Torres Novas: antigo lagar de varas e moinho de água do Caldeirão vão ser reabilitados
Cultura » 2022-04-29
Um antigo lagar de varas e um moinho, postos a descoberto durante os trabalhos de reabilitação da central do Caldeirão e espaços limítrofes, vão ver os seus vestígios salvaguardados e algumas das suas estruturas reabilitadas, passando a integrar, com a própria Central, um significativo núcleo do património industrial e proto-industrial da vila de Torres Novas.
De facto, foi aprovada na reunião camarária de 5 de Abril a adjudicação, e minuta de contrato, da empreitada «Parque Almonda – Moinho dos Duques, Rua do Caldeirão e Rua do Centro Republicano» à empresa Canas Engenharia e Construção, S.A. pelo valor de cerca de 400 mil euros, e com um prazo de execução de 210 dias.
Com se disse, no decorrer da empreitada de arranjos exteriores do Almonda Parque, na zona norte da intervenção, durante o acompanhamento arqueológico, foram encontrados um conjunto de infraestruturas de dois complexos proto-industriais datados da Época Moderna. No local, vulgarmente designado de «Moinhos do Duque», foram colocadas a descoberto várias infraestruturas que, em complemento das já conhecidas, estruturam um lagar de azeite de três varas e os negativos de um moinho de cereal do qual só se conhecia a estrutura criptopórtica relacionada com a gestão da motorização hidráulica.
Esta empreitada agora adjudicada pela Câmara intervém nos dois complexos arqueológicos proto-industriais. No lagar de varas, a intervenção prevê a restruturação do moinho, do perfil de alvenaria de acesso às prensas de varas com integração das tarefas, com acabamento do piso conforme o paisagismo já definido pelo próprio Parque Almonda, nomeadamente em verde com a correspondente rede de rega.
No que diz respeito ao moinho de cereal, os trabalhos previstos visam valorizar o piso da infraestrutura e os respetivos negativos dos antigos engenhos, assim como, ao nível inferior, da estrutura criptopórtica das levadas de água, realizar a sua consolidação e enrocamento de base e iluminação rematado o espaço de intervenção com uma guarda metálica.
Está ainda prevista a demolição e remoção da tarambola existente e o fornecimento e montagem de uma nova nos materiais e acabamentos iguais à actual, incluindo todos os acessórios, componentes mecânicos e fixações necessários ao seu correcto acabamento e funcionamento.
No âmbito das lógicas de mobilidade e de circulação, o plano de trabalhos prevê um pavimento do tipo pedonal para a rua do Caldeirão até à escadaria da Central do Caldeirão e a partir dessa a sua ligação ao Parque Almonda pelo espaço compreendido entre o tardoz do Moinho dos Duques e o edifício onde funciona o espaço comercial denominado de "Trampolim".
Do lado oposto da intervenção dos "Arranjos Exteriores do Almonda Parque", propõe-se prolongar a solução de pavimentos e de mobilidade da "Zona de Coexistência do Centro Histórico" desde o Largo D. Diogo Fernandes de Almeida até à rotunda do Nogueiral integrando desta forma o Parque Almonda na Zona de Coexistência através da rua do Centro Republicano.
Por último, os trabalhos preveem consolidar parte dos muros da margem direita do Rio Almonda oposto à intervenção dos "Arranjos Exteriores do Almonda Parque" através do preenchimento de lacunas com soluções de injeção de caldas de argamassa e proteção da estrutura primária em estacaria com pedra rachão arrumada.
Torres Novas: antigo lagar de varas e moinho de água do Caldeirão vão ser reabilitados
Cultura » 2022-04-29Um antigo lagar de varas e um moinho, postos a descoberto durante os trabalhos de reabilitação da central do Caldeirão e espaços limítrofes, vão ver os seus vestígios salvaguardados e algumas das suas estruturas reabilitadas, passando a integrar, com a própria Central, um significativo núcleo do património industrial e proto-industrial da vila de Torres Novas.
De facto, foi aprovada na reunião camarária de 5 de Abril a adjudicação, e minuta de contrato, da empreitada «Parque Almonda – Moinho dos Duques, Rua do Caldeirão e Rua do Centro Republicano» à empresa Canas Engenharia e Construção, S.A. pelo valor de cerca de 400 mil euros, e com um prazo de execução de 210 dias.
Com se disse, no decorrer da empreitada de arranjos exteriores do Almonda Parque, na zona norte da intervenção, durante o acompanhamento arqueológico, foram encontrados um conjunto de infraestruturas de dois complexos proto-industriais datados da Época Moderna. No local, vulgarmente designado de «Moinhos do Duque», foram colocadas a descoberto várias infraestruturas que, em complemento das já conhecidas, estruturam um lagar de azeite de três varas e os negativos de um moinho de cereal do qual só se conhecia a estrutura criptopórtica relacionada com a gestão da motorização hidráulica.
Esta empreitada agora adjudicada pela Câmara intervém nos dois complexos arqueológicos proto-industriais. No lagar de varas, a intervenção prevê a restruturação do moinho, do perfil de alvenaria de acesso às prensas de varas com integração das tarefas, com acabamento do piso conforme o paisagismo já definido pelo próprio Parque Almonda, nomeadamente em verde com a correspondente rede de rega.
No que diz respeito ao moinho de cereal, os trabalhos previstos visam valorizar o piso da infraestrutura e os respetivos negativos dos antigos engenhos, assim como, ao nível inferior, da estrutura criptopórtica das levadas de água, realizar a sua consolidação e enrocamento de base e iluminação rematado o espaço de intervenção com uma guarda metálica.
Está ainda prevista a demolição e remoção da tarambola existente e o fornecimento e montagem de uma nova nos materiais e acabamentos iguais à actual, incluindo todos os acessórios, componentes mecânicos e fixações necessários ao seu correcto acabamento e funcionamento.
No âmbito das lógicas de mobilidade e de circulação, o plano de trabalhos prevê um pavimento do tipo pedonal para a rua do Caldeirão até à escadaria da Central do Caldeirão e a partir dessa a sua ligação ao Parque Almonda pelo espaço compreendido entre o tardoz do Moinho dos Duques e o edifício onde funciona o espaço comercial denominado de "Trampolim".
Do lado oposto da intervenção dos "Arranjos Exteriores do Almonda Parque", propõe-se prolongar a solução de pavimentos e de mobilidade da "Zona de Coexistência do Centro Histórico" desde o Largo D. Diogo Fernandes de Almeida até à rotunda do Nogueiral integrando desta forma o Parque Almonda na Zona de Coexistência através da rua do Centro Republicano.
Por último, os trabalhos preveem consolidar parte dos muros da margem direita do Rio Almonda oposto à intervenção dos "Arranjos Exteriores do Almonda Parque" através do preenchimento de lacunas com soluções de injeção de caldas de argamassa e proteção da estrutura primária em estacaria com pedra rachão arrumada.
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