Associação com seis meses vai receber, para já, 45 mil do município
Sociedade » 2022-09-14Associação promete fazer até final do ano um “evento internacional” dedicado aos produtos locais
Inédito: uma associação que acaba de fazer seis meses de existência e não mostrou qualquer trabalho, vai receber já 15 mil euros e mais 30 mil euros por ano do município, para além de instalações, para “desenvolver os produtos de Torres Novas”. Promete fazer até final do ano um “evento internacional” dedicado aos produtos locais
A decisão, que teve a abstenção do PSD e o voto contra do vereador do movimento Pela Nossa Terra, foi tomada na reunião camarária torrejana de 31 de Agosto, sob a forma de validação, pela maioria socialista, de um “protocolo de cooperação”, a celebrar entre o Município de Torres Novas e a APDPTN (Associação para a Promoção e Desenvolvimento dos Produtos de Torres Novas), “com vista à execução de projectos e acções de promoção e desenvolvimento de produtos do território, em benefício dos produtores e dos produtos torrejanos, e, consequentemente, do desenvolvimento e modernização da comunidade empresarial local”, acrescenta o comunicado.
Com este protocolo o Município de Torres Novas compromete-se a atribuir à APDPTN um subsídio de 15 000 euros em 2022, este para já, só para abrir a porta, o que não deixa de ser notável, e de 30 000 euros em 2023, para “apoiar a organização e divulgação de eventos promovidos pela Associação, bem como a disponibilizar instalações adequadas à atividade da associação para serviços administrativos e logísticos”.
À APDPTN, segundo o protocolo, caberá “colaborar na organização de eventos e feiras do Município de promoção dos produtos de Torres Novas, bem como a desenvolver contactos e a apresentar propostas para novas geminações e parcerias internacionais”, bem como organizar até ao final de 2022, em Torres Novas, louvado seja Deus, “um evento internacional dedicado aos produtos endógenos”, e outro até ao final de 2023, desenvolver acções de divulgação e promoção dos produtos endógenos; criar o gabinete de apoio ao produtor; promover acções de formação profissional; participar tecnicamente nos processos de denominação de origem de produtos locais do concelho de Torres Novas e promover a nível nacional e internacional, o concelho de Torres Novas, através da publicação mensal de uma revista onde se especifica as atividades, os produtos e os produtores.
“A APDPTN é uma entidade sem fins lucrativos, com sede em Torres Novas, que assume a natureza jurídica de associação, tendo por objectivo a promoção de produtos pecuários, piscícolas [mesmo], produtos apícolas, produtos agrícolas, frutícolas e seus derivados, azeite, vinho, aguardentes, licores, frutos secos, artesanato, cestaria, doçaria, que sejam produzidos e originários do concelho de Torres Novas”, isto tudo diz o município acerca a nova associação, em modo de assessoria de imprensa. A associação foi criada em finais de Fevereiro do ano corrente com cerimónia realizada no edifício do antigo hospital e tem como presidente Pedroso Leal, ex-dirigente do PSD e actualmente solicitador e consultor em Torres Novas, acolitado por Luís Ribeiro e João da Guia.
Tiago Ferreira, do PSD, justificou a sua abstenção por estar em causa uma entidade muito recente acha que é uma decisão prematura dar tanto dinheiro a uma associação sem provas dadas. Por seu lado, o vereador Pedro Sardinha, do PNT, considera que lendo o protocolo não se vislumbra para que servirá o dinheiro e que a entidade, que não tem o reconhecimento da comunidade torrejana, fica com um conjunto de obrigações vagas, em troca de dinheiro, instalações e apoios.
Em geral, as associações podem candidatar-se a subsídios ordinários e extraordinários do município mediante exigências e parâmetros constantes do regulamento municipal aplicável e uma das condições é a apresentação do relatório de actividades e contas do último exercício, o que pressupõe que uma associação candidata a subsídios tenha, pelo menos, um ano de comprovada existência e actividade. Já os protocolos, assunto ainda mais relevante, costumam guardar-se para associações e entidades com um historial de reconhecidas competências, capacidades e experiência demonstrada na área a que se referem os acordos.
