Serra de Aire: criminosos continuam a semear lixeiras junto aos caminhos
Sociedade » 2018-02-02Tais práticas, além de criminosas, são uma ofensa à comunidade e aos autarcas das freguesias em causa
O chão da Serra acima da Rexaldia, Pena e Charruada, paredes meias com os Moinhos da Pena, freguesia de Chancelaria, Torres Novas, continua a ser palco de actividades criminosas por parte de moradores e construtores da zona, que o utilizam para depositar toda a sorte de lixos, sobretudo restos de construção de obras que decorrem em casas particulares.
A rede de caminhos que das Portelas, do Senhor da Serra ou da Pena, se espalha em direcção à Serra de Aire e se cruzam entre si, constitui umas das áreas naturais mais bonitas e ambientalmente ricas de todo o concelho, se não mesmo a mais interessante: por isso é permanentemente percorrida por caminheiros e amantes do BTT e é das mais acarinhadas por ambientalistas da região.
Curiosamente, em zonas ainda consideravelmente afastadas das povoações mais próximas (Pena, Charruada, Rexaldia), há gente que continua a utilizar os baldios com aptidões agrícolas para semeadura de batatas, tremoços e outros produtos, notando-se agora, de novo, um renovado interesse pelo plantio de oliveiras: embora os terrenos sejam públicos, por serem baldios, a produção das árvores de fruto pertence às pessoas que estão no regime de usufruto de cada baldio.
São alguns quilómetros quadrados que se estendem da estrada de Ourém, a nascente, à estrada nacional que liga ao Bairro, a poente, e da crista do arrife, já ténue, que começa a dissolver-se desde o Alqueidão, pelo bordo sul, até aos últimos afloramentos da Serra de Aire, também já muito dissimulados, a norte. Trata-se, na realidade, de um pedaço do território concelhio de grandes potencialidades paisagísticas, colado a outro, ainda mais a nascente (desde o vale do Furadouro, depois da estrada de Ourém, acompanhando o curso da ribeira, até Fungalvaz) e também ele de grande exuberância no que toca à paisagem.
Mas, o pequeno planalto que se estende da envolvência da Serra até à Rexaldia, Pena e Chaurruada, pode ser percorrido em várias direcções e comunica, lá junto ao horizonte, com as pás eólicas ou com o aeródromo do Bairro, permitindo, no seu mais largo perímetro, o regresso até à pequena ermida do Senhor da Serra. Aqui e ali vamos encontrando campos semeados, utilizados há séculos pelos moradores, já que todo este território é constituído por baldios.
Se pelo percurso dos vários caminhos são visíveis lixeiras com mais ou menos antiguidade, algumas pequenas e que poderiam ser facilmente removidas por acção das juntas de freguesias, outras há mais recentes, prova de que os criminosos continuam a prevaricar e a conspurcar um património que é de todos.
A lixeira que a foto principal documenta é bastante recente, situa-se à beira de uma dos caminhos e com um pouco de “investigação” talvez se chegasse à identificação do autor do crime: um colchão, restos de obras, sifões e canos, um autoclismo e loiças de sanitárias, restos de obra, plásticos vários, muitos e variados objectos que poderiam contar uma história.
Tais práticas, além de criminosas, são uma ofensa à comunidade e aos autarcas das freguesias em causa, que deveriam ser mais vigilantes de modo a proteger um património que, antes de ser de todo o concelho e da própria região, é um valor das aldeias e freguesias próximas e das suas populações.
De facto, se os caminhos são percorridos quase diariamente por visitantes (sobretudo para prática de actividades de lazer), é sinal que uma divulgação mais sólida possa ampliar a sua utilização e que um maior afluxo de visitantes possa, por consequência, trazer algum benefício às aldeias próximas. Mas, a manterem-se estas práticas criminosas, não há património natural que resista e a defesa da riqueza natural e paisagística da Serra de Aire nunca passará de um slogan vazio de conteúdo que fica bem em discursos políticos apenas para apaziguamento das consciências.
