Chocos na serra de Aire: olha a nossa sorte!
Sociedade » 2020-03-08
Isso foi em muito antigas eras geológicas, claro está: moluscos e bicharada similar era o que mais havia nos grandes charcos da região, muito antes dos humores tectónicos desenharem as curvas sensuais da Serra de Aire e esta, senhora do seu nariz, conter essas forças brutais e num braço de ferro com as profundezas deixar que um arrife se empertigasse, desde o lado de onde se põe o sol até ao outro, varanda de pedra e al-qaeda, “a base”, a base da serra, pois, que deu nome, no linguajar arábico, à aldeia mais antiga do redor.
Chocos na Serra de Aire não é, assim, grande novidade ou bizarria por estes lados, quem diria. Mas quiseram outros enredos, esses mais humanos e menos geológicos, que Célia Pacheco, dos Pachecos do Pedrógão, se virasse um dia para Setúbal por insondáveis razões do destino e dali viesse marido à rede. E quem fala em Setúbal, fala em chocos fritos, embora também possa falar de salmonetes e outros tesouros desse mar azul e verde arrábido.
Ao que interessa: a páginas tantas, onde outrora esteve o Picaró, ali mesmo na rua que atravessa Pedrógão de Aire e que toda a gente conhece por causa da Casa do Vale e da filarmónica, a fazer 145 anos, está agora, mesmo antes de virarmos para Alqueidão, a “Casa do Choco Frito Setubalense”. A prova, repetida para evitar precipitações, não engana: ali, à sombra da Serra de Aire, faz-se jus aos melhores chocos fritos à setubalense, um pitéu guloso e criteriosamente preparado, tenro e suculento, acompanhado por batatas fritas também elas torturadas com cuidado, talvez apresentadas em quantidade exagerada, mas isso não é critério que vem ao caso.
Antes dos chocos, entretanto. Por sorte, por competência, simplesmente será sempre assim? A verdade é que também a sopa de peixe apresentava uma confecção de grau superior, raramente assim vista por essas quitandas e casas de pasto, muito menos em comedouros de extração mais finória. Tudo conforme: até o paté e os queijinhos de entreter são coisas levadas com seriedade.
Ficamos assim: um rasgado louvor a Célia Pacheco e consorte. Com sorte nossa por termos ao pé da porta uma casa que justifica, plenamente, um passeio ao Pedrógão. J.C.L.
Chocos na serra de Aire: olha a nossa sorte!
Sociedade » 2020-03-08Isso foi em muito antigas eras geológicas, claro está: moluscos e bicharada similar era o que mais havia nos grandes charcos da região, muito antes dos humores tectónicos desenharem as curvas sensuais da Serra de Aire e esta, senhora do seu nariz, conter essas forças brutais e num braço de ferro com as profundezas deixar que um arrife se empertigasse, desde o lado de onde se põe o sol até ao outro, varanda de pedra e al-qaeda, “a base”, a base da serra, pois, que deu nome, no linguajar arábico, à aldeia mais antiga do redor.
Chocos na Serra de Aire não é, assim, grande novidade ou bizarria por estes lados, quem diria. Mas quiseram outros enredos, esses mais humanos e menos geológicos, que Célia Pacheco, dos Pachecos do Pedrógão, se virasse um dia para Setúbal por insondáveis razões do destino e dali viesse marido à rede. E quem fala em Setúbal, fala em chocos fritos, embora também possa falar de salmonetes e outros tesouros desse mar azul e verde arrábido.
Ao que interessa: a páginas tantas, onde outrora esteve o Picaró, ali mesmo na rua que atravessa Pedrógão de Aire e que toda a gente conhece por causa da Casa do Vale e da filarmónica, a fazer 145 anos, está agora, mesmo antes de virarmos para Alqueidão, a “Casa do Choco Frito Setubalense”. A prova, repetida para evitar precipitações, não engana: ali, à sombra da Serra de Aire, faz-se jus aos melhores chocos fritos à setubalense, um pitéu guloso e criteriosamente preparado, tenro e suculento, acompanhado por batatas fritas também elas torturadas com cuidado, talvez apresentadas em quantidade exagerada, mas isso não é critério que vem ao caso.
Antes dos chocos, entretanto. Por sorte, por competência, simplesmente será sempre assim? A verdade é que também a sopa de peixe apresentava uma confecção de grau superior, raramente assim vista por essas quitandas e casas de pasto, muito menos em comedouros de extração mais finória. Tudo conforme: até o paté e os queijinhos de entreter são coisas levadas com seriedade.
