Ainda as eleições: Tomar, Abrantes e Mação em queda acentuada num distrito quase todo a encolher
Sociedade » 2019-06-06
Nos últimos cinco anos, o distrito de Santarém perdeu mais de 15 mil eleitores. Dos 21 concelhos, 20 deles perderam eleitores e vão continuar a perder população. Apenas o concelho de Benavente dá conta de um aumento, resultado da sua proximidade com a área metropolitana de Lisboa, onde o rio o liga a outro concelho ribatejano a crescer, o de Vila Franca de Xira.
Perturbantes são as quedas do número de eleitores em Tomar (6,9%), Abrantes (6,7%), Mação (8,3%) ou, ainda mais, a Chamusca (10,4%). Há cerca de 30 anos, Tomar e Abrantes, com territórios maiores e populações rurais também mais significativas em número, ainda tinham mais de 6 ou 7 mil habitantes que o concelho de Torres Novas, mas a distância tem vindo a encolher. Meste momento, e em termos de eleitores, Abrantes tem pouco mais de mil em relação a Torres Novas e Tomar tem apenas mais 2400. No próximo censo da população, o próprio efectivo populacional dos três concelhos deve resultar em dados que os aproximam cada vez, isto se a quebra verificada em Torres Novas continuar a ser mais lenta, como tem acontecido até aqui, o que também não é certo que aconteça.
À volta de Torres Novas a diminuição do número de eleitores apresenta percentagens mais baixas, mas ainda assim significativas: Torres Novas perdeu 3,7% dos seus eleitores, a Golega 3,5%, a Barquinha 3,7%, Constância 3,4%, e só Alcanena ultrapassa esta média, com uma quebra de 5,7% de eleitores nos últimos cinco anos, o que não deixa de ser curioso e penalizador para a gestão autárquica de Alcanena das últimas décadas.
O Entroncamento apresenta a quebra mais baixa, menos 1,1% de eleitores do que há cinco anos, mas trata-se de um caso que tem de ser visto à parte por não ter área “rural”. A tendência de diminuição dos eleitores e de habitantes no Entroncamento será sempre mais lenta do que nos concelhos com áreas “rurais”. Aliás, qualquer dado estatístico ou parâmetro sociológico relativos ao Entroncamento só têm validade comparativa se vistos em confronto com indicadores das cidades de Tomar, Abrantes ou Torres Novas sem os seus termos “rurais”. De outra forma, é estar a comparar duas realidades completamente distintas. Ainda num recente inquérito sobre condições de vida dos centros urbanos, o Entroncamento apareceu situado num lugar cimeiro, mas o Entroncamento é uma cidade. Tomar, com uma área muitas vezes superior e mais de 200 povoações “rurais”, não poderia obviamente ter indicadores semelhantes. Vista a cidade de Tomar apenas, em comparação com o Entroncamento, é evidente que terá melhores parâmetros e mais funções urbanas do que a capital do combóio.
Voltando aos eleitores, e agora ao concelho de Torres Novas, diga-se que se verifica uma redução em todas as freguesias, mas essa redução é particularmente grave na Zibreira, que parece uma freguesia a prazo (quebra de 8,5%), tal como a Chancelaria (8,7%), mas também Olaia/Paço (7,9%), Brogueira/Alcorochel/Parceiros (6,4%) e Assentis (5,9%), bem acima da média do concelho. Meia Via, Riachos e as freguesias de Torres Novas cidade (que escondem reduções em aldeias como Ribeira, Carvalhal ou outras) são as que apresentam quebras menos significativas, o que espelha a já conhecida divisão do território em duas realidades: o eixo Lapas, Torres Novas, Riachos, Meia Via, e o resto.
Ainda as eleições: Tomar, Abrantes e Mação em queda acentuada num distrito quase todo a encolher
Sociedade » 2019-06-06Nos últimos cinco anos, o distrito de Santarém perdeu mais de 15 mil eleitores. Dos 21 concelhos, 20 deles perderam eleitores e vão continuar a perder população. Apenas o concelho de Benavente dá conta de um aumento, resultado da sua proximidade com a área metropolitana de Lisboa, onde o rio o liga a outro concelho ribatejano a crescer, o de Vila Franca de Xira.
Perturbantes são as quedas do número de eleitores em Tomar (6,9%), Abrantes (6,7%), Mação (8,3%) ou, ainda mais, a Chamusca (10,4%). Há cerca de 30 anos, Tomar e Abrantes, com territórios maiores e populações rurais também mais significativas em número, ainda tinham mais de 6 ou 7 mil habitantes que o concelho de Torres Novas, mas a distância tem vindo a encolher. Meste momento, e em termos de eleitores, Abrantes tem pouco mais de mil em relação a Torres Novas e Tomar tem apenas mais 2400. No próximo censo da população, o próprio efectivo populacional dos três concelhos deve resultar em dados que os aproximam cada vez, isto se a quebra verificada em Torres Novas continuar a ser mais lenta, como tem acontecido até aqui, o que também não é certo que aconteça.
À volta de Torres Novas a diminuição do número de eleitores apresenta percentagens mais baixas, mas ainda assim significativas: Torres Novas perdeu 3,7% dos seus eleitores, a Golega 3,5%, a Barquinha 3,7%, Constância 3,4%, e só Alcanena ultrapassa esta média, com uma quebra de 5,7% de eleitores nos últimos cinco anos, o que não deixa de ser curioso e penalizador para a gestão autárquica de Alcanena das últimas décadas.
O Entroncamento apresenta a quebra mais baixa, menos 1,1% de eleitores do que há cinco anos, mas trata-se de um caso que tem de ser visto à parte por não ter área “rural”. A tendência de diminuição dos eleitores e de habitantes no Entroncamento será sempre mais lenta do que nos concelhos com áreas “rurais”. Aliás, qualquer dado estatístico ou parâmetro sociológico relativos ao Entroncamento só têm validade comparativa se vistos em confronto com indicadores das cidades de Tomar, Abrantes ou Torres Novas sem os seus termos “rurais”. De outra forma, é estar a comparar duas realidades completamente distintas. Ainda num recente inquérito sobre condições de vida dos centros urbanos, o Entroncamento apareceu situado num lugar cimeiro, mas o Entroncamento é uma cidade. Tomar, com uma área muitas vezes superior e mais de 200 povoações “rurais”, não poderia obviamente ter indicadores semelhantes. Vista a cidade de Tomar apenas, em comparação com o Entroncamento, é evidente que terá melhores parâmetros e mais funções urbanas do que a capital do combóio.
Voltando aos eleitores, e agora ao concelho de Torres Novas, diga-se que se verifica uma redução em todas as freguesias, mas essa redução é particularmente grave na Zibreira, que parece uma freguesia a prazo (quebra de 8,5%), tal como a Chancelaria (8,7%), mas também Olaia/Paço (7,9%), Brogueira/Alcorochel/Parceiros (6,4%) e Assentis (5,9%), bem acima da média do concelho. Meia Via, Riachos e as freguesias de Torres Novas cidade (que escondem reduções em aldeias como Ribeira, Carvalhal ou outras) são as que apresentam quebras menos significativas, o que espelha a já conhecida divisão do território em duas realidades: o eixo Lapas, Torres Novas, Riachos, Meia Via, e o resto.
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Foi na passada terça-feira que o Movimento Pela Nossa Terra apresentou os principais candidatos às autárquicas de 12 de Outubro, na presença de alguns apoiantes e sob a batuta de António Rodrigues, o mandatário do movimento. |
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