Luz verde para convento do Carmo, mais 50 mil para a Augusto Mateus
Sociedade » 2015-08-04A última reunião antes de férias ficou marcada pela adjudicação de mais um plano estratégico a Augusto Mateus, por mais de 50 mil euros.
A última reunião antes de férias ficou marcada pela adjudicação de mais um plano estratégico a Augusto Mateus, por mais de 50 mil euros.
A câmara de Torres Novas já recebeu do Tribunal de Contas o tão aguardado visto do concurso de adjudicação das obras do antigo convento do Carmo, que estava pendente há uns meses – quem o revelou foi o presidente, Pedro Ferreira, na reunião pública do executivo municipal da segunda-feira passada. “A todo o momento estamos a aguardar os procedimentos finais do contrato com a empresa para que as obras comecem o mais rapidamente possível. É a notícia que todos esperávamos”, disse o autarca.
Recorde-se que a câmara teve de abrir um novo concurso para a conclusão dos trabalho depois de o Tribunal de Contas ter chumbado o concurso anterior. Em consequência dessa situação, ficará um processo de indemnização interposto pela Construtora do Lena, que tinha ganho a adjudicação. Teoricamente, as obras deveriam estar prontas até final do ano corrente.
Mais 50 mil para Augusto Mateus
A reunião ficou marcada pela discussão em torno de uma proposta do presidente para a adjudicação de um PEDU (plano estratégico de desenvolvimento urbano) à firma de consultoria de Augusto Mateus, antigo ministro do PS, por mais de 50 mil euros.
«É um escândalo!», disse o vereador do Bloco, Manuel Lopes, que nesta reunião substituiu Helena Pinto. “Recuso-me a acreditar que os serviços da câmara, com tantos arquitectos, engenheiros, paisagistas e outros, não consigam fazer esse plano. Ainda por cima, trata-se de dar à empresa toda a informação e preencher um formulário e pouco mais. Depois não se pode fazer o plano? É muito dinheiro, sempre para os mesmos», disse o autarca, que lembrou o facto de Augusto Mateus ter ganho da câmara milhares de euros quando fez o estudo estratégico Torres Novas – Ponte para Todos, apresentado no Virgínia em 2007.
Também muito crítica foi a vereadora da CDU, Filipa Rodrigues, afirmando pelo mesmo diapasão: «Essa empresa está farta de fazer planos estratégicos. Ou a empresa não presta e faz um mau trabalho, ou a câmara não sabe interpretar os pareceres que paga à empresa, são planos a mais. Foram 30 mil euros para uma reflexão estratégica, depois mais 20 mil euros para assistência à revisão do PDM, agora mais 50 mil para outro plano estratégico. Não contem connosco para isto, voto contra».
Só no ano corrente, e com base nos dados do site BaseGov, a firma Augusto Mateus adjudicou contratos com autarquias, organismos públicos e outros no valor de cerca de meio milhão de euros, nomeadamente um plano estratégico para Alcanena (36 mil euros), um PEDU para Coimbra (30 mil), um plano de adjudicação de serviços para a CM Braga (74 000), uma estratégia integrada para Vile de Rei (19 500), um plano de sustentabilidade para o Turismo do Alentejo (74 900) ou um programa de consultoria técnica à comunidade urbana do Médio Tejo (23 mil euros), entre outros contratos. Aliás, a Comunidade Urbana do Médio, paga também por Torres Novas, tem tido na Augusto Mateus um parceiro privilegiado; em 2013 pagou-lhe 74 900 euros para a realização de um “estudo sobre oportunidades de mobilização dos municípios” e mais 74 950 euros para pagar uma “prestação de serviços tendo em vista a elaboração de um estudo estratégico da região do Médio Tejo”, no contexto de uma quantidade assaz curiosa de adjudicações situadas entre os 74 mil e os 74 950 euros.
Entretanto, com os votos contra da CDU e do Bloco de Esquerda, a maioria socialista deu luz verde ao despacho de Pedro Ferreira, adjudicando à Augusto Mateus um plano estratégico para Torres Novas no valor de 57 mil euros.
