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Autárquicas em contagem decrescente: freguesias mobilizam centenas de candidatos

Sociedade  »  2017-08-28 

São mais de 40 cabeças de lista e várias centenas os candidatos às várias assembleias de freguesia do concelho de Torres Novas. Partido Socialista, Bloco de Esquerda e CDU vão a todas as freguesias. Comunistas apresentam “lista-surpresa” na Chancelaria.

As eleições autárquicas do dia 1 de Outubro estão a movimentar um número considerável de fregueses no concelho de Torres Novas. Ao todo existem 42 listas às 10 assembleias de freguesia, o que perfaz 516 pessoas alistadas - cada candidatura comporta no mínimo 12 elementos, com excepção às uniões de freguesia da cidade, que têm 18 elementos.

 As freguesias são, no poder local autárquico, as instituições que estão mais abaixo da cadeia, depois das câmaras e comunidades intermunicipais. A sua capacidade de intervenção é, em muitos casos, na maioria talvez, muito reduzida.

Na generalidade, os orçamentos são baixos, os recursos humanos são insuficientes e a acção acaba por ser muito limitada. Um problema que não é de hoje.

No concelho de Torres Novas, a lista da CDU à assembleia de freguesia da Chancelaria constitui uma das surpresas nestas eleições autárquicas no concelho de Torres Novas. Não é uma regra mas, normalmente, são candidatos às assembleias de freguesia pessoas naturais ou residentes nas terras a que se candidatam. No limite, têm ligações familiares e afectivas, quando muito. O mesmo não acontece com as câmaras municipais, em que num ano um candidato concorre à câmara da Figueira da Foz, e nas eleições seguintes concorre a Lisboa. Exemplos desses há muitos, não a vale a pena perder tempo com isso.

Ora a CDU, por falta de alternativa, criou uma lista à base dos “pesos pesados” do aparelho em Torres Novas. Ramiro Silva encabeça a lista àquela assembleia de freguesia, e acompanham-no neste combate eleitoral Cristina Tomé, Manuel Ligeiro e Hélder Moita, entre outros.

Ramiro Silva admite que a Chancelaria não é um território favorável à CDU - esta força partidária não tem apresentado listas àquela assembleia de freguesia -, o que não impede que a Chancelaria “não mereça o respeito da CDU”, lê-se na carta de intenções da candidatura.

O cabeça-de-lista refere que a Chancelaria tem muitos problemas por resolver, como têm as restantes freguesias do concelho, e que por isso é importante não adiar mais o seu futuro. Não havendo um histórico, não é possível aferir com rigor uma previsão resultados, mas não será difícil perceber que a CDU vai ter um osso duro de roer. Basta ver que nas últimas três eleições autárquicas o número de pessoas que votou CDU para a câmara foi muito residual.

Em 2005 votaram na CDU 38 pessoas, em 2009 votaram 18 pessoas e em 2013 confiaram o seu voto na CDU apenas 21 pessoas. Nas legislativas, o cenário também não foi muito favorável: em 2015 a Chancelaria deu 37 votos à CDU e em 2011 deu 27 votos.

A concorrer de fora do espectro político continua Leonel Santos, em Assentis. O independente conquistou há quatro anos a junta de Assentis, um bastião socialista, mas que tem também uma tendência de voto igualmente forte para o PSD. Esta é, aliás, a única lista independente. “Trabalho e dedicação” é o lema da candidatura do Grupo Independente que integra alguns elementos novos em virtude da ausência de dois membros da lista de há quatro anos. Curiosamente, o PSD apenas não apresenta lista a esta assembleia de freguesia.

Nas restantes, os social-democratas apresentam candidatos e em alguns casos estreiam cabeças-de-lista. É o caso de Pedro Inverno, à UF de Brogueira, Parceiros e Alcorochel. O PS concorre a todas as freguesias e com expectativas elevadas, assim como o Bloco de Esquerda também se apresenta a todas freguesias. Nalguns casos repete cabeças-de-lista de há quatro anos, noutros apresenta caras novas.

Que importância dão os torrejanos às eleições?
 Poucochinha. Porquê? Nas últimas eleições pouco mais de metade dos eleitores foi às urnas. Dos 32 mil e 546 votantes inscritos, apenas 17 mil cento e dois se deslocaram às mesas de voto, o que redundou numa taxa de abstenção de 48 por cento.

Acresce que do total de votantes, os tais 17.102, houve 1.414 eleitores que não votaram em ninguém ou preencheram mal o boletim de voto; 814 votaram em branco e 660 votos foram anulados. O aumento da taxa de abstenção tem vindo a crescer sucessivamente nos últimos três períodos eleitorais referentes às autárquicas. Em 2009, a taxa de votantes fixou-se nos 58,9 % e em 2005 tinham-se apresentado às urnas 62,8 % dos eleitores.

