António Rodrigues: “A gestão do município não é má, é péssima!”
Sociedade » 2020-07-03Movimento “P la Nossa terra” apresentou-se hoje em Torres Novas
A pergunta que todos fazem ainda não tem resposta: António Rodrigues, ex-presidente da câmara de Torres Novas durante 20 anos (1993-2013), não confirmou que será candidato às próximas autárquicas, mas essa hipótese não fica excluída.
O Movimento “P’ la Nossa Terra” fez finalmente a sua apresentação pública hoje à noite, no edifício do antigo hospital, com António Rodrigues acolitado pelo seu estado-maior, “um grupo de torrejanos que o vem acompanhando há quatro anos para pensar Torres Novas” e em que se destacam Aníbal Teixeira, pediatra e Fernando Zuzarte Reis, Carlos Pereira de Sousa (radiologista), Carlos Cunha (actor), Hélder Higino (gerente bancário), Micael Ferreira e Nuno Rodrigues (empresários), Carla Correia (formadora), João Pereira de Sousa (docente do ensino superior), entre outros.
Rodrigues começou por referir que é a primeira vez, em mais de 40 anos de democracia, que surge em Torres Novas um movimento independente com vista a uma eventual candidatura aos órgãos municipais e que o grupo que agora o acompanha reúne-se desde 2016, quando estava em cima da mesa o seu eventual regresso às lides autárquicas.
“Não estamos a apresentar a candidatura de ninguém, não sei se serei candidato”, disse de forma veemente o antigo autarca, perante a insistência dos jornalistas. “Sou militante do PS, Torres Novas está a ser mal governada” – reiterou, mas não se quis comprometer com qualquer decisão. As críticas à actual gestão do concelho foram surgindo, com Rodrigues a afirmar que “Torres Novas perdeu toda a sua dimensão em matéria educativa e cultural” e que a actual liderança não está preparada para gerir o município num contexto de crise que é transversal ao país.
As críticas mais contundentes foram para o urbanismo da câmara, “que afugenta os empresários e os munícipes” e para o divórcio com a NERSANT, “que fez levar as Start-up para Santarém e trata mal as empresas”. Também, perante muita insistência dos jornalistas sobre o programa e as ideias do movimento, Rodrigues disse que a sua preocupação estrutural será “a captação de empresas e a criação de riqueza” para manter os jovens em Torres Novas.
O antigo autarca não quis alongar-se sobre o estado das relações com o seu antigo vice-presidente, Pedro Ferreira (“não sei”, disse”), mas na hora do balanço, e a pedido de uma jornalista, afirmou que “a gestão do município não é má, é péssima”, e que “o povo vê, não é cego”, referindo-se a alguns aspectos da gestão municipal socialista.
O Movimento, disse vai continuar o seu trabalho de reflexão sobre o concelho e a seu tempo se verá a viabilidade ou oportunidade de se transformar numa candidatura autárquica.
Para o Movimento PNT, justifica-se “o exercício do direito e até a obrigação cívica do debate de tudo quanto tem a ver com a evolução da nossa terra em todas as vertentes do seu desenvolvimento e administração” e porque, argumentam ainda os independentes, “nos tempos que correm, faz falta em Torres Novas uma apreciação crítica associada a uma visão de futuro credível, assente numa estratégia séria e profunda para o que ambicionamos para o nosso concelho”.
O PNT diz aceitar que “os partidos são os pilares basilares da nossa e de qualquer democracia e, por isso, credores de todo o respeito”, mas que o debate não se esgota nas forças partidárias, “muito em particular quando estão em causa questões de índole local ou concelhia”.
Na sua apresentação nas redes sociais, o movimento diz ainda que “há quatro anos que este grupo de cidadãos, residente no concelho de Torres Novas, se encontra e reúne com regularidade”.
De facto, nas últimas eleições autárquicas (2017) esteve iminente o regresso de António Rodrigues, mas a concelhia socialista liderada por Luís Silva votou por ampla maioria o nome de Pedro Ferreira para candidato do PS, seguindo aliás as orientações do secretário-geral do partido, António Costa, de manter como candidatos os presidentes em exercício.
Nessa ocasião, Rodrigues assegurou que o seu regresso se baseava no acordo feito com Pedro Ferreira em 2013, segundo o qual o actual presidente da câmara faria apenas um mandato para permitir que Rodrigues voltasse.
Rodrigues sondado para Santarém
À margem das preocupações dos socialistas locais, António Rodrigues foi há cerca de dois meses sondado pela direcção nacional do PS para a hipótese de ser o candidato socialista na antiga capital do distrito, já que Santarém está a braços com dificuldades para encontrar um candidato que consiga fazer recuperar, para o PS, aquele antigo bastião socialista.
O JT confirmou junto de fontes ligadas à concelhia de Santarém do PS que a sondagem, encomendada pela direcção nacional do partido, foi efectivamente realizada nos últimos dias e que António Rodrigues integrava a lista de nomes constantes no inquérito, e da qual fazia parte, por exemplo, o conceituado neurocirurgião scalabitano Carlos Calado.
(fotografias de Luís Miguel Lopes)
António Rodrigues: “A gestão do município não é má, é péssima!”
Sociedade » 2020-07-03Movimento “P la Nossa terra” apresentou-se hoje em Torres Novas
A pergunta que todos fazem ainda não tem resposta: António Rodrigues, ex-presidente da câmara de Torres Novas durante 20 anos (1993-2013), não confirmou que será candidato às próximas autárquicas, mas essa hipótese não fica excluída.
