Dia da espiga: Renova mandou GNR identificar cidadãos que foram à nascente
Sociedade » 2024-05-09
Respondendo a uma sugestão do grupo ambientalista Um Colectivo, de Torres Novas, algumas dezenas de pessoas foram passando, ontem, quinta-feira, pela nascente do rio Almonda, no Moinho da Fonte, onde activistas e amigos daquele movimento estavam desde a manhã em piquenique do tradicional Dia da Espiga.
Tudo parecia estar a ocorrer sem nada de relevo quando, cerca das 17 horas, dois militares da GNR do posto da Golegã apareceram no local, a mando da empresa Renova, segundo disseram aos presentes, para identificar as pessoas. Estes militares, não tendo observado nada que motivasse a intervenção policial, abandonaram o local sem terem efectado qualquer acção.
Mais tarde, cerca das 18h30 horas, chegaram ao local outros dois militares da GNR, do posto de Alcanena, mandados pela Renova para identificarem as pessoas que estavam a participar no piquenique, com o pretexto de “invasão de propriedade privada” por parte destas.
A acção dos militares mereceu forte contestação e repúdio por parte dos presentes, que resistiram durante algum tempo a identificar-se, alegando que estavam, alguns, numa serventia pública que dá acesso a propriedade privada de um dos participantes no piquenique, alegando outros que estavam simplesmente ao pé da rede que a Renova colocou há uns anos a cercar a represa da nascente do rio Almonda e que tem merecido repúdio e contestação generalizada.
Perante o impasse, as pessoas que estavam no local, pelo menos algumas, aceitaram identificar-se, não sem chamar a atenção aos guardas da GNR que estavam a levar a cabo uma iniciativa idêntica à que motivara uma queixa da empresa e que foi mandada arquivar pelo tribunal. Os guardas receberam também uma queixa contra a empresa, por manter câmaras de vigilância na estrada pública do Moinho da Fonte, filmando ilegalmente quem passa naquela via pública.
Recorde-se que a empresa Renova apresentou há cerca de um ano uma queixa ao tribunal contra os participantes no piquenique do dia da espiga, no mesmo local, processo esse que foi mandado arquivar depois de o tribunal refutar todas as alegações da empresa e ter considerado totalmente inválidos os seus argumentos de “invasão da propriedade privada” pelos cidadãos e de ter recusado a identificação das matrículas dos veículos que naquele dia passaram na estrada pública do Moinho da Fonte.
Ao mesmo tempo que põe em prática números destes com intuito, dizem os ambientalistas, de intimidar a população e afastá-la na nascente do rio Almonda, a Renova colocou em linha, nas vésperas do dia da espiga, um video laudatório do seu papel nas escavações arqueológicas da nascente do Almonda, que se realizam desde os anos 1990 com o apoio financeito da autarquia, e em cujo video se faz eco de algumas omissões e até deturpações históricas, quiçá propaladas pela empresa, como aquela que em que se diz que a descoberta da entrada da gruta da nascente do Almonda se ficou a dever às obras de construção da represa, em 1940, quando na verdade a gruta é conhecida há séculos e descrita, como se sabe, desde o século XVIII.
Dia da espiga: Renova mandou GNR identificar cidadãos que foram à nascente
Sociedade » 2024-05-09Respondendo a uma sugestão do grupo ambientalista Um Colectivo, de Torres Novas, algumas dezenas de pessoas foram passando, ontem, quinta-feira, pela nascente do rio Almonda, no Moinho da Fonte, onde activistas e amigos daquele movimento estavam desde a manhã em piquenique do tradicional Dia da Espiga.
Tudo parecia estar a ocorrer sem nada de relevo quando, cerca das 17 horas, dois militares da GNR do posto da Golegã apareceram no local, a mando da empresa Renova, segundo disseram aos presentes, para identificar as pessoas. Estes militares, não tendo observado nada que motivasse a intervenção policial, abandonaram o local sem terem efectado qualquer acção.
Mais tarde, cerca das 18h30 horas, chegaram ao local outros dois militares da GNR, do posto de Alcanena, mandados pela Renova para identificarem as pessoas que estavam a participar no piquenique, com o pretexto de “invasão de propriedade privada” por parte destas.
A acção dos militares mereceu forte contestação e repúdio por parte dos presentes, que resistiram durante algum tempo a identificar-se, alegando que estavam, alguns, numa serventia pública que dá acesso a propriedade privada de um dos participantes no piquenique, alegando outros que estavam simplesmente ao pé da rede que a Renova colocou há uns anos a cercar a represa da nascente do rio Almonda e que tem merecido repúdio e contestação generalizada.
Perante o impasse, as pessoas que estavam no local, pelo menos algumas, aceitaram identificar-se, não sem chamar a atenção aos guardas da GNR que estavam a levar a cabo uma iniciativa idêntica à que motivara uma queixa da empresa e que foi mandada arquivar pelo tribunal. Os guardas receberam também uma queixa contra a empresa, por manter câmaras de vigilância na estrada pública do Moinho da Fonte, filmando ilegalmente quem passa naquela via pública.
