, a coisa não muda. Não é por acaso que estes estabelecimentos estão situados junto a uma escola. Fica mesmo a calhar.
Sabemos que o lançamento da 1.ª pedra teve honras de primeira figura do burgo e o apadrinhamento da festa teve também o acompanhamento de outras figuras da edilidade torrejana, não sei se ficaram logo convidados para a inauguração do dito para provar as “asinhas de frango”. Até aqui tudo bem, tudo de acordo com a normalidade a que já nos habituámos.
Mas dou comigo a pensar no centro histórico da cidade, aquele pedaço de território outrora centro da actividade e da vida torrejana e que há várias décadas está abandonado e ostracizado pelo poder político local, em ruínas, sem gente e sem alma.
A pergunta já é velha, mas a resposta nunca a obtivemos: porque é que as apostas do poder político de há décadas para cá foram todas sendo feitas na periferia da cidade, agora na zona da av. Andrade Corvo, antes tinha sido junto ao Bairro do Nicho s e também na zona das Ferrarias, ou em sítios mais ou menos dispersos, conforme o interesse das várias cadeias de hipermercados.
O tal centro viu-se assim despejado e maltratado de qualquer investimento público que ajudasse as pessoas, a actividade comercial, a resistir e a ganhar novos alentos.
Mas, ironia das ironias, às vezes o centro ainda serve para alguma coisa, outros interesses que não os das pessoas que teimam em não o abandonar, como o caso do encerramento do parque de estacionamento por 15 dias. É paradigmático! Encontrar lugar para estacionar é uma necessidade para quem trabalha e frequenta o centro histórico da cidade.
Isto sou eu a dizer mal, certamente estou errado, a julgar pelos resultados eleitorais conhecidos.
![]() Imagino que as últimas eleições terão sido oportunidade para belos e significativos encontros. Não é difícil pensar, sem ficar fora da verdade, que, em muitas empresas, patrões e empregados terão ambos votado no Chega. |
![]() "Hire a clown, get a circus" * Ele é antissistema. Prometeu limpar o aparelho político de toda a corrupção. Não tem filtros e, como o povo gosta, “chama os bois pelo nome”, não poupando pessoas ou entidades. |
![]() A eleição de um novo Papa é um acontecimento sempre marcante, apesar de se viver, na Europa, em sociedades cada vez mais estranhas ao cristianismo. Uma das grandes preocupações, antes, durante e após a eleição de Leão XIV, era se o sucessor de Francisco seria conservador ou progressista. |
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![]() Agora que nos estamos a aproximar, no calendário católico, da Páscoa, talvez valha a pena meditar nos versículos 36, 37 e 38, do Capítulo 18, do Evangelho de João. Depois de entregue a Pôncio Pilatos, Jesus respondeu à pergunta deste: Que fizeste? Dito de outro modo: de que és culpado? Ora, a resposta de Jesus é surpreendente: «O meu reino não é deste mundo. |