Serra de Aire: criminosos continuam a semear lixeiras junto aos caminhos
Sociedade » 2018-02-02Tais práticas, além de criminosas, são uma ofensa à comunidade e aos autarcas das freguesias em causa
O chão da Serra acima da Rexaldia, Pena e Charruada, paredes meias com os Moinhos da Pena, freguesia de Chancelaria, Torres Novas, continua a ser palco de actividades criminosas por parte de moradores e construtores da zona, que o utilizam para depositar toda a sorte de lixos, sobretudo restos de construção de obras que decorrem em casas particulares.
A rede de caminhos que das Portelas, do Senhor da Serra ou da Pena, se espalha em direcção à Serra de Aire e se cruzam entre si, constitui umas das áreas naturais mais bonitas e ambientalmente ricas de todo o concelho, se não mesmo a mais interessante: por isso é permanentemente percorrida por caminheiros e amantes do BTT e é das mais acarinhadas por ambientalistas da região.
Curiosamente, em zonas ainda consideravelmente afastadas das povoações mais próximas (Pena, Charruada, Rexaldia), há gente que continua a utilizar os baldios com aptidões agrícolas para semeadura de batatas, tremoços e outros produtos, notando-se agora, de novo, um renovado interesse pelo plantio de oliveiras: embora os terrenos sejam públicos, por serem baldios, a produção das árvores de fruto pertence às pessoas que estão no regime de usufruto de cada baldio.
São alguns quilómetros quadrados que se estendem da estrada de Ourém, a nascente, à estrada nacional que liga ao Bairro, a poente, e da crista do arrife, já ténue, que começa a dissolver-se desde o Alqueidão, pelo bordo sul, até aos últimos afloramentos da Serra de Aire, também já muito dissimulados, a norte. Trata-se, na realidade, de um pedaço do território concelhio de grandes potencialidades paisagísticas, colado a outro, ainda mais a nascente (desde o vale do Furadouro, depois da estrada de Ourém, acompanhando o curso da ribeira, até Fungalvaz) e também ele de grande exuberância no que toca à paisagem.
Mas, o pequeno planalto que se estende da envolvência da Serra até à Rexaldia, Pena e Chaurruada, pode ser percorrido em várias direcções e comunica, lá junto ao horizonte, com as pás eólicas ou com o aeródromo do Bairro, permitindo, no seu mais largo perímetro, o regresso até à pequena ermida do Senhor da Serra. Aqui e ali vamos encontrando campos semeados, utilizados há séculos pelos moradores, já que todo este território é constituído por baldios.
Se pelo percurso dos vários caminhos são visíveis lixeiras com mais ou menos antiguidade, algumas pequenas e que poderiam ser facilmente removidas por acção das juntas de freguesias, outras há mais recentes, prova de que os criminosos continuam a prevaricar e a conspurcar um património que é de todos.
A lixeira que a foto principal documenta é bastante recente, situa-se à beira de uma dos caminhos e com um pouco de “investigação” talvez se chegasse à identificação do autor do crime: um colchão, restos de obras, sifões e canos, um autoclismo e loiças de sanitárias, restos de obra, plásticos vários, muitos e variados objectos que poderiam contar uma história.
Tais práticas, além de criminosas, são uma ofensa à comunidade e aos autarcas das freguesias em causa, que deveriam ser mais vigilantes de modo a proteger um património que, antes de ser de todo o concelho e da própria região, é um valor das aldeias e freguesias próximas e das suas populações.
De facto, se os caminhos são percorridos quase diariamente por visitantes (sobretudo para prática de actividades de lazer), é sinal que uma divulgação mais sólida possa ampliar a sua utilização e que um maior afluxo de visitantes possa, por consequência, trazer algum benefício às aldeias próximas. Mas, a manterem-se estas práticas criminosas, não há património natural que resista e a defesa da riqueza natural e paisagística da Serra de Aire nunca passará de um slogan vazio de conteúdo que fica bem em discursos políticos apenas para apaziguamento das consciências.
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