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Torres Novas: intervenientes apontaram às autárquicas nos discursos do 25 Abril

Sociedade  »  2017-04-25 

Na sessão solene de comemoração do 25 de Abril, organizada esta terça-feira, em Torres Novas, na praça dos Claras, os representantes dos partidos com assento na Assembleia Municipal - assim como o presidente da câmara -, não deixaram escapar a oportunidade para falarem à plateia sobre autárquicas. Quanto ao resto todos concordaram que o poder local democrático foi uma das grandes conquistas de Abril e que a democracia não está acabada.

Os discursos do 25 de Abril foram intercalados com apontamentos musicais, pelo Choral Pydellius, criando-se um ambiente simpático na praça dos Claras, ao final desta manhã. Não fosse ano de eleições autárquicas (estão agendadas para o dia 1 de Outubro), provavelmente as intervenções teriam tido outra direcção mas os palestrantes não tiveram como fugir, uns mais do que outros.

A fechar o painel esteve Pedro Ferreira, presidente da câmara municipal de Torres Novas (PS), que depois de ter escutado algumas críticas à gestão socialista, fez questão de frisar que ao concelho que gere “impôs-se no panorama nacional” à custa de um conjunto de intervenções nas áreas da educação, da cultura, do desporto e das acessibilidades que tornaram a cidade “mais moderna”, referindo-se à construção, por exemplo, dos centros escolares.

O autarca torrejano falou ainda dos bons índices de gestão autáquirca que, segundo disse, foram reconhecidos “a nível nacional”, destacando que o município conquistou números nunca antes alcançados no que se refere à independência financeira, na ordem dos 52 por cento. Ou seja, Torres Novas quase já não precisaria das verbas do Orçamento do Estado para se governar, segundo esta premissa. “Também reduzimos a dívida nestes quatro anos em 34,4 por cento”, de 30 para 19 milhões de euros, aproximandamente.

A intervenção de Pedro Ferreira seguiu-se à do representante do Partido Socialista, Luís Silva, seu vice-presidente, que fez um elogio à governação socialista em Torres Novas e no país, ao referir alguns dados económicos, à boleia do discurso de António Costa. Que o défice do país está mais baixo desde 1974, que foram criados 118 mil postos de trabalho e que Portugal está “positivamente melhor” porque o PS resgatou alguns direitos conquistados com a revolução de Abril, direitos esses que a direita prescindiu. Referindo-se à gestão municipal, Luís Silva resumiu assim: “Fizémos dívida mas pagamo-la”.

João Quaresma, candidato do PSD à câmara, apesar de não ter actualmente qualquer cargo político, foi a escolha óbvia dos social-democratas para surgir em público e falar nesta ocasião. Quaresma terá tido, entre todos, o discurso mais sóbrio, na medida em que foi o mais comedido a comentar assuntos da política autárquica naquele momento solene.

Na sua opinião a sociedade está mergulhada em vários perigos e que este é o momento que exige uma “reflexão profunda”.
“Temos hoje uma sociedade instável, mais insegura e onde há menos respeito pelo próximo”. Na sua opinião a democracia “tem de ser recriada” e cabe a todos os intervenientes da política local a responsabilidade de a aperfeiçoar.

Ana Filipa Rodrigues, vereadora da CDU, abordou a história recente do país, lembrando que Portugal era, em 1974, o que estava mais atrasado na Europa. A nova configuração do país, após a revolução de Abril, ajudou a que se colocasse fim a uma série de problemas (como a perseguição política, torturas ou as guerras coloniais) e fez emergir um conjunto de valores dos quais destacou o poder local democrático que, defenddeu, “tem vindo a ser enfraquecido” muito por culpa da imagem que os políticos permitiram que se criasse junto da opinião pública. Ana Filipa não sente que faz parte desse espectro da política. “Os autarcas não são todos farinha do mesmo saco", advertiu.

Helena Pinto, vereadora e candidata do Bloco de Esquerda à câmara de Torres Novas, começou fazer uma “saudação calorosa” aos que lutaram contra o regime fascista e lamentou que o sistema político esteja “gasto”.
“Em 40 anos o poder local amadureceu, mas as eleições, de quatro em quatro anos, tornaram-se rotineiras”, disse, apelando ao envolvimento de mais gente na política assim como à participação cívica.

Helena Pinto disse ainda não ter dúvida de que o maior problema do poder local é a corrupção, potenciada pela troca de favores e clientelismo fácil. Olhando ao que está a ser o último mandato na câmara de Torres Novas, frisou que o Grupo Lena aparece como o principal prestador de serviços do município, não popriamente pelos serviços prestados, que são zero, mas pelas indemnizações que obteve à custa de processos com o Convento do Carmo e, principalmente, com o Parque Almonda.

Miguel Bento, do CDS-PP, foi o primeiro a intervir, e não foi parco nas palavras. Falou de uma democracia em crise e disse condenar visões extremistas, sejam de esquerda ou de direita. Também falou da necessidade de se perceber por que razão as pessoas se afastaram da política, lançando, ao mesmo tempo algumas respostas.

No seu entender, as discussões “vergonhosas” nas câmaras e assembleias municipais que só servem, muitas vezes, para elevar “egos pessoais” não ajudaram a cultivar um clima de confiança entre cidadãos e políticos. Miguel Bento entende é possível fazer mais e melhor em Torres Novas e disse que o CDS tem um projecto com esse intuito. Apelou a uma votação massiva nas urnas em Outubro e reiterou que "o poder não pode ser entregue a quem não merece”.

José Trincão Marques, presidente da assembleia municipal, elogiou duas figuras que considerou importantes (cada qual à sua dimensão), no âmbito da revoluação de Abril: Mário Soares, que disse ter sido o melhor presidente da República e o seu pai, Carlos Trincão Marques que, entre outras funções, foi presidente da comissão administrativa da câmara de Torres Novas antes das primeiras eleições autárquicas.

 

 

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