Ficamos assim: um rasgado louvor a Célia Pacheco e consorte. Com sorte nossa por termos ao pé da porta uma casa que justifica, plenamente, um passeio ao Pedrógão. J.C.L.
Torres Novas: “Comemorações Populares” do 25 de Abril » 2024-04-22 Em simultâneo com as comemorações levadas a efeito pelo município, realizam-se também no concelho outras iniciativas: no dia 23 há um debate sobre mediação cultural no Museu Agrícola de Riachos, às 11 horas, às 19 uma sessão musical no auditório da biblioteca de Torres Novas, com a participação do coro de Alcorriol e da Banda Operária, no dia 25 de Abril um almoço comemorativo no Hotel dos Cavaleiros, uma arruada com desfile popular da praça 5 de Outubro para o Parque da Liberdade, às 15H0 e pelas 17H, no largo da Igreja Velha, em Riachos, uma sessão musical promovida pelo Paralelo 39. |
25 de Abril em Alcanena: Ana Lains com António Saiote » 2024-04-22 O programa de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril terá início no dia 24 de Abril, quarta-feira, com o concerto comemorativo “António Saiote convida Ana Laíns, às 21:30h, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, seguido da atuação do DJ Pedro Galinha, às 23:30h (ambos de entrada livre). |
MÚSICA: Rui Veloso em Alcanena » 2024-04-22 Integrado no programa de comemorações do 110.º aniversário da Fundação do Concelho de Alcanena, terá lugar, no dia 8 de Maio, quarta-feira, às 21h30, na Praça 8 de Maio, em Alcanena, um concerto de Rui Veloso, um dos grandes nomes da música portuguesa e um dos mais influentes, com uma carreira repleta de sucessos, que atravessam gerações. |
Comemorações do 50.º aniversário do 25 de abril, em Torres Novas » 2024-04-22 O Município de Torres Novas assinala o Dia da Liberdade com um programa comemorativo do 50.º aniversário do 25 de abril de 1974, que inclui a sessão solene, a decorrer pela manhã, no Parque da Liberdade, onde à tarde serão homenageados os presos políticos naturais e residentes em Torres Novas à altura em que foram detidos. |
Renova: arquivado processo contra cidadãos que passaram dia da Espiga junto à nascente do rio Almonda » 2024-04-22 O Ministério Público mandou arquivar, por falta de provas, a participação movida pela empresa Renova contra vários cidadãos que passaram o ‘Dia da Espiga’ junto à nascente do Rio Almonda, alegando “danos e invasão de propriedade privada”. |
PUBLICIDADE INSTITUCIONAL - Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria Assembleia Geral CONVOCATÓRIA » 2024-04-10 Centro Social Santa Eufémia – Chancelaria Assembleia Geral CONVOCATÓRIA Nos termos do artigo 29.º, alínea a, do número 2, convoco as/os Exma(o)s associada(o)s para uma Assembleia Geral ordinária, a realizar no próximo dia 28 de abril de 2024, pelas 15H00, nas instalações do Centro. |
Espectáculo de porcos em Riachos causa estranheza » 2024-04-08 Anunciava-se no cartaz das actividades do dia 7 de Abril, domingo, da Associação Equestre Riachense, como “porcalhada”. Mas estaria longe de imaginar-se que o espectáculo prometido seria um exercício de perseguição a um leitão, num chiqueiro, até o animal, aterrorizado, ser atirado para dentro de um recipiente situado no meio do recinto. |
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Paulo Ganhão Simões, presidente da Junta de Pedrógão: “Só se consegue tentar reverter a desertificação com mais investimento público” » 2024-03-21 Diz que é uma pessoa diferente após esta já longa carreira de autarca e que também ficou com uma percepção mais rica do que é o território da sua freguesia. Considera que contribuiu para mitigar antigos antagonismos, faz um balanço positivo da sua acção, mas ainda tem projectos por finalizar, entre eles uma melhor ligação à sede do concelho. |
Bombeiros: a saga continua, agora para destituição da mesa da assembleia geral » 2024-03-20 Quando se pensava que as eleições para a direcção da AHBVT iriam dar lugar a um momento de acalmia na vida da associação, eis que um grupo de associados pediu a Arnaldo Santos, presidente da assembleia geral, a convocação de uma assembleia geral extraordinária para destituir, note-se, a própria mesa da assembleia geral. |