Na FOTO, artigo da edição 2 da revista publicada pela associação. No primeiro número, continha 14 fotografias do presidente da câmara, pedro Ferreira
Associação com seis meses vai receber, para já, 45 mil do município
Sociedade » 2022-09-14Associação promete fazer até final do ano um “evento internacional” dedicado aos produtos locais
Inédito: uma associação que acaba de fazer seis meses de existência e não mostrou qualquer trabalho, vai receber já 15 mil euros e mais 30 mil euros por ano do município, para além de instalações, para “desenvolver os produtos de Torres Novas”. Promete fazer até final do ano um “evento internacional” dedicado aos produtos locais
A decisão, que teve a abstenção do PSD e o voto contra do vereador do movimento Pela Nossa Terra, foi tomada na reunião camarária torrejana de 31 de Agosto, sob a forma de validação, pela maioria socialista, de um “protocolo de cooperação”, a celebrar entre o Município de Torres Novas e a APDPTN (Associação para a Promoção e Desenvolvimento dos Produtos de Torres Novas), “com vista à execução de projectos e acções de promoção e desenvolvimento de produtos do território, em benefício dos produtores e dos produtos torrejanos, e, consequentemente, do desenvolvimento e modernização da comunidade empresarial local”, acrescenta o comunicado.
Com este protocolo o Município de Torres Novas compromete-se a atribuir à APDPTN um subsídio de 15 000 euros em 2022, este para já, só para abrir a porta, o que não deixa de ser notável, e de 30 000 euros em 2023, para “apoiar a organização e divulgação de eventos promovidos pela Associação, bem como a disponibilizar instalações adequadas à atividade da associação para serviços administrativos e logísticos”.
À APDPTN, segundo o protocolo, caberá “colaborar na organização de eventos e feiras do Município de promoção dos produtos de Torres Novas, bem como a desenvolver contactos e a apresentar propostas para novas geminações e parcerias internacionais”, bem como organizar até ao final de 2022, em Torres Novas, louvado seja Deus, “um evento internacional dedicado aos produtos endógenos”, e outro até ao final de 2023, desenvolver acções de divulgação e promoção dos produtos endógenos; criar o gabinete de apoio ao produtor; promover acções de formação profissional; participar tecnicamente nos processos de denominação de origem de produtos locais do concelho de Torres Novas e promover a nível nacional e internacional, o concelho de Torres Novas, através da publicação mensal de uma revista onde se especifica as atividades, os produtos e os produtores.
“A APDPTN é uma entidade sem fins lucrativos, com sede em Torres Novas, que assume a natureza jurídica de associação, tendo por objectivo a promoção de produtos pecuários, piscícolas [mesmo], produtos apícolas, produtos agrícolas, frutícolas e seus derivados, azeite, vinho, aguardentes, licores, frutos secos, artesanato, cestaria, doçaria, que sejam produzidos e originários do concelho de Torres Novas”, isto tudo diz o município acerca a nova associação, em modo de assessoria de imprensa. A associação foi criada em finais de Fevereiro do ano corrente com cerimónia realizada no edifício do antigo hospital e tem como presidente Pedroso Leal, ex-dirigente do PSD e actualmente solicitador e consultor em Torres Novas, acolitado por Luís Ribeiro e João da Guia.
Tiago Ferreira, do PSD, justificou a sua abstenção por estar em causa uma entidade muito recente acha que é uma decisão prematura dar tanto dinheiro a uma associação sem provas dadas. Por seu lado, o vereador Pedro Sardinha, do PNT, considera que lendo o protocolo não se vislumbra para que servirá o dinheiro e que a entidade, que não tem o reconhecimento da comunidade torrejana, fica com um conjunto de obrigações vagas, em troca de dinheiro, instalações e apoios.
Em geral, as associações podem candidatar-se a subsídios ordinários e extraordinários do município mediante exigências e parâmetros constantes do regulamento municipal aplicável e uma das condições é a apresentação do relatório de actividades e contas do último exercício, o que pressupõe que uma associação candidata a subsídios tenha, pelo menos, um ano de comprovada existência e actividade. Já os protocolos, assunto ainda mais relevante, costumam guardar-se para associações e entidades com um historial de reconhecidas competências, capacidades e experiência demonstrada na área a que se referem os acordos.
Na FOTO, artigo da edição 2 da revista publicada pela associação. No primeiro número, continha 14 fotografias do presidente da câmara, pedro Ferreira
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