O Movimento “P’ la Nossa Terra” fez finalmente a sua apresentação pública hoje à noite, no edifício do antigo hospital, com António Rodrigues acolitado pelo seu estado-maior, “um grupo de torrejanos que o vem acompanhando há quatro anos para pensar Torres Novas” e em que se destacam Aníbal Teixeira, pediatra e Fernando Zuzarte Reis, Carlos Pereira de Sousa (radiologista), Carlos Cunha (actor), Hélder Higino (gerente bancário), Micael Ferreira e Nuno Rodrigues (empresários), Carla Correia (formadora), João Pereira de Sousa (docente do ensino superior), entre outros.
Rodrigues começou por referir que é a primeira vez, em mais de 40 anos de democracia, que surge em Torres Novas um movimento independente com vista a uma eventual candidatura aos órgãos municipais e que o grupo que agora o acompanha reúne-se desde 2016, quando estava em cima da mesa o seu eventual regresso às lides autárquicas.
“Não estamos a apresentar a candidatura de ninguém, não sei se serei candidato”, disse de forma veemente o antigo autarca, perante a insistência dos jornalistas. “Sou militante do PS, Torres Novas está a ser mal governada” – reiterou, mas não se quis comprometer com qualquer decisão. As críticas à actual gestão do concelho foram surgindo, com Rodrigues a afirmar que “Torres Novas perdeu toda a sua dimensão em matéria educativa e cultural” e que a actual liderança não está preparada para gerir o município num contexto de crise que é transversal ao país.
As críticas mais contundentes foram para o urbanismo da câmara, “que afugenta os empresários e os munícipes” e para o divórcio com a NERSANT, “que fez levar as Start-up para Santarém e trata mal as empresas”. Também, perante muita insistência dos jornalistas sobre o programa e as ideias do movimento, Rodrigues disse que a sua preocupação estrutural será “a captação de empresas e a criação de riqueza” para manter os jovens em Torres Novas.
O antigo autarca não quis alongar-se sobre o estado das relações com o seu antigo vice-presidente, Pedro Ferreira (“não sei”, disse”), mas na hora do balanço, e a pedido de uma jornalista, afirmou que “a gestão do município não é má, é péssima”, e que “o povo vê, não é cego”, referindo-se a alguns aspectos da gestão municipal socialista.
O Movimento, disse vai continuar o seu trabalho de reflexão sobre o concelho e a seu tempo se verá a viabilidade ou oportunidade de se transformar numa candidatura autárquica.
Para o Movimento PNT, justifica-se “o exercício do direito e até a obrigação cívica do debate de tudo quanto tem a ver com a evolução da nossa terra em todas as vertentes do seu desenvolvimento e administração” e porque, argumentam ainda os independentes, “nos tempos que correm, faz falta em Torres Novas uma apreciação crítica associada a uma visão de futuro credível, assente numa estratégia séria e profunda para o que ambicionamos para o nosso concelho”.
O PNT diz aceitar que “os partidos são os pilares basilares da nossa e de qualquer democracia e, por isso, credores de todo o respeito”, mas que o debate não se esgota nas forças partidárias, “muito em particular quando estão em causa questões de índole local ou concelhia”.
Na sua apresentação nas redes sociais, o movimento diz ainda que “há quatro anos que este grupo de cidadãos, residente no concelho de Torres Novas, se encontra e reúne com regularidade”.
De facto, nas últimas eleições autárquicas (2017) esteve iminente o regresso de António Rodrigues, mas a concelhia socialista liderada por Luís Silva votou por ampla maioria o nome de Pedro Ferreira para candidato do PS, seguindo aliás as orientações do secretário-geral do partido, António Costa, de manter como candidatos os presidentes em exercício.
Nessa ocasião, Rodrigues assegurou que o seu regresso se baseava no acordo feito com Pedro Ferreira em 2013, segundo o qual o actual presidente da câmara faria apenas um mandato para permitir que Rodrigues voltasse.
Rodrigues sondado para Santarém
À margem das preocupações dos socialistas locais, António Rodrigues foi há cerca de dois meses sondado pela direcção nacional do PS para a hipótese de ser o candidato socialista na antiga capital do distrito, já que Santarém está a braços com dificuldades para encontrar um candidato que consiga fazer recuperar, para o PS, aquele antigo bastião socialista.
O JT confirmou junto de fontes ligadas à concelhia de Santarém do PS que a sondagem, encomendada pela direcção nacional do partido, foi efectivamente realizada nos últimos dias e que António Rodrigues integrava a lista de nomes constantes no inquérito, e da qual fazia parte, por exemplo, o conceituado neurocirurgião scalabitano Carlos Calado.
(fotografias de Luís Miguel Lopes)
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![]() Entre as paredes do super Docemel e da antiga ourivesaria Campião, no principal eixo de atravessamento da cidade, crescem ervas já arbustos mais altos que uma pessoa. Aliás, como noutras ruas da cidade. É o corredor ecológico urbano, uma inovação conceptual que alia a estética da cidade moderna ao bucolismo do campo, dois em um. |
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Pode parecer duro o título escolhido para esta apreciação à proposta de revisão do Plano Diretor Municipal. Numa primeira vista de olhos, a proposta de plano traz uma espécie de bondade voluntariosa na definição do desenho e do regulamento do PDM, muito para muitos em muitos lados. |
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![]() A Fótica, emblemática loja do centro histórico de Torres Novas, entrou da melhor maneira neste Verão, com mais uma iniciativa de promoção do comércio tradicional que realizou na passado sábado, dia 21, exactamente o dia do solstício. |
![]() A assembleia de aderentes do Bloco de Esquerda no concelho de Torres Novas reuniu no passado dia 10 de Junho, tendo sido "objectivo central dessa sssembleia debater a constituição das listas a apresentar nas próximas eleições para as autarquias locais e votar os nomes de quem vai encabeçar as listas à Câmara Municipal e Assembleia Municipal”, começa por informar a nota de imprensa bloquista. |