Alunos da Maria Lamas debateram cidadania
Sociedade » 2018-05-16
A divulgação dos resultados de um inquérito sobre questões políticas, realizado junto de todos os alunos do ensino secundário da escola, e um posterior debate envolvendo os partidos com representação local, foram os momentos marcantes da sessão realizada na Escola Maria Lamas, sob o lema “Sempre Mais Alto… Uma Inspiração”, e que decorreu na manhã de quarta-feira, dia 16.
“À beira da cidadania”, assim se designou a sessão, foi uma actividade integrada numa iniciativa mais vasta do Agrupamento de Escolas Gil Paes, a que a escola mais antiga da cidade pertence, e teve como público-alvo os alunos do 11º e 12º anos do curso de Línguas e Humanidades.
O inquérito sociológico, cujos resultados foram apresentados na sessão, decorreu entre os dias 20 e 30 de Abril e teve como base uma amostra de quase 500 respostas num universo de 580 alunos do secundário, visando aferir o grau de conhecimento dos jovens sobre questões políticas básicas, identificação de protagonistas e agentes políticas, reconhecimento das instituições políticas, entre muitos outros indicadores.
Desses indicadores, e é relevante dizer que foi a primeira vez que localmente os jovens torrejanos foram auscultados sobre estes assuntos de forma sistematizada e academicamente validada, ressaltam curiosos resultados: uma adesão maioritária dos jovens ao Estado Social, a simpatia por soluções políticas próximas do socialismo democrático (independentemente dos curos, dos grupos de idades ou até do sexo), a defesa clara do primado dos direitos civis e dos direitos sociais, uma rejeição também muito clara das soluções autoritárias de regime e a defesa da democracia como matriz do regime político ideal.
Muito curioso é também o modo como os jovens reconhecem, por ordem de importância, os protagonistas institucionais da política portuguesa, nacional e/ou local: Presidente da República, primeiro-ministro e depois o residente da câmara, por esta ordem. Quanto ao nível de conhecimento de determinados acontecimentos históricos de significado político, retira-se que não há grande diferença entre o reconhecimento do 25 de Abril e da implantação da República.
Todas estas conclusões e resultados do inquérito são desdobrados com mais detalhe por curso, ano de escolaridade, por grupos de idades e por sexo, permitindo uma avaliação mais fina do modo como estas variantes suscitam diferenças mais ou menos sensíveis na abordagem que os estudantes fazem de cada tema.
Luís Silva (PS), Tiago Ferreira (PSD), Helena Pinto (BE), Cristina Tomé (PCP) e Miguel Bento (CDS) participaram no debate e responderam às questões colocadas pelos participantes, nesta interessante iniciativa promovida pelo grupo de Filosofia da Escola Maria Lamas. O inquérito sociológico, registe-se uma vez mais, e atendendo ao rigor metodológico patenteado, fica para a posteridade como estudo pioneiro sobre a percepção da política e dos temas políticos por um universo local de jovens em Torres Novas, permitindo desfazer ideias feitas a esse respeito e que, muitas vezes, não se ajustam à realidade. Como em muitos outros aspectos da vida social, de resto.
Alunos da Maria Lamas debateram cidadania
Sociedade » 2018-05-16A divulgação dos resultados de um inquérito sobre questões políticas, realizado junto de todos os alunos do ensino secundário da escola, e um posterior debate envolvendo os partidos com representação local, foram os momentos marcantes da sessão realizada na Escola Maria Lamas, sob o lema “Sempre Mais Alto… Uma Inspiração”, e que decorreu na manhã de quarta-feira, dia 16.
“À beira da cidadania”, assim se designou a sessão, foi uma actividade integrada numa iniciativa mais vasta do Agrupamento de Escolas Gil Paes, a que a escola mais antiga da cidade pertence, e teve como público-alvo os alunos do 11º e 12º anos do curso de Línguas e Humanidades.
O inquérito sociológico, cujos resultados foram apresentados na sessão, decorreu entre os dias 20 e 30 de Abril e teve como base uma amostra de quase 500 respostas num universo de 580 alunos do secundário, visando aferir o grau de conhecimento dos jovens sobre questões políticas básicas, identificação de protagonistas e agentes políticas, reconhecimento das instituições políticas, entre muitos outros indicadores.
Desses indicadores, e é relevante dizer que foi a primeira vez que localmente os jovens torrejanos foram auscultados sobre estes assuntos de forma sistematizada e academicamente validada, ressaltam curiosos resultados: uma adesão maioritária dos jovens ao Estado Social, a simpatia por soluções políticas próximas do socialismo democrático (independentemente dos curos, dos grupos de idades ou até do sexo), a defesa clara do primado dos direitos civis e dos direitos sociais, uma rejeição também muito clara das soluções autoritárias de regime e a defesa da democracia como matriz do regime político ideal.
Muito curioso é também o modo como os jovens reconhecem, por ordem de importância, os protagonistas institucionais da política portuguesa, nacional e/ou local: Presidente da República, primeiro-ministro e depois o residente da câmara, por esta ordem. Quanto ao nível de conhecimento de determinados acontecimentos históricos de significado político, retira-se que não há grande diferença entre o reconhecimento do 25 de Abril e da implantação da República.
Todas estas conclusões e resultados do inquérito são desdobrados com mais detalhe por curso, ano de escolaridade, por grupos de idades e por sexo, permitindo uma avaliação mais fina do modo como estas variantes suscitam diferenças mais ou menos sensíveis na abordagem que os estudantes fazem de cada tema.
Luís Silva (PS), Tiago Ferreira (PSD), Helena Pinto (BE), Cristina Tomé (PCP) e Miguel Bento (CDS) participaram no debate e responderam às questões colocadas pelos participantes, nesta interessante iniciativa promovida pelo grupo de Filosofia da Escola Maria Lamas. O inquérito sociológico, registe-se uma vez mais, e atendendo ao rigor metodológico patenteado, fica para a posteridade como estudo pioneiro sobre a percepção da política e dos temas políticos por um universo local de jovens em Torres Novas, permitindo desfazer ideias feitas a esse respeito e que, muitas vezes, não se ajustam à realidade. Como em muitos outros aspectos da vida social, de resto.
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