Recorde-se que a empresa Renova apresentou há cerca de um ano uma queixa ao tribunal contra os participantes no piquenique do dia da espiga, no mesmo local, processo esse que foi mandado arquivar depois de o tribunal refutar todas as alegações da empresa e ter considerado totalmente inválidos os seus argumentos de “invasão da propriedade privada” pelos cidadãos e de ter recusado a identificação das matrículas dos veículos que naquele dia passaram na estrada pública do Moinho da Fonte.
Ao mesmo tempo que põe em prática números destes com intuito, dizem os ambientalistas, de intimidar a população e afastá-la na nascente do rio Almonda, a Renova colocou em linha, nas vésperas do dia da espiga, um video laudatório do seu papel nas escavações arqueológicas da nascente do Almonda, que se realizam desde os anos 1990 com o apoio financeito da autarquia, e em cujo video se faz eco de algumas omissões e até deturpações históricas, quiçá propaladas pela empresa, como aquela que em que se diz que a descoberta da entrada da gruta da nascente do Almonda se ficou a dever às obras de construção da represa, em 1940, quando na verdade a gruta é conhecida há séculos e descrita, como se sabe, desde o século XVIII.
Alcanena: um belo museu, uma conquista que demorou décadas » 2024-10-05 Alcanena viu ontem, dia 4 de Outubro, concretizar-se um sonho de duas gerações: a inauguração do seu Museu Municipal, em instalações adquiridas em tempos pelo município a uma família da terra. |
Vinte dos trinta são meus - inês vidal » 2024-09-27 Esta é a minha relação – excluindo obviamente todas aquelas inerentes ao simples facto de eu existir – mais longa de todas. Se o jornal completa 30 anos e eu 43, é fácil de ver há quanto tempo nos vamos cruzando por essas ruas e vielas da vila. |
NERSANT e CRIT assinam protocolo para inclusão de pessoas com deficiência nas empresas » 2024-09-23 A NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém e o CRIT - Centro de Reabilitação e Integração Torrejano celebraram um protocolo de cooperação que visa promover a inclusão de pessoas com deficiência ou incapacidade no mercado de trabalho. |
Pequenos lugares - adelino pires » 2024-09-23 » Adelino Pires Segui-lhes o rasto. Falaram-me que vinham de longe, algures de uma aldeia não sei se perdida, se antes achada. Para além das montanhas, no alto bem alto já perto do céu, alguém se lembrara de erguer um mosteiro, talvez para que a partida se tornasse mais curta, ou antes que em vida as distâncias da fé se medissem aos palmos. |
Morreram José Emílio e José-Alberto Marques » 2024-09-19 O coronel engenheiro José Emílio da Silva, militar de Abril, morreu no dia 17 em Lisboa, onde residia. Natural de Torres Novas, José Emílio da Silva destacou-se ainda no exercício de diversos cargos ao longo do processo revolucionário, nomeadamente, enquanto ministro da Educação nos IV e V governos provisórios de Vasco Gonçalves, e membro da Junta Governativa de Angola, então liderada pelo vice-almirante Rosa Coutinho. |
Manif. domingo na praça: ambientalistas torrejanos aderem à jornada nacional pela floresta do futuro » 2024-09-19 O grupo ambientalista torrejano “Um Colectivo” integra a rede nacional de grupos ambientalistas (e pessoas individuais) e esta rede, tal como fez no ano passado, vai promover várias concentrações em diferentes pontos do país este domingo, dia 22. |
Pela Palestina livre, vigília na praça, dia 21 » 2024-09-13 Um grupo de cidadãos torrejanos de diversas profissões e sensibilidades políticas apela à participação na vigília “Pela Palestina Livre”, que se realiza no dia 21 de Setembro, a partir das 20h30, na praça 5 de Outubro em Torres Novas. |
“Guardiões” prosseguem limpeza do rio » 2024-09-07 Os “Guardiões do Rio Almonda”, conjunto de voluntários que têm realizado várias acções de limpeza do leito e margens do rio Almonda, prosseguiram a sua actividade este sábado, 7 de Setembro. |
Isto sim, é promoção turística! (actualizada) » 2024-09-05 Dando continuidade aos placards colocados na A1 a promover a cidade de Torres Novas, quiçá as suas belezas paisagísticas, eis que essas campanhas são reforçadas por medidas mais internas, afinal tão simples, destinadas a impressionar o turista ou simples visitante que arribam à cidade do Almonda, e isto porque os moradores já não se impressionam com nada. |
Riachos: Trincão Marques fala em censura por ter sido posto à margem na sessão do Centenário » 2024-08-29 O PSD já se tinha queixado pelo facto de a oposição na freguesia de Riachos ter sido banida da sessão comemorativa do 101.º aniversário da freguesia, em sessão realizada ontem, dia 28, em Riachos, mas durante o evento assistir-se-ia a mais um episódio como o seu quê de curioso. |