Menos gente, menos eleitores, grande abstenção: eis as eleições autárquicas.
A ideia de que a proximidade das decisões suscita o interesse e uma maior participação dos cidadãos na vida política, ideia que enche a boca auto-justificadora dos autarcas, é tragicamente desmentida pela realidade. Por um lado, os eleitores da grande maioria das regiões e concelhos do país são uma espécie em regressão.

 Por outro, e tirando as eleições europeias, as eleições autárquicas são as menos participadas, atingindo níveis de abstenção superiores aos que se observam nas legislativas e nas presidenciais. No caso de Torres Novas, observase as duas tendências gerais (ver peça ao lado).

A juntar ao aumento gradual da abstenção, verifica-se uma queda do número de eleitores de eleição para eleição, dado que indicia o decréscimo da população que depois se confirmará nos Censos de 2020- É verdade que o decréscimo da população e dos eleitores não atinge, no caso do concelho de Torres Novas, proporções tão preocupantes como em Tomar ou Abrantes, Ferreira do Zêzere ou Sardoal, onde o decréscimo dos eleitores, entre 2013 e 2107, atinge quase os 7% em Mação e ultrapassa os 5% em Abrantes.

Não há, aliás, um único concelho do distrito de Santarém que não seja atingido por esta situação. Um único? Há um, Benavente, com a área do Porto Alto já absorvida pela influência da região metropolitana de Lisboa.

Voltando a Torres Novas, nos últimos quatro anos houve um decréscimo de 955 eleitores no concelho, cerca de 3,3% e, neste caso, todas as freguesias conheceram uma diminuição do número de eleitores. No caso de Santa Maria, a diminuição de 17 eleitores num universo de quase 7000, é irrelevante (-0,2%).

Mas, São Pedro Lapas e Ribeira perderam 232 eleitores (3,3%), o que também não é preocupante face aos 7400 eleitores. O pior acontece em Chancelaria (-6,0%), Olaia e Paço (-6,6%), Assentis (-4,8%), Pedrógão (-4,4%), Zibreira (-4,2%) e Brogueira, Parceiros e Alcorochel (-4,1%).

Meia Via e Riachos têm perdas próximas dos 1,5%. Tudo isto assume alguma apreensão porque se passou entre 2013 e 2017, quando ainda faltam quatro anos para o próximo censo. Nestas eleições, apresentam-se nos cadernos eleitorais de Torres Novas 31 555 eleitores (eram 32 509 há quatro anos), mas só pouco mais de metade farão o favor de se deslocar às mesas de voto no próximo dia 1 de Outubro.

Meia Via é a freguesia com menos eleitores (1354), São Pedro Lapas e Ribeira a mais populosa, com 7454 potenciais votantes.

 

CABEÇAS-DE-LISTA ÀS DEZ ASSEMBLEIAS DE FREGUESIA

Santa Maria, Salvador e Santiago
Pedro Morte (PS), Tiago Ferreira (PSD) Pedro Triguinho (BE) Marta Silva (CDU) Gonçalo Reis (CDS)

São Pedro, Lapas e Ribeira Branca
 Júlio Clérigo (PS) Nelson Campos (BE) Pedro Guia (CDS) Sérgio Formiga (CDU) Maria Sottomayor (PSD)

Brogueira, Alcorochel e Parceiros de Igreja
Manuel Júnior (PS) Pedro Maurício (BE) Esmeralda Moita (CDU) Pedro Inverno (PSD)

Assentis
Leonel Santos (ind) José Carlos (PS) Céu Dias (BE) Anadora Silva (CDU)

Zibreira
João Cassis (PS) Gina Gouveia (BE) Rui Caetano (CDU) Elizabete Santos (PSD)

UF Olaia e Paço
Hélder Rodrigues (PS) Paulo Rosa (CDU) António Macedo (PSD) Carlos Martinho (BE)

Chancelaria
Alfredo Antunes (PS) Carlos Pinto (BE) Ramiro Silva (CDU) Josete Domingos (PSD)

Riachos
José Júlio Ferreira (PS) Tiago Borga (PSD) Carlos Duarte (CDU) João Luz (BE) Sandra Amora (CDS)

Meia Via
Lígia Santos (PS) Cristina Paixão Nunes (BE) Carlos Nunes (CDU) João Frade (PSD)

Pedrógão
Paulo Simões (PS) Tânia Vicente (CDU) Mónica Órfão (PSD) Marisa Caetano (BE)

 

 

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