Campeonato Distrital da 1ª Divisão da AFS
Torres Novas, estádio dr. António Alves Vieira, 4 de Março 2018

CDTN: Rui Galrinho; Dani, Paz Miguel, Iuri, Tiago Vieira (Zé Brites), Ivan, Dias, Joel (M. Carvalho), Ricardo Major (Rafa), Micael (Soma) e Sudesh. Treinador: Nando Costa.
SL CARTAXO: Baldé; Tiago Almeida, Bruno (Sandro), Clésio, Nuno Afonso (Nelson Horta), Rui Marchão, Luís Filipe, Gonçalo (Cheno), Marquinho, Igor (Midana), Ulisses. Treinador: Abel Ferreira.
Arbitragem de André Gralha, Pedro Sousa e Carolina Vieira.

A chuva, que caiu durante o início da tarde, deu tréguas para um jogo que se esperava positivo e interessante, já que ambas as equipas, sem horizontes de maior no que resta desta época, podiam explanar o seu futebol. Apesar, registe-se, de uma assistência mais que reduzida, factor nem sempre motivante para os próprios atletas.

O jogo começou entretido, com ambas as equipas a tentarem trocar bem a bola e, logo aos 13 minutos, na sequência de um livre de Ivan na meia esquerda, o esférico sobrou para Sudesh, que atirou fraco mas perto do poste. Mas antes já os cartaxenses tinha chegado com muito perigo à pequena área amarela.

Os visitantes continuaram a trocar bem a bola, e o Torres Novas parecia um pouco mais esclarecido que nos jogos anteriores a sair do seu meio campo, mas o domínio claro dos forasteiros, na posse de bola, foi-se acentuando cada vez mais.

Aos 28 Igor cabeceou à vontade, mas mal, a livre vindo da sua esquerda, e o ataque amarelo, com Major sempre muito cercado, dependia das correrias de Micael, descaindo ora para a esquerda ora para a direita à procura de diagonais de ruptura, algumas delas de bonito desenho com autoria de Ivan.
À passagem da meia hora, começou a história do resultado: depois de falta sobre Dani, no lado direito, Tiago Vieira bateu um livre quase junto à bandeirola, o remate saiu mal mas tenso, entre o guarda-redes e a linha de defesas, raspou num atleta cartaxeiro e entrou junto ao poste contrário. Era o 1-0 para os amarelos. Depois do golo, o CDTN empertigou-se mais um pouco, quebrando a supremacia dos forasteiros, um pouco afectados pelo golo sofrido.

Ainda houve tempo, perto dos 43 minutos, para uma situação de perigo na área cartaxeira: numa insistência, Ivan desfere um belo remate com selo de golo, à entrada da área, mas Baldé chegou lá com a luva e com a classe que demonstrou durante a partida.

Na segunda parte o SL Cartaxo voltou de novo mais assertivo e logo aos 6 minutos Clésio, na cobrança de um livre a 40m, rematou forte para defesa difícil de Galrinho. Regressou o padrão de jogo da primeira parte, com mais domínio de posse de bola dos homens da “capital do vinho”, mas sem consequências de maior: em toda a primeira meia hora, apenas por duas vezes a bola rondou com mais perigo a baliza da Galrinho, que esteve sempre seguro, enquanto os amarelos pareciam agora mais perdidos no sector atacante.

Cerca dos 36 minutos de jogo, o placard voltou a funcionar e de novo para os da casa: lançamento de ruptura à saía do meio campo torrejano, Rafa foi rasteirado já dentro da área na saída de Baldé e André Gralha apontou para a marca do castigo máximo. Ivan bateu rasteiro e um pouco fraco, mas bem chegado ao poste direito de Baldé, que não teve hipóteses. Estava feito o 2-0 e parecia escrita a história do jogo. Ao fechar o pano, registe-se ainda um remate à barra de Rafa, numa das últimas descidas do Torres Novas ao último reduto cartaxense.

A vitória torrejana afigura-se justa, já que o SL Cartaxo não foi capaz de concretizar em qualquer golo os períodos do jogo em que foi superior, enquanto os torrejanos foram mais uma vez esforçados, tapando com brio e vontade as insuficiências da equipa.

Num jogo marcado por um facto curioso (não há memória, em Torres Novas, de um desafio oficial aberto ao público sem bilheteira), André Gralha realizou uma arbitragem sem qualquer reparo, num desempenho de qualidade superior, e foi bem acolitado por Carolina Vieira e Pedro Sousa.

JCL com fotografias de Hélder Duque