Luz verde para convento do Carmo, mais 50 mil para a Augusto Mateus
Sociedade » 2015-08-04A última reunião antes de férias ficou marcada pela adjudicação de mais um plano estratégico a Augusto Mateus, por mais de 50 mil euros.
A última reunião antes de férias ficou marcada pela adjudicação de mais um plano estratégico a Augusto Mateus, por mais de 50 mil euros.
A câmara de Torres Novas já recebeu do Tribunal de Contas o tão aguardado visto do concurso de adjudicação das obras do antigo convento do Carmo, que estava pendente há uns meses – quem o revelou foi o presidente, Pedro Ferreira, na reunião pública do executivo municipal da segunda-feira passada. “A todo o momento estamos a aguardar os procedimentos finais do contrato com a empresa para que as obras comecem o mais rapidamente possível. É a notícia que todos esperávamos”, disse o autarca.
Recorde-se que a câmara teve de abrir um novo concurso para a conclusão dos trabalho depois de o Tribunal de Contas ter chumbado o concurso anterior. Em consequência dessa situação, ficará um processo de indemnização interposto pela Construtora do Lena, que tinha ganho a adjudicação. Teoricamente, as obras deveriam estar prontas até final do ano corrente.
Mais 50 mil para Augusto Mateus
A reunião ficou marcada pela discussão em torno de uma proposta do presidente para a adjudicação de um PEDU (plano estratégico de desenvolvimento urbano) à firma de consultoria de Augusto Mateus, antigo ministro do PS, por mais de 50 mil euros.
«É um escândalo!», disse o vereador do Bloco, Manuel Lopes, que nesta reunião substituiu Helena Pinto. “Recuso-me a acreditar que os serviços da câmara, com tantos arquitectos, engenheiros, paisagistas e outros, não consigam fazer esse plano. Ainda por cima, trata-se de dar à empresa toda a informação e preencher um formulário e pouco mais. Depois não se pode fazer o plano? É muito dinheiro, sempre para os mesmos», disse o autarca, que lembrou o facto de Augusto Mateus ter ganho da câmara milhares de euros quando fez o estudo estratégico Torres Novas – Ponte para Todos, apresentado no Virgínia em 2007.
Também muito crítica foi a vereadora da CDU, Filipa Rodrigues, afirmando pelo mesmo diapasão: «Essa empresa está farta de fazer planos estratégicos. Ou a empresa não presta e faz um mau trabalho, ou a câmara não sabe interpretar os pareceres que paga à empresa, são planos a mais. Foram 30 mil euros para uma reflexão estratégica, depois mais 20 mil euros para assistência à revisão do PDM, agora mais 50 mil para outro plano estratégico. Não contem connosco para isto, voto contra».
Só no ano corrente, e com base nos dados do site BaseGov, a firma Augusto Mateus adjudicou contratos com autarquias, organismos públicos e outros no valor de cerca de meio milhão de euros, nomeadamente um plano estratégico para Alcanena (36 mil euros), um PEDU para Coimbra (30 mil), um plano de adjudicação de serviços para a CM Braga (74 000), uma estratégia integrada para Vile de Rei (19 500), um plano de sustentabilidade para o Turismo do Alentejo (74 900) ou um programa de consultoria técnica à comunidade urbana do Médio Tejo (23 mil euros), entre outros contratos. Aliás, a Comunidade Urbana do Médio, paga também por Torres Novas, tem tido na Augusto Mateus um parceiro privilegiado; em 2013 pagou-lhe 74 900 euros para a realização de um “estudo sobre oportunidades de mobilização dos municípios” e mais 74 950 euros para pagar uma “prestação de serviços tendo em vista a elaboração de um estudo estratégico da região do Médio Tejo”, no contexto de uma quantidade assaz curiosa de adjudicações situadas entre os 74 mil e os 74 950 euros.
Entretanto, com os votos contra da CDU e do Bloco de Esquerda, a maioria socialista deu luz verde ao despacho de Pedro Ferreira, adjudicando à Augusto Mateus um plano estratégico para Torres Novas no valor de 57 mil euros.
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